MP denuncia suposto serial killer por morte de campeã de capoeira em GO.

Isadora foi morta enquanto caminhava 
com o
namorado 
(Foto: Arquivo Pessoal)


30 de JANEIRO de 2015 - O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia nesta sexta-feira (30) contra o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, apontado como suposto serial killer de Goiânia, pela morte da estudante e campeã brasileira de capoeira, Isadora Cândido, de 15 anos. Esta é a quinta denúncia por homicídio encaminhada pelo órgão ao Poder Judiciário. O acusado confessou ter matado 29 pessoas desde 2011.

De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, Maurício Gonçalves de Camargo, o laudo cadavérico da adolescente, somado ao exame microbalístico, foram provas importantes para o processo. Na perícia, ficou comprovado que a bala que matou Isadora saiu da arma que foi apreendida como o vigilante.

Tiago já responde na Justiça pelos homicídios deRosirene Gualberto da Silva, 29, Ana Lídia Gomes de Sousa, 14, Wanessa Oliveira Felipe, 22, e Ana Maria Victor Duarte, 27, além de dois roubos a uma agência lotérica na capital. Ele aguarda julgamento preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida deGoiânia, na Região Metropolitana.

No último dia 9, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha passou por uma audiência de instrução sobre a morte de morte de Rosirene Gualberto, de 29 anos. Esta foi a primeira oitiva em relação à série de homicídios da qual é acusado. Na ocasião, ele declarou que foi “obrigado” a matar a jovem por um “sentimento demoníaco”. “Uma voz me perturbava para fazer isso, eu tentava não ouvir, mas era mais forte do que eu e acabou acontecendo”, disse na ocasião o suposto serial killer.

Crime

Isadora foi morta no dia 1º de junho do ano passado, quando caminhava com o namorado em direção a casa dela. O casal foi abordado por um motociclista, que deu voz de assalto. No momento em que a garota entregava o celular, o aparelho caiu no chão e o suspeito atirou na menina.
Isadora era campeã brasileira 
de caopeira
(Foto: Arquivo pessoal)



O criminoso estava de capacete preto em uma motocicleta da mesma cor. Após atirar nas costas da vítima, o suspeito fugiu. A garota não resistiu ao ferimento e morreu no local. Já o namorado da adolescente não foi alvejado.

Pai da vítima, o lanterneiro Gilmar Cândido, disse que perda da filha foi muito grande para toda a família. "Dá saudade, só sobrou saudade para a gente, e a dor", lamentou.

A jovem era campeã brasileira de capoeira, esporte que praticava há 10 anos. Além disso, a menina também tinha dois títulos estaduais e era bolsista em um programa de incentivo ao esporte do governo de Goiás, pelo qual recebia uma ajuda de custo no valor de R$ 500.


Prisão

Tiago da Rocha foi preso no dia 14 de outubro de 2014, em Goiânia. Na ocasião, ele confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas desde 2011. Entretanto, segundo informou o delegado Murilo Polati, o vigilante prestou novos depoimentos na companhia de advogados e reduziu o número de confissões para 29.


Além dos crimes investigados pela força-tarefa da polícia, ele também confessou assassinatos de homossexuais e moradores de rua.

O vigilante ficou em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) por oito dias. No local, segundo revelou o delegado Eduardo Prado, o suspeito afirmou aos policiais que "estava com vontade de matar".

No dia 22 de outubro, Tiago foi transferido para o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia. Durante a transferência, mesmo escoltado por 20 policiais, ele conseguiu agredir um fotógrafo com um chute no abdômen antes de ser colocado no carro da polícia. No dia seguinte, o delegado Murilo Polati afirmou, durante entrevista coletiva, que o vigilante voltou a fazer ameaças de morte, desta vez, para os detentos do Núcleo de Custódia.

Atualmente, a unidade informou que o jovem não tem apresentado sinais de agressividade e passa a maior parte do tempo lendo na própria cela, onde fica sozinho. “Desde a chegada dele ao Complexo Prisional, não manifestou nenhum comportamento anormal. Ele está com a rotina normal: banho de sol, alimentação, está sendo acompanhado por psicólogos e não manifestou nenhum comportamento agressivo”, relatou o gerente regional prisional, Leandro Ezequiel.


Retirado do G1 GO.

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