Osama bin Laden passou de simples muçulmano fervoroso a maior terrorista do mundo em poucas décadas, se aproximando da Irmandade Muçulmana e fundando seu próprio grupo fundamentalista, a Al Qaeda, com “guerreiros” islâmicos pelo mundo.
Bin Laden foi responsável pelo atentado terrorista que mudou a história dos Estados Unidos, em 2011, e que deu inicío a uma caçada de dez anos pelo terrorista, até que ele foi encontrado e morto no Paquistão.
A seguir, relembre a caçada que terminou há exatos três anos, no dia 2 de maio de 2011
Foto: Montagem R7
11 de SETEMBRO de 2014 - No dia 11 de Setembro de 2001, o mundo assistiu ao maior atentado terrorista da história dos EUA. Membros da rede Al Qaeda, liderados por Osama bin Laden, sequestraram três aeronaves; duas delas derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center e a terceira atingiu o Pentágono, matando milhares de pessoas.
Sob o impacto do atentado, que deixou quase 3.000 mortos, o governo norte-americano iniciou uma ofensiva no Afeganistão acarretando na queda do regime Taleban, acusado de ter ligações com a Al Qaeda e de ajudar a esconder Bin Laden.
Hoje, 13 anos após os ataques, o Taleban deixou de ser prioridade dos EUA, mas isso não significa que o grupo extremista tenha perdido completamente a força política e militar no país que governou durante cinco anos (1996-2001).
“O Taleban ainda tem a capacidade de controlar o Afeganistão, onde a situação ainda é muito instável”, explica o professor de relações internacionais da ESPM, Heni Ozi Cukier.
— Em grande parte, o grupo é dos percussores desse conceito de usar um território para uma organização terrorista global, no caso, a Al Qaeda. Toda a lógica de combate ao terrorismo vem fundamentada em cima do perigo de deixar um grupo terrorista conquistar um território nacional.
Para Cukier, os lações entre o Taleban e a Al Qaeda existem até hoje e, ambos os lados, usam um ao outro de acordo com seus interesses. Diante disso, o professor alerta para um perigo maior: uma possível atuação do grupo no Paquistão, o único país muçulmano que possui uma bomba atômica.
— [O Paquistão] é um país muito instável, onde os riscos de proliferação nuclear são imensos. Para o país se fragmentar e cair em um redemoinho de caos é muito fácil.
Já Carlos Gustavo Poggio Teixeira, vice-coordenador do curso de Relações internacionais da PUC-SP, acredita que, no curto prazo, “será difícil os talebans tomarem o poder novamente”.
— Ainda que permaneça frágil, o governo afegão tem se consolidado, ao passo que o Taleban tem se fragmentado, com o surgimento de diversas facções internas.
Por outro lado, o surgimento dessas facções internar também pode ser considerado um problema para o Ocidente.
“Ao mesmo tempo que enfraquece o grupo, dificulta qualquer processo de negociação que seja necessária na região”, diz Teixeira.
Taleban e Al Qaeda
Os dois grupos possuem ideologias religiosas extremistas, mas todos diferem em seus objetivos diretos e nas formas de atuação.
O Taleban já era um inimigo americano, mesmo antes da Al Qaeda, mas como um grupo voltado à política doméstica no Afeganistão. Os talebans não eram vistos como uma ameaça global.
Essa capacidade vinha da Al Qaeda, que nasceu e permanece com objetivos transnacionais, e, por isso, permanece como alvo importante da política externa dos EUA, apesar de estar bastante enfraquecida.
De forma geral, Taleban e Al Qaeda são organizações irmãs. Apesar de terem ficado enfraquecidas e um pouco distanciadas após a ofensiva norte-americana, ainda trabalham juntas e de acordo com seus próprios interesses.
Em 11 de setembro de 2001, membros da rede Al Qaeda, liderados por Bin Laden, realizaram o atentado terrorista que mudou a história dos Estados Unidos.
No ataque principal, dois aviões foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, deixando quase 3.000 pessoas mortos
Foto: AP Photo/Carmen Taylor
O atentado começou cedo, às 8h46 (9h46, horário de Brasília), quando um Boeing 747 da companhia aérea American Airlines atingiu a torre norte do WTC, entre os andares 93 e 99.
