Polícia prende empresários por furto de água em São Paulo.



11 de ABRIL de 2014 - Em meio à crise de falta d'água que atinge a Grande São Paulo, a Polícia Civil prendeu na quinta-feira (10), durante a operação "Gato Escaldado", o dono de cinco hotéis e o proprietário de uma churrascaria por furto de água.

Policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Crimes Patrimoniais contra Órgãos e Serviços Públicos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), e técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fiscalizaram nove locais e encontraram sinais de furto de água em uma churrascaria de Cangaíba, na Zona Leste, em cinco hotéis de um mesmo proprietário no bairro do Ipiranga e nas vilas Monumento e Clementino, na Zona Sul; e também em uma fábrica de gelo em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Os dois donos da fábrica de gelo ainda não foram localizados.

Peritos do Instituto de Criminalística constataram que os empresários responsáveis pelos hotéis e pela fábrica de gelo usaram um ímã nos relógios para camuflar o consumo de água. Já na churrascaria, foi verificado um desvio na rede: a água entrava no estabelecimento sem ser contabilizada.

Segundo o delegado José Roberto Arruda, da 3ª Delegacia, os empresários devem responder pelo crime de furto.


Crise no abastecimento


O Sistema Cantareira bateu mais um recorde nesta sexta-feira (11) e chegou a 12,2% de seu nível total. A Sabesp admitiu em documento oficial, publicado na semana passada, a possibilidade de adotar o rodízio de água em São Paulo ainda este ano.


Segundo o Relatório de Sustentabilidade 2013, em função da estiagem e do baixo volume de água armazenado no Sistema Cantareira, "se as chuvas não retornarem a índices adequados e, consequentemente, os níveis dos reservatórios não forem restabelecidos, poderemos ser obrigados a tomar medidas mais drásticas, como o rodízio de água".

O documento reúne os principais resultados obtidos pela Sabesp e "busca retratar com fidelidade o seu desempenho". Divulgado anualmente, o relatório contradiz o discurso do governo de São Paulo, que nega um possível racionamento.


Do G1 São Paulo



Retirado do G1

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