Dona Lola se orgulha e mostra o trabalho já feito (Foto: Letícia Gava/ Prefeitura de Castelo)
19 de JUNHO de 2014 - As mãos firmes que colaram parte das 216 mil tampinhas usadas em um dos tapetes da festa de Corpus Christi, realizada em Castelo, na região Sul do Espírito Santo, são as mesmas que, em 1963, ajudaram a montar o primeiro tapete, dando início à tradição. Aos 91 anos, a aposentada Alexandrina Nogueira, conhecida como Dona Lola, contabiliza, com orgulho, a participação em todas as 51 edições da festa, que este ano acontece nos dias 18 e 19 de junho.
Dona Lola contou que trabalhou como lavadeira com a Irmã Vicencia, idealizadora dos Tapetes de Corpus Christi, durante 23 anos. Essa proximidade com a irmã fez com que ela acabasse tendo uma participação especial no nascimento da tradição. "Eu ajudei a Irmã Vicencia a picar muitas folhas para fazer o primeiro tapete, no ano de 1963, em frente à capela da Santa Casa de Misericórdia de Castelo. Ele era pequeno, mas ficou muito bonito e na época muita gente foi ver", relembrou.gulhou-se.
Eu quero ajudar no trabalho da festa até quando eu puder, até quando Deus me permitir"
Dona Lola, aposentada
Este ano, na 51ª edição da festa, a aposentada integra um grupo responsável pela passadeira com os temas "Estive doente e foste me visitar" e "Eucaristia e arte", que vão ornamentar 76 metros da avenida Ministro Araripe. Dona Lola foi a responsável por colar várias das 216 mil tampinhas de garrafas utilizadas na montagem de um dos tapetes, que também recebe materiais como pedras coloridas, palhas de café e borracha de pneu triturada.
Mas a participação de Dona Lola não se restringe ao trabalho 'braçal' de colagem das tampinhas. Durante a madrugada, momento em que os tapetes são montados nas ruas do município, a aposentada envia força espiritual aos voluntários através de muita oração. "Ajudo nesse trabalho que é feito antes. Na quarta-feira à noite, eu não vou na rua, mas fico em casa e acordo várias vezes à noite lembrando dos meus amigos que estão lá, no frio, montando o tapete. Então rezo para que eles aguentem firme e consigam fazer o trabalho", disse.
Além disso, ela garante que ainda tem disposição de sobra para apreciar o trabalho pronto e acompanhar parte das cerimônias da festa. "No dia mesmo da festa, na quinta-feira, eu faço questão de ir, olhar os tapetes, participar da missa campal e também acompanhar a procissão. Sempre acho tudo lindo. Cada ano fica mais bonito e com mais gente", contou.
Sem precisar usar óculos e com firmeza nas mãos, ela garante que pretende ajudar por muito mais tempo. "Esse ano nem sei quantas tampinhas de garrafa eu colei. Eu quero ajudar no trabalho da festa até quando eu puder, até quando Deus me permitir", disse.
Em Castelo, a tradição teve início na década de 60, quando a freira Zuleide Vicencia, da Ordem das Irmãs da Caridade, teve a ideia de confeccionar um pequeno tapete com desenhos geométricos em frente à Capela de Nossa Senhora das Graças, na Santa Casa de Misericórdia. Posteriormente, o frei José Osés sugeriu que o tapete fosse confeccionado no centro da cidade. Desde então, outras ruas foram enfeitadas e passaram a fazer parte do cortejo religioso.
Nesta edição, que acontece nos dias 18 e 19 de junho, a expectativa é de que 80 mil pessoas participem da festa. Considerada uma das mais belas festas religiosas do estado e do país, está entre as dez maiores manifestações religiosas do Brasil. A Festa é a celebração de comemoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia como fonte e centro da vida de toda a comunidade cristã.
Naiara Arpini
Retirado do G1 ES.
