Mônica Machado era caloura do curso de engenharia
de telecomunicações
(Foto: Reprodução/Facebook)
20 de MARÇO de 2015 - A família da estudante Mônica Machado, de 18 anos, que morreu após sofrer um mal súbito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Região Central do Rio Grande do Sul, ainda tenta entender a tragédia. Inconformado com a perda da filha única, o pai, Claudio, lembra que a jovem, que sofria de uma doença cardíaca, estava feliz de ter passado no vestibular para o curso de engenharia de telecomunicações. Os dois conversaram por telefone na noite anterior ao incidente, que ocorreu na tarde de quinta-feira (19).
“Era a melhor filha do mundo. Nunca me deu desgosto na vida, nunca precisei mandar ela estudar, nada. Tanto que a gente ligou para ela pouco antes da meia-noite, horas antes de ela morrer, e ela estava estudando. Me dava muito orgulho. A última coisa que eu disse para ela foi 'eu te amo', com vários 'ô' no final. E ela disse que também”, contou o eletricista, sem conseguir conter as lágrimas.
Natural de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, onde a família reside, a jovem havia se mudado no último dia de fevereiro para Santa Maria. Ela era caloura do curso de engenharia de telecomunicações da UFSM. Na tarde de quinta-feira, após assistir a uma aula no Centro de Tecnologia, Mônica se dirigia ao restaurante universitário quando passou mal e caiu no chão. Duas mulheres e um vigilante da universidade ajudaram no socorro. Segundo os médicos, ela passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Claudio conta que a filha tomava medicação diária por causa da miocardiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca de origem genética. O problema impedia a jovem de fazer grandes esforços, mas não exigia muitas alterações na rotina. Conforme o pai, dias antes da morte, ela relatou que estava se sentindo bem.
"Ela não sentia cansaço, não tinha reclamado disso. Só que a nossa cidade é plana, ela não precisava fazer subidas e descidas. Acho que isso pode ter piorado em Santa Maria, o fato de ter que subir e descer escada. Mas a universidade fez muito bem a ela. Tenho certeza que iria concluir o curso. Não conseguiu por causa disso", lamenta Claudio.
Conforme o pai, um dos sonhos da jovem era atuar na área de engenharia renovável. Dois dias antes da morte, a menina havia conseguido vaga para morar na Casa do Estudante do município, já que a família não tinha recursos financeiros para mantê-la sozinha.
O sepultamento está marcado para as 17h desta sexta-feira (20), no Cemitério Municipal Nossa Senhora de Sant'Ana, em Uruguaiana.
Paula Menezes
20 de MARÇO de 2015 - A família da estudante Mônica Machado, de 18 anos, que morreu após sofrer um mal súbito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Região Central do Rio Grande do Sul, ainda tenta entender a tragédia. Inconformado com a perda da filha única, o pai, Claudio, lembra que a jovem, que sofria de uma doença cardíaca, estava feliz de ter passado no vestibular para o curso de engenharia de telecomunicações. Os dois conversaram por telefone na noite anterior ao incidente, que ocorreu na tarde de quinta-feira (19).
“Era a melhor filha do mundo. Nunca me deu desgosto na vida, nunca precisei mandar ela estudar, nada. Tanto que a gente ligou para ela pouco antes da meia-noite, horas antes de ela morrer, e ela estava estudando. Me dava muito orgulho. A última coisa que eu disse para ela foi 'eu te amo', com vários 'ô' no final. E ela disse que também”, contou o eletricista, sem conseguir conter as lágrimas.
Natural de Uruguaiana, na Fronteira Oeste, onde a família reside, a jovem havia se mudado no último dia de fevereiro para Santa Maria. Ela era caloura do curso de engenharia de telecomunicações da UFSM. Na tarde de quinta-feira, após assistir a uma aula no Centro de Tecnologia, Mônica se dirigia ao restaurante universitário quando passou mal e caiu no chão. Duas mulheres e um vigilante da universidade ajudaram no socorro. Segundo os médicos, ela passou mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Claudio conta que a filha tomava medicação diária por causa da miocardiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca de origem genética. O problema impedia a jovem de fazer grandes esforços, mas não exigia muitas alterações na rotina. Conforme o pai, dias antes da morte, ela relatou que estava se sentindo bem.
"Ela não sentia cansaço, não tinha reclamado disso. Só que a nossa cidade é plana, ela não precisava fazer subidas e descidas. Acho que isso pode ter piorado em Santa Maria, o fato de ter que subir e descer escada. Mas a universidade fez muito bem a ela. Tenho certeza que iria concluir o curso. Não conseguiu por causa disso", lamenta Claudio.
Conforme o pai, um dos sonhos da jovem era atuar na área de engenharia renovável. Dois dias antes da morte, a menina havia conseguido vaga para morar na Casa do Estudante do município, já que a família não tinha recursos financeiros para mantê-la sozinha.
O sepultamento está marcado para as 17h desta sexta-feira (20), no Cemitério Municipal Nossa Senhora de Sant'Ana, em Uruguaiana.
Paula Menezes
Do G1 RS
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