Deficiente visual reclama da falta de acessibilidade em edital da Uern.

Thiago Queiroz reivindica garantia de 
acessibilidade nos editais


29 de JULHO de 2015 - O estudante Thiago Queiroz, portador de deficiência visual, iniciou processo judicial contra a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) após perder vaga no curso de Licenciatura em Física. Ele conta que o problema foi ocasionado pela falha no edital do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) da instituição deste ano, pois a informação de quando seria realizada a junta médica avaliadora não foi disponibilizada em áudio.

"Liguei para a Uern no dia 27 de janeiro para saber quando seria realizada a junta apontada no edital, pois não havia a data especificada, mas não me informaram nada. No dia 30, fui fazer a inscrição e levei toda a minha documentação. No entanto, me pediram o laudo da junta, que aconteceu no dia anterior sem que eu soubesse", conta o estudante.

Thiago Queiroz explica que, mesmo que ganhe a ação em trânsito na Justiça, não poderá mais ingressar no curso este semestre porque as aulas iniciaram no dia 23 de março. Entretanto, o estudante afirma que seguirá reivindicando a garantia de acessibilidade para que o mesmo não volte a ocorrer com outras pessoas.

No dia 21 deste mês, foi realizada audiência na 15ª Promotoria de Justiça com o estudante, e dois representantes da Uern e da Comissão Permanente de Vestibular (Comperve/Uern). Thiago Queiroz conta que o promotor propôs prazo de até 20 dias úteis para que a Universidade assine Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assegurando a acessibilidade nos editais de processos seletivos da instituição.

OUTRO LADO

Contactada, a pró-reitora de Ensino de Graduação da Uern, Inessa Linhares, afirma que a Uern oferece acessibilidade em todos os editais desde o ano de 2013. Ela conta ainda que os documentos sobre o SiSU/Uern quando do último Processo Seletivo Vocacionado (PSV) continham as informações disponíveis sobre a junta médica.

"A Universidade entende que, neste caso, a acessibilidade foi garantida, tanto que várias pessoas com necessidades especiais se apresentaram à junta médica para avaliação. Garantir o acesso à informação é uma das nossas preocupações e nossos editais contam com tradução em áudio e versão em braille desde 2013", explica a pró-reitora.


Retirado do Jornal O Mossoroense. 

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