PMs presos por arrastar mulher no Rio vão prestar novo depoimento.



19 de MARÇO de 2014 - Os três policiais militares que socorreram a auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, de 28 anos, no Morro da Congonha, no Subúrbio do Rio, no domingo (16), devem prestar novo depoimento nesta quarta-feira (19) na 29º DP (Madureira). Eles também são investigados pela Corregedoria da PM. Cláudia foi baleada durante uma ação dos policiais na comunidade e ao ser levada para o Hospital Carlos Chagas foi arrastada ao ficar pendurada pela roupa na viatura.

O Tribunal de Justiça Militar negou nesta terça-feira (18) o pedido de liberdade aos três policiais militares. Como informou o Bom Dia Rio, a previsão é que os policiais prestem depoimento às 10h. Os subtenentes Adir Serrano Machado e Rodney Miguel Archanjo e o sargento Alex Sandro da Silva Alves estão no Presídio Bangu 8. O primeiro depoimento dos PMs foi realizado no domingo (16).


Dúvidas


A morte da moradora baleada e arrastada por um carro da PM ainda não foi totalmente esclarecida, como mostrou o RJTV na terça-feira (18). O comando do 9º BPM (Rocha Miranda) afirmou que os policiais realizavam uma operação na favela. Mas não há explicação sobre os motivos que levaram os PMs à comunidade no domingo de madrugada, nem a confirmação de quantos homens participaram.




O comandante do Batalhão, tenente coronel Wagner Moretzsohn, disse, por telefone à TV Globo, ainda no domingo, que a ação começou às 5h30 da manhã. Em nota, a assessoria da PM divulgada no mesmo dia informava que com a chegada dos policiais houve troca de tiros. Os moradores negam que tenha ocorrido confronto com supostos traficantes.

O tenente coronel disse ainda que Cláudia foi baleada por volta das 8h, quase três horas depois da chegada dos policiais na favela. O comandante disse que ela foi atingida quando os policias trocavam tiros com um grupo de vinte criminosos.

Cláudia Ferreira foi colocada dentro do carro da PM na Rua Joana Resende, no alto do morro da Congonha. A viatura seguiu até o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, num percurso de nove quilômetros, que podia ser feito, em média, em cerca de 13 minutos.

O vídeo de um cinegrafista amador, exibido pelo Jornal Extra, mostrou o momento em que o carro da PM seguia pela Estrada Intendente Magalhães. A porta traseira estava aberta e Cláudia foi arrastada no asfalto por 350 metros. Os PM param e ela foi colocada de volta no porta-malas e a viatura seguiu novamente.

A filha mais velha de Cláudia, Thaís, disse nesta terça-feira (18) em entrevista ao Bom Dia Rio que a mãe já havia caído antes, quando a viatura deixava o morro.

Por meio de nota, Polícia Militar lamentou a morte de Claudia. Em nota enviada no fim da tarde, a corporação informou que 12 policiais militares participaram da operação e que o objetivo era checar denúncias de que bandidos da Vila Kennedy teriam fugido para o Morro da Congonha. A PM também não deu esclarecimentos sobre a outra queda que ela teria sofrido do carro assim que a viatura saiu do morro - como relatou a filha da auxiliar de serviços gerais.
Atos contra a ação policial chegaram a fechar a Avenida Ministro Edgar Romero, próxima à comunidade, e uma das mais importantes de Madureira no domingo e na 2ª (17) (Foto: Reprodução / TV Globo)



Do G1 Rio



Retirado do G1



O IDEIA & FATOS Diz: Ainda tem muito a ser apurado sobre esse caso, a única certeza que temos é a de que nesse país de Cabral as coisa não funcionam muito bem, de um lado o governo não investe tanto em segurança, prova é que vemos muitos casos de delegacias às traças, viaturas sucateadas, policiais tendo que tirar do próprio bolso para abastecer viaturas, sem falar nos presídios, do outro, agentes se aproveitando da farda ou do cargo que ocupam para agirem de forma incorreta, abusando da autoridade, não estou aqui criticando a policia, pois sabemos que dentro das corporações atuam homens e mulheres de boa índole.     

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