Cerca de 16 minutos após a primeira colisão, um segundo avião atingiu a outra torre do complexo, em uma das imagens mais impressionantes do atentado. Após pouco mais de uma hora, as duas torres não conseguiram resistir e desabaram, levantando uma nuvem gigantesca de poeira
Foto: AP Photo/Gene Boyars
Foto: AP Photo
11 de SETEMBRO de 2014 - No dia 11 de Setembro de 2001, o mundo assistiu ao maior atentado terrorista da história dos EUA. Membros da rede Al Qaeda, liderados por Osama bin Laden, sequestraram três aeronaves; duas delas derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center e a terceira atingiu o Pentágono, matando milhares de pessoas.
Sob o impacto do atentado, que deixou quase 3.000 mortos, o governo norte-americano iniciou uma ofensiva no Afeganistão acarretando na queda do regime Taleban, acusado de ter ligações com a Al Qaeda e de ajudar a esconder Bin Laden.
Hoje, 13 anos após os ataques, o Taleban deixou de ser prioridade dos EUA, mas isso não significa que o grupo extremista tenha perdido completamente a força política e militar no país que governou durante cinco anos (1996-2001).
“O Taleban ainda tem a capacidade de controlar o Afeganistão, onde a situação ainda é muito instável”, explica o professor de relações internacionais da ESPM, Heni Ozi Cukier.
— Em grande parte, o grupo é dos percussores desse conceito de usar um território para uma organização terrorista global, no caso, a Al Qaeda. Toda a lógica de combate ao terrorismo vem fundamentada em cima do perigo de deixar um grupo terrorista conquistar um território nacional.
Para Cukier, os lações entre o Taleban e a Al Qaeda existem até hoje e, ambos os lados, usam um ao outro de acordo com seus interesses. Diante disso, o professor alerta para um perigo maior: uma possível atuação do grupo no Paquistão, o único país muçulmano que possui uma bomba atômica.
— [O Paquistão] é um país muito instável, onde os riscos de proliferação nuclear são imensos. Para o país se fragmentar e cair em um redemoinho de caos é muito fácil.
Já Carlos Gustavo Poggio Teixeira, vice-coordenador do curso de Relações internacionais da PUC-SP, acredita que, no curto prazo, “será difícil os talebans tomarem o poder novamente”.
— Ainda que permaneça frágil, o governo afegão tem se consolidado, ao passo que o Taleban tem se fragmentado, com o surgimento de diversas facções internas.
Por outro lado, o surgimento dessas facções internar também pode ser considerado um problema para o Ocidente.
“Ao mesmo tempo que enfraquece o grupo, dificulta qualquer processo de negociação que seja necessária na região”, diz Teixeira.
Taleban e Al Qaeda
Os dois grupos possuem ideologias religiosas extremistas, mas todos diferem em seus objetivos diretos e nas formas de atuação.
O Taleban já era um inimigo americano, mesmo antes da Al Qaeda, mas como um grupo voltado à política doméstica no Afeganistão. Os talebans não eram vistos como uma ameaça global.
Essa capacidade vinha da Al Qaeda, que nasceu e permanece com objetivos transnacionais, e, por isso, permanece como alvo importante da política externa dos EUA, apesar de estar bastante enfraquecida.
De forma geral, Taleban e Al Qaeda são organizações irmãs. Apesar de terem ficado enfraquecidas e um pouco distanciadas após a ofensiva norte-americana, ainda trabalham juntas e de acordo com seus próprios interesses.
Em 11 de setembro de 2001, membros da rede Al Qaeda, liderados por Bin Laden, realizaram o atentado terrorista que mudou a história dos Estados Unidos.
No ataque principal, dois aviões foram lançados contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, deixando quase 3.000 pessoas mortos
Foto: AP Photo/Carmen Taylor
O atentado começou cedo, às 8h46 (9h46, horário de Brasília), quando um Boeing 747 da companhia aérea American Airlines atingiu a torre norte do WTC, entre os andares 93 e 99.
Cerca de 16 minutos após a primeira colisão, um segundo avião atingiu a outra torre do complexo, em uma das imagens mais impressionantes do atentado. Após pouco mais de uma hora, as duas torres não conseguiram resistir e desabaram, levantando uma nuvem gigantesca de poeira
Foto: AP Photo/Amy Sancetta
Além dos dois aviões que atingiram o World Trade Center (foto), uma aeronave comercial colidiu com o Pentágono, sede do Departamento de Defesa no Estado de Washington, e outra caiu na Pensilvânia. Entre os mortos, 19 eram terroristas.
