Ao menos 62 crianças morreram em combates no Iêmen, diz Unicef.


Imagem do dia 21 de março mostra criança iemenita 
em cama de hospital, após ataque na capital, 
Sanaa, no dia anterior 
(Foto: AFP/Mohammed Huwais)


31 de MARÇO de 2015 - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou nesta terça-feira (31) que pelo menos 62 crianças foram mortas na última semana. Segundo levantamento do órgão, outras 30 ficaram feridas por causa dos combates entre a milícia xiita dos huthis e a coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita.

"As crianças estão em necessidade desesperada de proteção, e todas as partes do conflito devem fazer tudo o que podem para manter as crianças a salvo", afirmou em um comunicado Julien Harneis, representante da Unicef no Iêmen.

Segundo a Unicef, os combates têm afetado seriamente os serviços básicos de saúde e educação, enquanto a violência e a necessidade de fuga têm deixado as crianças amedrontadas.

A capital do Iêmen, Sanaa, foi alvo na madrugada desta terça-feira dos ataques aéreos mais violentos desde o início dos bombardeios da coalizão.


Criança ferida é retirada de mesquita atacada por 
homem-bomba o dia 20 em Sanaa, capital do Iêmen
(Foto: Khaled Abdullah/Reuters)


Ameaça ao Oriente Médio


O Irã advertiu nesta terça-feira que o "ataque saudita" no Iêmen ameaça colocar em perigo todo o Oriente Médio e pediu o fim imediato" das operações militares.

"O fogo da guerra arrastará toda a região a brincar com fogo", afirmou o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Hosein Amir Abdola, à imprensa, à margem da conferência de países doadores para a Síria, reunião que acontece no Kuwait.

"As operações militares devem parar imediatamente", completou.

O ministro saudita das Relações Exteriores, o príncipe Saud al-Faisal, denunciou novamente nesta terça-feira o "apoio" do Irã aos rebeldes xiitas que "desestabilizaram" o Iêmen e afirmou que seu país não buscou a guerra.


Do G1, em São Paulo

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