Mancha escura no Rio São Francisco chega a 25 km de extensão, diz IMA

Mancha escura no Rio São Francisco tem cerca 
de 25km de extensão 
(Foto: Ascom/IMA)

14 de ABRIL de 2015 - Durante uma vistoria realizada neste fim de semana, o Instituto de Meio Ambiente (IMA) sobrevoou o Rio São Francisco em Delmiro Gouveia, sertão de Alagoas, e constatou que a mancha escura na água chega a cerca de 25 km de extensão. Segundo o IMA informou nesta segunda-feira (13), a mancha causa impactos sócio-ambientais na região.

Na última sexta (10), a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) já havia informado que a mancha pode ter sido provocada após a abertura de duas comportas da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Paulo Afonso, na Bahia, divisa com Alagoas.

O procedimento teria liberado sedimentos acumulados no rio por pelo menos 30 anos. Por isso, a Diretoria de Monitoramento e Fiscalização deve intimar a companhia a apresentar o relatório do procedimento de abertura de comportas, realizado no final de fevereiro deste ano.

À reportagem do G1 a Chesf informou que deve emitir um posicionamento sobre a abertura das comportas nesta segunda-feira.

“A captação de água da Casal foi atingida, prejudicando o abastecimentos de municípios do Sertão”, diz Ermi Ferrari, diretor de Monitoramento e Fiscalização do IMA, ao ressaltar que e a captação de Sergipe, que também manda água para Aracaju, poderá ser afetada.

Por causa do aparecimento da mancha no São Francisco, a Casal suspendeu o fornecimento de água nas cidade de Delmiro Gouveia, Água Branca, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Canapi e Olho D'Água do Casado. Esses municípios estão sendo abastecidos com carros-pipa desde a última quarta (8).

Segundo Ferrari, durante a vistoria na região, foi contatado que, aparentemente, não há nenhuma indústria ou empreendimento que pudesse causar um problema com a mesma proporção. “Na atual situação que o país passa em relação aos recursos hídricos e a baixa vazão do São Francisco, considero o problema grave”, disse Ermi Ferrari.

Ele ressaltou que o IMA deverá continuar acompanhando o caso por causa dos impactos verificados no estado de Alagoas, mas a responsabilidade do monitoramento é do órgão licenciador, no caso o Instituto Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Do G1 AL

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