Rapaz foi confundido com estuprador e acabou sendo
linchado em Itanhaém, SP
(Foto: Reprodução/Facebook)
15 de AGOSTO de 2015 - Uma amiga do rapaz linchado e morto após ter sido confundido com um suposto estuprador, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, afirma que Junio Flávio Alves de Alcântara, de 28 anos, sempre foi uma pessoa calma e nunca arranjou confusão. No entanto, ele estaria sofrendo de depressão e vinha "ouvindo vozes" nos últimos dias.
O crime aconteceu no dia 30 de julho. Junio saiu de casa com a amiga para conversar em um bar e, após sofrer um surto, foi embora do local sozinho. A mulher, que prefere não se identificar, conta que começou a procurar pelo rapaz no dia 31. Depois de percorrer diversos lugares, encontrou o amigo em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele apresentava diversos ferimentos e os médicos constataram sua morte cerebral no mesmo dia.
15 de AGOSTO de 2015 - Uma amiga do rapaz linchado e morto após ter sido confundido com um suposto estuprador, em Itanhaém, no litoral de São Paulo, afirma que Junio Flávio Alves de Alcântara, de 28 anos, sempre foi uma pessoa calma e nunca arranjou confusão. No entanto, ele estaria sofrendo de depressão e vinha "ouvindo vozes" nos últimos dias.
O crime aconteceu no dia 30 de julho. Junio saiu de casa com a amiga para conversar em um bar e, após sofrer um surto, foi embora do local sozinho. A mulher, que prefere não se identificar, conta que começou a procurar pelo rapaz no dia 31. Depois de percorrer diversos lugares, encontrou o amigo em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele apresentava diversos ferimentos e os médicos constataram sua morte cerebral no mesmo dia.
Pedra usada durante crime foi encontrada
pela
Polícia Civil
Polícia Civil
(Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Segundo a colega de trabalho da vítima, eles estavam na cidade há 20 dias e ele nunca saía de casa sozinho. "Antes do crime, ele já estava há uns três dias trancado no quarto, se alimentando muito mal. O Junio tinha depressão e estávamos indo em alguns hospitais para ele fazer exames e ser medicado”, relata.
No dia do desaparecimento, ele pediu para conversar com a amiga em um bar. "Quando chegamos, ele comentou que estava ouvindo vozes. Nesse dia, ele chorou muito, disse que tinha uma dor interna muito grande", conta.
Após um surto, Junio Flavio fugiu do local e a agressão aconteceu horas depois. De acordo com informações da Polícia Civil, ele teria sido confundido com um suposto estuprador que estaria cometendo crimes na cidade. Várias pessoas podem ter participado do ataque e algumas já foram ouvidas.
Segundo a colega de trabalho da vítima, eles estavam na cidade há 20 dias e ele nunca saía de casa sozinho. "Antes do crime, ele já estava há uns três dias trancado no quarto, se alimentando muito mal. O Junio tinha depressão e estávamos indo em alguns hospitais para ele fazer exames e ser medicado”, relata.
No dia do desaparecimento, ele pediu para conversar com a amiga em um bar. "Quando chegamos, ele comentou que estava ouvindo vozes. Nesse dia, ele chorou muito, disse que tinha uma dor interna muito grande", conta.
Após um surto, Junio Flavio fugiu do local e a agressão aconteceu horas depois. De acordo com informações da Polícia Civil, ele teria sido confundido com um suposto estuprador que estaria cometendo crimes na cidade. Várias pessoas podem ter participado do ataque e algumas já foram ouvidas.
Junio ficou internado em estado grave na
Unidade
de Pronto Atendimento
de Pronto Atendimento
(Foto: Arquivo Pessoal)
Nesta quarta-feira (12), após denúncias anônimas, a polícia conseguiu identificar um dos autores do crime. O ajudante geral Johnny Antunes de Brito, de 20 anos, foi preso em sua casa. Durante um interrogatório, ele confessou aos agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém que jogou uma pedra na cabeça da vítima.
A amiga conta que Junio nunca apresentou nenhum comportamento agressivo contra ela e sempre se mostrou carinhoso. "Meus filhos gostavam dele, minha família. Ele era uma excelente pessoa, muito caseiro, não era de baladas, sempre foi tranquilo. Mesmo na cidade, quando saía, nunca era sozinho, eu sempre estava com ele", finaliza.
Em um vídeo postado na internet, a mãe da vítima afirma que seu filho nunca se meteu em brigas e que ele era uma pessoa de boa índole. Ela ainda faz um pedido para que todos os envolvidos na agressão se entreguem para a polícia e que seja feita justiça.
Rafaella Mendes
Nesta quarta-feira (12), após denúncias anônimas, a polícia conseguiu identificar um dos autores do crime. O ajudante geral Johnny Antunes de Brito, de 20 anos, foi preso em sua casa. Durante um interrogatório, ele confessou aos agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém que jogou uma pedra na cabeça da vítima.
A amiga conta que Junio nunca apresentou nenhum comportamento agressivo contra ela e sempre se mostrou carinhoso. "Meus filhos gostavam dele, minha família. Ele era uma excelente pessoa, muito caseiro, não era de baladas, sempre foi tranquilo. Mesmo na cidade, quando saía, nunca era sozinho, eu sempre estava com ele", finaliza.
Em um vídeo postado na internet, a mãe da vítima afirma que seu filho nunca se meteu em brigas e que ele era uma pessoa de boa índole. Ela ainda faz um pedido para que todos os envolvidos na agressão se entreguem para a polícia e que seja feita justiça.
Rafaella Mendes
Do G1 Santos
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