Avô morre ao saber de neta atingida em ataque no Maranhão.


Menina teve 95% do corpo queimado; mãe ainda não sabe da morte Arquivo da família.


06 de JANEIRO de 2014 - O avô de Ana Clara Santos Sousa, de seis anos, que teve 95% do corpo queimado em um ataque a ônibus em São Luís (MA), morreu após um ataque cardíaco no momento em que soube que a garota estava ferida. Ele tinha 86 anos e chegou a ser hospitalizado na noite de domingo (5), mas não resistiu.

Ana Clara morreu por volta das 6h45 desta segunda-feira (6). A informação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Estado. A garota estava com a mãe e a irmã dentro do ônibus alvo de um dos ataques, na Vila Sarney. Lorrane Beatriz, irmã de Ana Clara, também sofreu queimaduras (nas duas pernas, braço e duas mãos). O estado da menina de um ano e quatro meses é estável. A mãe das crianças, Juliane Carvalho Santos, de 21 anos, tem 75% do corpo queimado e não corre risco de morte.

O corpo do avô será sepultado na tarde desta segunda-feira e o de Ana Clara na terça-feira (7).

Informações preliminares dão conta de que, ao todo, cinco pessoas se feriram nos ataques. A ação dos criminosos ocorreu na noite de sexta-feira (3). Eles jogaram gasolina e atearam fogo aos coletivos enquanto os passageiros ainda estavam nos veículos.

A ordem para os ataques partiu dos bandidos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. Em nota, o governo do Maranhão informou que os mandantes dos ataques já foram identificados e que está reforçando o policiamento na capital do Estado.

A polícia maranhense ainda investiga se a execução do policial militar reformado Antônio César Cerejo tem ligação com a onda de terror promovida pelos membros de duas facções criminosas que lutam pelo controle do tráfico de drogas em São Luís. A polícia do Maranhão confirmou que prendeu dez pessoas, sendo dois menores de idade, envolvidos nos ataques.


Retirado do G1

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