Zé do Pedal quer chamar a atenção para a falta de acessibilidade nas ruas do Brasil
10 de JULHO de 2014 - Buscando chamar a atenção para a falta de acessibilidade nas ruas do Brasil, o ativista mineiro José Geraldo de Souza Castro, conhecido como Zé do Pedal, chegou a Mossoró após percorrer mais de 3.100km empurrando uma cadeira de rodas. A jornada teve início às margens do rio Ailã, primeiro rio brasileiro no extremo norte, em Uiramutã (RO), no dia 10 de fevereiro e tem como destino a cidade de Chuí (RS), no extremo sul do país, totalizando 10.700km de caminhada.
Na "Cruzada Pela Acessibilidade", o ativista caminha até 12 horas por dia empurrando a cadeira de rodas, percorrendo de 30 a 50 quilômetros sob chuvas e temperaturas elevadas. A chegada a Mossoró representa 29% de conclusão do trajeto que deverá passar por 20 estados (Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Goiás, Brasília, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
"Em cada lugar que passo vejo as agressões a que são submetidas pessoas com deficiência. Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas participem de atividades que incluem o uso de produtos e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todos. O que vejo é um profundo desrespeito por parte do poder público às pessoas com deficiência", disse.
O ativista entrega dois projetos de lei nas Câmaras Legislativas dos municípios visitados: um contendo normas de acessibilidade e outra para a criação de Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Zé do Pedal afirma ainda que as pessoas com deficiências não merecem pena, e sim igualdade, dignidade e respeito.
"Hoje em dia, há pessoas impossibilitadas de entrar em um banco ou setor público por falta de rampas de acesso ou de elevadores. Eliminando as barreiras arquitetônicas e sociais que dificultam as pessoas deficientes de participarem ativamente de todos os aspectos da vida social, teremos um mundo mais justo e mais humano", conta.
Ativista fala sobre dificuldades encontradas nas ruas do Brasil.
Segundo Zé do Pedal, barreiras arquitetônicas como escadas, elevadores e portas muito estreitas, buracos no passeio, transportes públicos mal preparados, postes, escadas no meio do passeio, e até mesmo lixeiras podem se transformar em obstáculos difíceis de transpor para pessoas com problemas de mobilidade.
"Quando uma nova calçada é construída, a última coisa que pensam é na pessoa com deficiência, na mulher gestante, na mãe que leva seu bebê em um carrinho, no idoso. É como se estas pessoas não fizessem parte da sociedade. Enquanto houver as barreiras atitudinais, a acessibilidade plena no Brasil seguirá sendo apenas um sonho, afinal sem sensibilidade não há acessibilidade", afirma.
Para o ativista, um dos momentos mais marcantes da caminhada se passou em Cedro, no município de Sobral (CE), quando foi visitar um jovem que perdeu os movimentos das pernas após sofrer um acidente em moto. Ao se despedir, a mulher disse-lhe que sonhava um dia pegar a cadeira de rodas e poder ir até debaixo de uma árvore na pracinha próximo à sua casa, mas que não poderia fazer isso porque o caminho a impossibilitava.
"Saí dali imaginando como a falta de acessibilidade transforma, negativamente, a vida de quase 25% dos brasileiros que vivem na certeza de que a falta de sensibilidade dos nossos governantes significa para eles uma árdua batalha em seu dia a dia", declara.
Retirado do Jornal O Mossoroense.
10 de JULHO de 2014 - Buscando chamar a atenção para a falta de acessibilidade nas ruas do Brasil, o ativista mineiro José Geraldo de Souza Castro, conhecido como Zé do Pedal, chegou a Mossoró após percorrer mais de 3.100km empurrando uma cadeira de rodas. A jornada teve início às margens do rio Ailã, primeiro rio brasileiro no extremo norte, em Uiramutã (RO), no dia 10 de fevereiro e tem como destino a cidade de Chuí (RS), no extremo sul do país, totalizando 10.700km de caminhada.
Na "Cruzada Pela Acessibilidade", o ativista caminha até 12 horas por dia empurrando a cadeira de rodas, percorrendo de 30 a 50 quilômetros sob chuvas e temperaturas elevadas. A chegada a Mossoró representa 29% de conclusão do trajeto que deverá passar por 20 estados (Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Goiás, Brasília, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
"Em cada lugar que passo vejo as agressões a que são submetidas pessoas com deficiência. Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas participem de atividades que incluem o uso de produtos e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todos. O que vejo é um profundo desrespeito por parte do poder público às pessoas com deficiência", disse.
O ativista entrega dois projetos de lei nas Câmaras Legislativas dos municípios visitados: um contendo normas de acessibilidade e outra para a criação de Conselhos Municipais dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Zé do Pedal afirma ainda que as pessoas com deficiências não merecem pena, e sim igualdade, dignidade e respeito.
"Hoje em dia, há pessoas impossibilitadas de entrar em um banco ou setor público por falta de rampas de acesso ou de elevadores. Eliminando as barreiras arquitetônicas e sociais que dificultam as pessoas deficientes de participarem ativamente de todos os aspectos da vida social, teremos um mundo mais justo e mais humano", conta.
Ativista fala sobre dificuldades encontradas nas ruas do Brasil.
Segundo Zé do Pedal, barreiras arquitetônicas como escadas, elevadores e portas muito estreitas, buracos no passeio, transportes públicos mal preparados, postes, escadas no meio do passeio, e até mesmo lixeiras podem se transformar em obstáculos difíceis de transpor para pessoas com problemas de mobilidade.
"Quando uma nova calçada é construída, a última coisa que pensam é na pessoa com deficiência, na mulher gestante, na mãe que leva seu bebê em um carrinho, no idoso. É como se estas pessoas não fizessem parte da sociedade. Enquanto houver as barreiras atitudinais, a acessibilidade plena no Brasil seguirá sendo apenas um sonho, afinal sem sensibilidade não há acessibilidade", afirma.
Para o ativista, um dos momentos mais marcantes da caminhada se passou em Cedro, no município de Sobral (CE), quando foi visitar um jovem que perdeu os movimentos das pernas após sofrer um acidente em moto. Ao se despedir, a mulher disse-lhe que sonhava um dia pegar a cadeira de rodas e poder ir até debaixo de uma árvore na pracinha próximo à sua casa, mas que não poderia fazer isso porque o caminho a impossibilitava.
"Saí dali imaginando como a falta de acessibilidade transforma, negativamente, a vida de quase 25% dos brasileiros que vivem na certeza de que a falta de sensibilidade dos nossos governantes significa para eles uma árdua batalha em seu dia a dia", declara.
Retirado do Jornal O Mossoroense.
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