Teste para checar vedação na
fábrica da
Volkswagen em Taubaté; água
Volkswagen em Taubaté; água
utilizada no teste
é reaproveitada
é reaproveitada
(Foto: Volkswagen)
06 de ABRIL de 2015 - A crise hídrica que atinge principalmente a região Sudeste do país tem feito as indústrias, que consomem água em larga escala, buscarem soluções criativas em todo o processo produtivo para driblar o problema: seja reciclando esgoto ou investindo no uso de chuva.
A prática de captar água da chuva, comum em casas, vem sendo adotada pela Volkswagen do Brasil, nas unidades de São Carlos, no interior de São Paulo, e de Santo Antonio dos Pinhas, na região metropolitana de Curitiba.
Por meio de calhas, a água é captada, filtrada, armazenada e depois segue para ser resfriada. Nesse caso, ela é utilizada para reduzir a temperatura das máquinas.
Se as chuvas forem muito intensas, é possível gerar a quantidade equivalente ao consumo médio diário da fábrica. É o caso da unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo. De acordo com a montadora, a água também é utilizada nas descargas dos sanitários.
Até o esgoto pode ser aproveitado. Uma das fábricas da montadora consegue enviar até 840 mil metros cúbicos de esgoto da empresa por ano para ser reciclado. De modo geral, com a ajuda da Sabesp, o material é tratado para depois ser utilizado em processos industriais de outras empresas da região de São Paulo.
Outra medida que tem garantido a economia de cerca de 10 milhões de litros ao ano é a reutilização da água utilizada para testes de funcionamento da rede de incêndio. Segundo a Volkswagen, essa água também serve para esfriar equipamentos, como alicates de solda e compressores.
Na comparação de 2014 com os números de 2010, a Volkswagen disse ter reduzido cerca de 11% no consumo de água por veículo produzido em suas quatro fábricas no país.
Outra grande companhia que conseguiu diminuir o consumo de água foi a empresa de alimentos BRF Foods, dona das marcas Sadia, Perdigão e Qualy. Em 2014, a companhia afirma ter registrado queda de 600 milhões de litros de água nas unidades de Uberlândia, em Minas Gerais; de Rio Verde, em Goiás; de Toledo e de Francisco Beltrão, ambas no Paraná.
De acordo com a empresa, o índice de captação de água das chuvas, por exemplo, cresceu mais de 40% em 2014, ultrapassando os 92 mil metros cúbicos. A BRF diz ainda ter reduzido em 4,2% o consumo específico de água.
“Para 2015, a filosofia de produção enxuta chegará a outras fábricas. Além disso, a BRF está envolvida em ações de preservação ambiental e possui representantes nos Comitês de Bacias Hidrográficas das regiões em que suas operações estão localizadas”, informa a empresa.
Anay CuryDo G1, em São Paulo
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