Udescão não latia em classe e atravessava na faixa,
diz aluno
(Foto: Michele Tomaz/Facebook UDESCÃO)
06 de ABRIL de 2015 - “Ele achava que era um de nós”. Assim o estudante de ciências da computação Daniel Camargo, de 29 anos, define o vira-latas que durante anos frequentou o campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville. Conhecido como Udescão, o cachorro que “só atravessava a rua na faixa de pedestres” morreu atropelado na tarde do domingo de Páscoa (5), por um motorista que não parou para socorrê-lo.
A notícia da morte de Udescão se espalhou rápido e causou comoção, principalmente entre os estudantes. Tanto que a direção do campus autorizou que o cachorro fosse enterrado dentro da própria universidade, ainda no domingo, ao lado do lago onde gostava de ficar.
06 de ABRIL de 2015 - “Ele achava que era um de nós”. Assim o estudante de ciências da computação Daniel Camargo, de 29 anos, define o vira-latas que durante anos frequentou o campus da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville. Conhecido como Udescão, o cachorro que “só atravessava a rua na faixa de pedestres” morreu atropelado na tarde do domingo de Páscoa (5), por um motorista que não parou para socorrê-lo.
A notícia da morte de Udescão se espalhou rápido e causou comoção, principalmente entre os estudantes. Tanto que a direção do campus autorizou que o cachorro fosse enterrado dentro da própria universidade, ainda no domingo, ao lado do lago onde gostava de ficar.
Cão de rua, Udescão teve 'dia de rei'
em 2012
(Foto: Reprodução/Facebook UDESCÃO)
“Tem outros cachorros aqui, mas ele se comportava como se fosse uma pessoa. Nunca latia dentro da universidade, respeitava o silêncio das aulas. Se estava em uma sala e o professor chegava, ele saía na mesma hora. Mas já chegou a acompanhar do lado de fora algumas aulas de matemática”, conta Daniel. Ele acredita que o cão tinha cerca de 17 anos.
Ninguém sabia onde Udescão morava, nem onde passava as noites. Mas, durante o dia, era certo encontrá-lo entre os alunos, principalmente perto do restaurante universitário. Eram os próprios alunos e funcionários que alimentavam o cachorro. Muitos tentaram levar Udescão para casa, mas ele sempre voltava para o campus, lembram os estudantes.
Às vezes, aparecia machucado. “Uma vez passei uma semana inteira trocando curativos dele. Comprei pomada, tudo. Mas ele sempre tirava o curativo”, lembra o estudante, que o levou ao veterinário algumas vezes – os colegas faziam vaquinha para pagar a consulta.
(Foto: Reprodução/Facebook UDESCÃO)
“Tem outros cachorros aqui, mas ele se comportava como se fosse uma pessoa. Nunca latia dentro da universidade, respeitava o silêncio das aulas. Se estava em uma sala e o professor chegava, ele saía na mesma hora. Mas já chegou a acompanhar do lado de fora algumas aulas de matemática”, conta Daniel. Ele acredita que o cão tinha cerca de 17 anos.
Ninguém sabia onde Udescão morava, nem onde passava as noites. Mas, durante o dia, era certo encontrá-lo entre os alunos, principalmente perto do restaurante universitário. Eram os próprios alunos e funcionários que alimentavam o cachorro. Muitos tentaram levar Udescão para casa, mas ele sempre voltava para o campus, lembram os estudantes.
Às vezes, aparecia machucado. “Uma vez passei uma semana inteira trocando curativos dele. Comprei pomada, tudo. Mas ele sempre tirava o curativo”, lembra o estudante, que o levou ao veterinário algumas vezes – os colegas faziam vaquinha para pagar a consulta.
Udescão também era assíduo
nas aulas
(Foto: Reprodução/Facebook UDESCÃO)
Em 2012, Udescão teve seu “dia de rei”. “Meu amigo veio de carro e o levamos para dar um banho”, diz Daniel.
Udescão tem uma página em rede social, onde os alunos compartilham fotos do cão em situações inusitadas. Eles também trocavam informações, principalmente quando ele sumia por alguns dias.
Agora, a página reúne apenas as memórias sobre um companheiro que vai deixar saudades. "Meus almoços não serão mais os mesmo sem a companhia dele", escreveu uma estudante.
"Foi um anjo que acalentou a todos e cuidava de todos, quando achávamos que éramos nós quem cuidávamos dele", diz outro post.
Os estudantes pretendem fazer uma homenagem permanente ao Udescão - uma lápide ou uma estátua. O assunto ainda deve ser discutido com a reitoria.
Mariana Faraco
(Foto: Reprodução/Facebook UDESCÃO)
Em 2012, Udescão teve seu “dia de rei”. “Meu amigo veio de carro e o levamos para dar um banho”, diz Daniel.
Udescão tem uma página em rede social, onde os alunos compartilham fotos do cão em situações inusitadas. Eles também trocavam informações, principalmente quando ele sumia por alguns dias.
Agora, a página reúne apenas as memórias sobre um companheiro que vai deixar saudades. "Meus almoços não serão mais os mesmo sem a companhia dele", escreveu uma estudante.
"Foi um anjo que acalentou a todos e cuidava de todos, quando achávamos que éramos nós quem cuidávamos dele", diz outro post.
Os estudantes pretendem fazer uma homenagem permanente ao Udescão - uma lápide ou uma estátua. O assunto ainda deve ser discutido com a reitoria.
Mariana Faraco
Do G1 SC
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