19 de JUNHO de 2014 - As mãos firmes que colaram parte das 216 mil tampinhas usadas em um dos tapetes da festa de Corpus Christi, realizada em Castelo, na região Sul do Espírito Santo, são as mesmas que, em 1963, ajudaram a montar o primeiro tapete, dando início à tradição. Aos 91 anos, a aposentada Alexandrina Nogueira, conhecida como Dona Lola, contabiliza, com orgulho, a participação em todas as 51 edições da festa, que este ano acontece nos dias 18 e 19 de junho.
Dona Lola contou que trabalhou como lavadeira com a Irmã Vicencia, idealizadora dos Tapetes de Corpus Christi, durante 23 anos. Essa proximidade com a irmã fez com que ela acabasse tendo uma participação especial no nascimento da tradição. "Eu ajudei a Irmã Vicencia a picar muitas folhas para fazer o primeiro tapete, no ano de 1963, em frente à capela da Santa Casa de Misericórdia de Castelo. Ele era pequeno, mas ficou muito bonito e na época muita gente foi ver", relembrou.gulhou-se.
Eu quero ajudar no trabalho da festa até quando eu puder, até quando Deus me permitir"
Dona Lola, aposentada
Este ano, na 51ª edição da festa, a aposentada integra um grupo responsável pela passadeira com os temas "Estive doente e foste me visitar" e "Eucaristia e arte", que vão ornamentar 76 metros da avenida Ministro Araripe. Dona Lola foi a responsável por colar várias das 216 mil tampinhas de garrafas utilizadas na montagem de um dos tapetes, que também recebe materiais como pedras coloridas, palhas de café e borracha de pneu triturada.
Mas a participação de Dona Lola não se restringe ao trabalho 'braçal' de colagem das tampinhas. Durante a madrugada, momento em que os tapetes são montados nas ruas do município, a aposentada envia força espiritual aos voluntários através de muita oração. "Ajudo nesse trabalho que é feito antes. Na quarta-feira à noite, eu não vou na rua, mas fico em casa e acordo várias vezes à noite lembrando dos meus amigos que estão lá, no frio, montando o tapete. Então rezo para que eles aguentem firme e consigam fazer o trabalho", disse.
Além disso, ela garante que ainda tem disposição de sobra para apreciar o trabalho pronto e acompanhar parte das cerimônias da festa. "No dia mesmo da festa, na quinta-feira, eu faço questão de ir, olhar os tapetes, participar da missa campal e também acompanhar a procissão. Sempre acho tudo lindo. Cada ano fica mais bonito e com mais gente", contou.
Sem precisar usar óculos e com firmeza nas mãos, ela garante que pretende ajudar por muito mais tempo. "Esse ano nem sei quantas tampinhas de garrafa eu colei. Eu quero ajudar no trabalho da festa até quando eu puder, até quando Deus me permitir", disse.
Dona Lola com parte das 216 mil tampinhas
(Foto: Letícia Gava/ Prefeitura de Castelo)
A festa
(Foto: Letícia Gava/ Prefeitura de Castelo)
A festa
Em Castelo, a tradição teve início na década de 60, quando a freira Zuleide Vicencia, da Ordem das Irmãs da Caridade, teve a ideia de confeccionar um pequeno tapete com desenhos geométricos em frente à Capela de Nossa Senhora das Graças, na Santa Casa de Misericórdia. Posteriormente, o frei José Osés sugeriu que o tapete fosse confeccionado no centro da cidade. Desde então, outras ruas foram enfeitadas e passaram a fazer parte do cortejo religioso.
Nesta edição, que acontece nos dias 18 e 19 de junho, a expectativa é de que 80 mil pessoas participem da festa. Considerada uma das mais belas festas religiosas do estado e do país, está entre as dez maiores manifestações religiosas do Brasil. A Festa é a celebração de comemoração ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia como fonte e centro da vida de toda a comunidade cristã.
Naiara Arpini
Retirado do G1 ES.
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