Criança que parecia curada de HIV apresenta sinais do vírus nos EUA.



10 de JULHO de 2014 - Uma criança que se acreditava ter sido curada do HIV agora mostra níveis detectáveis do vírus da Aids, disseram autoridades de saúde dos Estados Unidos nesta quinta-feira (10), segundo informa a agência Reuters.

A menina, conhecida como "bebê do Mississippi", foi objeto de um estudo de caso sobre remissão duradoura da infecção publicado no periódico "The New England Journal of Medicine" no ano passado.

Atualmente com 4 anos, ela nasceu prematura em uma clínica do Mississippi em 2010 de uma mãe infectada com o HIV. Depois de ser tratada durante 18 meses, ela passou mais de dois anos sem medicamentos antirretrovirais. Durante aquele período, exames de sangue não detectaram níveis do vírus.

"Certamente esta é uma reviravolta decepcionante para esta criança, para a equipe médica envolvida no seu cuidado e para a comunidade de pesquisa de HIV/AIDS”, declarou o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci.

Essa criança era considerado o primeiro caso documentado de “cura funcional” de uma criança infectada pelo HIV. A cura funcional ocorre quando a presença do vírus é tão mínima que ele se mantém indetectável pelos testes clínicos padrões e discernível apenas por métodos ultrassensíveis.

Ela é diferente da cura “por esterilização” (que pressupõe uma erradicação completa de todos os traços virais do corpo), mas significa que o paciente poderia se manter saudável sem precisar tomar remédios por toda a vida.


A virologista Deborah Persaud, coordenadora do estudo que apontou 'cura funcional' nio bebê do Mississippi (Foto: AP Photo/Johns Hopkins Medicine)


Retirado do G1 São Paulo 

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