Empresário quer levar jumentos para SP.


Jumentos poderão ser transferidos para São Paulo

19 de MARÇO de 2014 - A polêmica envolvendo a criação ou o abate dos jumentos recolhidos pelas polícias rodoviárias nas estradas que cortam o Estado conquistou destaque nacional, tendo sido divulgada pelos grandes veículos de comunicação do País, fato que tem sensibilizado muita gente, já que o animal tem bastante valor cultural, principalmente para o povo nordestino.

Sensibilizado pela reportagem exibida pela Rede Globo de Televisão acerca do almoço oferecido pelo promotor da 2ª Promotoria da Comarca de Apodi, Sílvio Brito, com o objetivo de desmistificar o consumo da carne de jumento por humanos, o empresário residente no Estado de São Paulo, Eduardo Alves da Cunha, entrou em contato com a GAZETA DO OESTE solicitando o contato com a presidência da Associação de Proteção aos Animais (APA) revelando o seu desejo de ajudar e se disponibilizando a levar alguns jumentos para duas de suas fazendas localizadas em Minas Gerais e em São Paulo.

Segundo ele, o fato o sensibilizou bastante e surgiu a ideia de transferir os animais de Apodi para o Sul do País, onde pretende mantê-los em suas propriedades. "Em minhas fazendas já existem alguns animais, especialmente cavalos, cujos proprietários não tinham mais interesses em criá-los. Minha ideia é levar os jumentos e abrigá-los", disse.

Sobre o transporte dos animais, Eduardo afirmou ainda não ter pensado em como o fará e que pretende debater com a APA de Apodi uma melhor solução para a transferência. "Ainda não entrei em contato com o presidente da APA, mas pretendo fazer isso nos próximos dias. Quero conversar bastante e esclarecer alguns pontos, como, por exemplo, o que é preciso para cuidar dos animais, sobre o transporte, a quantidade", revelou.

A GAZETA DO OESTE entrou em contato com o presidente da APA, Eribaldo Nobre, que disse que aguardará o contato de Eduardo Alves.

Toda a polêmica gerada em torno do consumo da carne de jumento tem servido para levantar o debate em torno de duas problemáticas: a retirada dos animais soltos nas estradas sendo responsáveis por vários acidentes de trânsito, inclusive com vítimas fatais; e o segundo onde alojar e o que fazer com os asininos apreendidos. O impasse tem de um lado o promotor da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Apodi, Sílvio Brito, defendendo o abate dos jumentos; e do outro os ambientalistas e parte da população que não concordam com essa atitude seja por questões culturais, ou por defesa à vida dos animais.


Por Kalidja Sibéria da Redação



Retirado do Gazeta do Oeste

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