Ex-jogador decapitado no Rio é sepultado na Zona Oeste.



31 de OUTUBRO de 2013 - O corpo do ex-jogador João Rodrigo Santos Silva foi realizado na tarde desta quinta-feira (31), no Cemitério Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio. Abalados, familiares disseram que têm esperança que os responsáveis sejam punidos.

“A gente entregou na mão de Deus”, afirmou o cunhado da vítima, que prefere não se identificar.

Familiares reconheceram nesta quarta (30) parte do corpo achado nas margens do Rio Guandu, em Queimados, na Baixada Fluminense, como sendo do ex-jogador. Segundo o cunhado da vítima, o reconhecimento foi feito por uma marca de nascença na barriga.

A cabeça de João foi deixada em uma mochila na porta de sua casa em Realengo, na terça (29) e encontrada por sua mulher, uma PM da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) São Carlos. O resultado do exame deve sair até o fim de novembro.

Investigações

Nesta quarta-feira, cerca de 10 testemunhas do caso foram ouvidas. A polícia vai analisar também as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar a placa do carro usado pelos criminosos.

O inspetor Rafael Rangel, da Divisão de Homicídios (DH), disse que uma das linhas de investigação da policia é o fato de a vítima ter postado fotos de ladrões que roubaram sua loja, em agosto deste ano. Em 15 de outubro, o perfil da loja de João no Facebook publicou imagens que seriam dos criminosos responsáveis pelo assalto ao estabelecimento em agosto. Três suspeitos são mostrados nas câmeras de segurança da loja, chamada Força Natural Produtos.

As primeiras informações coletadas por agentes do 14º BPM (Bangu) dão conta que traficantes das favelas Minha Deusa, Vila Vintém ou Curral podem ter cometido o crime. No entanto, segundo o delegado adjunto da DH, Willian Pena Júnior, nenhuma linha de investigação foi descartada. “Estamos trabalhando com várias linhas de investigação. Segundo o depoimento de um funcionário do ex-jogador e de outras testemunhas, João manteve sua rotina normal no dia do crime”, explicou o delegado.

Sem registro de ameaça

A vítima, que já jogou no Bangu, no Madureira, no Botafogo do Distrito Federal e em times da Suécia e Honduras, não recebeu nenhuma ameaça, segundo relato da esposa, que é policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do São Carlos, na Zona Norte.

"Era um homem bom, de família. Vivia para o futebol e até pouco tempo jogava. Ele chegou a jogar fora do país também. Assaltaram a loja dele faz pouco tempo. Meu amigo viu quando pegaram ele e me ligou. Um Astra preto com dois homens renderam ele. Ele não tinha inimigos”, contou Bruno Santos, amigo da vítima, que acrescentou que a vítima teve o carro roubado, um I30, em frente a sua loja de produtos naturais em Realengo.

Chacina em Realengo

Esse é, pelo menos, o segundo crime brutal em Realengo em menos de uma semana. Na quinta (25), sete pessoas foram mortas a tiros de fuzil e pistola em uma casa, supostamente utilizada para consumo de drogas. A Divisão de Homicídios investiga os responsáveis pela chacina, que teriam invadido a casa encapuzados.


Retirado do G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário