Ex-fumantes relatam como conseguiram se livrar do vício.

Número de fumantes tem caído no Brasil, aponta Ministério da Saúde


31 de MAIO de 2014 - Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o número de fumantes no país vem reduzindo ao longo dos últimos oito anos. Os dados do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostram que a parcela de brasileiros com mais de 18 anos que fumam caiu de 15,7% em 2006 para 11,3% em 2013. Os resultados da pesquisa podem ser facilmente comprovados, através de relatos de ex-fumantes, que a seguir contam os benefícios em largar o vício.
O contabilista Moacir Júnior, por exemplo, está há quatro meses longe dos cigarros, depois de oito anos fumando exaustivamente. "Inicialmente comecei a beber com amigos, aos 17 anos, e dentro da turma havia pessoas que fumavam e comecei a experimentar. Aos poucos fui me tornando um viciado. Decidi parar porque o índice de mortalidade ocasionada pelo tabaco é exorbitante, hoje o cigarro é a droga que mais mata no mundo, e eu não quero fazer parte dessa estatística", destaca.
O ex-fumante afirma que questões como mau cheiro e mau hálito, características presentes com maior frequência em quem faz uso do cigarro, também o influenciaram a abandonar o vício. "O fato de incomodar pessoas ao redor e o medo de ter câncer e todos os males à saúde me levaram a largar o cigarro. Hoje vejo que sou um exemplo aos meus irmãos que são crianças ainda", diz.
Para evitar recaídas, Moacir Júnior conta que tem evitado se expor a qualquer situação que o faça lembrar do cigarro. "Inicialmente é muito difícil, mas com o passar do tempo tudo vai ficando mais fácil e prazeroso. Hoje eu não bebo mais, pois era algo que sempre associei. Nos primeiros dias nada é pior do que a abstinência, mas fiz uso de adesivos de nicotina que ajudam a amenizar essa falta", lembra.
A dona de casa Lindoelma Pereira viveu situações embaraçosas devido ao vício, chegando ao ponto de vender objetos pessoais para comprar cigarros. Ela começou a fumar aos 10 anos de idade e só parou aos 29. "Passei a sentir fortes dores de cabeça, ia ao médico, fazia exames, mas não tinha coragem de ver o resultado. Em épocas de mudança de temperatura, meu nariz sangrava. Foi então que procurei ajuda, na Igreja, e só assim consegui me livrar da nicotina", diz.
Há oitos anos livre da dependência, Lindoelma relembra, envergonhada, decisões que tomou devido ao cigarro. "Havia dias que pegava dinheiro do lanche e o usava para comprar cigarro. Cheguei a vender objetos como uma sandália, presente do meu marido, a um preço bem abaixo do seu valor, para poder fumar. É um vício incontrolável, tive algumas recaídas ao longo do percurso, mas hoje estou livre, e não há nada melhor do que não ser dependente do cigarro", enfatiza.


Retirado do Jornal O Mossoroense.

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