Foto: AP Photo/Gene Boyars
Em 2010, Bin Laden estava no topo da lista dos criminosos mais procurados do mundo. Uma recompensa de cerca de R$ 45 milhões (US$ 25 milhões) era oferecida pela sua captura.
Foto: AP Photo
Por dez anos, Bin Laden zombou da melhor inteligência do mundo e, acredita-se, viveu escondido nas montanhas do Paquistão e Afeganistão. Isso não significou seu desaparecimento da mídia, já que o saudita ganhou ainda mais fama e, de tempos em tempos, divulgava vídeos conclamando sua “guerra santa”
Foto: AP/File Photo
Em 2005, se tornou claro que Bin Laden estava escondido no Paquistão. Apesar de o país ser declaradamente aliado dos EUA, muitas autoridades do governo eram simpáticas a Bin Laden e à Al Qaeda e poderiam prejudicar as buscas pelo terrorista
Em 2005, se tornou claro que Bin Laden estava escondido no Paquistão. Apesar de o país ser declaradamente aliado dos EUA, muitas autoridades do governo eram simpáticas a Bin Laden e à Al Qaeda e poderiam prejudicar as buscas pelo terrorista
Foto: AP Photo/Department of Defense
Na madrugada do dia 2 de maio de 2011 e sem avisar o governo do Paquistão, os soldados americanos entraram na casa de três andares onde Bin Laden se escondia e deram fim à caçada que durou uma década e que foi acompanhada pelo mundo inteiro
Foto: R7
Ironicamente, o terrorista foi achado não em um buraco de uma região tribal qualquer, mas confortavelmente instalado em uma mansão de R$ 1,6 milhão (US$ 1 milhão) em Abbottabad, a menos de 1 km da principal academia militar do Paquistão
Foto: AP Photo/Shaukat Qadir
Uma mulher, um filho do terrorista e outro homem foram mortos na operação, que gerou indignação e foi muito criticada.
Os soldados encontraram Bin Laden em um dos quartos, escondido com uma das três mulheres que viviam com ele
Foto: AP Photo/K.M.Chaudary
Na madrugada do dia 2 de maio de 2011 e sem avisar o governo do Paquistão, os soldados americanos entraram na casa de três andares onde Bin Laden se escondia e deram fim à caçada que durou uma década e que foi acompanhada pelo mundo inteiro
Foto: R7
Ironicamente, o terrorista foi achado não em um buraco de uma região tribal qualquer, mas confortavelmente instalado em uma mansão de R$ 1,6 milhão (US$ 1 milhão) em Abbottabad, a menos de 1 km da principal academia militar do Paquistão
Foto: AP Photo/Shaukat Qadir
Uma mulher, um filho do terrorista e outro homem foram mortos na operação, que gerou indignação e foi muito criticada.
Os soldados encontraram Bin Laden em um dos quartos, escondido com uma das três mulheres que viviam com ele
Foto: AP Photo/K.M.Chaudary
A caçada e a morte de Bin Laden fizeram aumentar a popularidade do presidente Barack Obama, que monitorou a operação ao vivo, da Casa Branca, junto com Hillary Clinton, Joe Biden e membros da segurança nacional americana
Foto: AP Photo/The White House, Pete Souza
Em menos de 24 horas, o corpo de Bin Laden, que foi levado para uma embarcação americana, foi “sepultado” no mar. Os militares fizeram orações islâmicas e preparam o corpo seguindo a tradição religiosa
Foto: AP File Photo
No dia seguinte, quase uma década após 11 de Setembro, a morte de Bin Laden estava na primeira página dos jornais de todo o mundo
Marta Santos, do R7
Retirado do R7
Em menos de 24 horas, o corpo de Bin Laden, que foi levado para uma embarcação americana, foi “sepultado” no mar. Os militares fizeram orações islâmicas e preparam o corpo seguindo a tradição religiosa
Foto: AP File Photo
No dia seguinte, quase uma década após 11 de Setembro, a morte de Bin Laden estava na primeira página dos jornais de todo o mundo
Foto: AFP PHOTO
Retirado do R7
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