Traficante que manteve negócios com Pablo Escobar é preso em Guarujá, SP.


Nome de Mario Sergio Machado Nunes consta na 
lista da Interpol (Foto: Reprodução / Interpol)



19 de SETEMBRO de 2015 - Um traficante procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) foi preso na tarde da última quinta-feira (17), em Guarujá, no litoral de São Paulo. Mario Sergio Machado Nunes, de 59 anos, conhecido como ‘Goiano’, é líder de uma quadrilha internacional de drogas há mais de 30 anos. Segundo a Polícia Civil, ele manteve negócios com o narcotraficante colombiano Pablo Escobar, morto na década de 1990.

Goiano manteve negócios com 
narcotraficante
Pablo Escobar 
(Foto: Divulgação)


Goiano foi preso por policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), de São Paulo. Ele estava em um imóvel de luxo no Morro do Sorocotuba, em Guarujá, onde costumava passar os fins de semana. Na residência, foram encontrados munições para armas, documentos falsos e lacres de contêiner.

De acordo com investigações das polícias Civil e Federal, Mario Sérgio Machado Nunes utilizava conteineres do Porto de Santos para transportar drogas. Na lista de ‘clientes’ do traficante, estão pelo menos 27 países da América, África, Europa, além dos Estados Unidos.

Nos últimos meses a Polícia Federal fez pelo menos três grandes apreensões de drogas no Porto de Santos. A PF investiga a relação dos entorpecentes apreendidos, a maioria cocaína, com o esquema liderado por Goiano.

Após ser detido no litoral paulista, o traficante foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, em São Paulo.

Segundo Polícia, traficante fez 
cirurgias plásticas
(Foto: Arte G1)



Cirurgia plástica

Para conseguir despistar os policiais, Goiano fez duas cirurgias plásticas nos últimos anos. Ele cuidava da parte administrativa e logística da organização criminosa e chegou a contratar engenheiros especializados para construir um submarino para enviar a droga para outros países, mas o projeto não seguiu em frente.


Conforme a investigação, a quadrilha fechou uma mineradora na África para realizar a construção da embarcação no local, que foi analisado por engenheiros colombianos. A droga sairia da Venezuela para o Suriname, onde seria acondicionada em pequenas embarcações. Em alto mar, a droga seria transferida para o submarino com destino ao continente africano, de onde seguiria em navios ou pequenas embarcações para a Europa.

No ano passado a Polícia Federal realizou uma operação contra o tráfico internacional em pelo menos sete Estados brasileiros e conseguiu prender quatro pessoas em Goiás. No entanto, o chefe da quadrilha, identificado como Mario Sérgio Machado Nunes, conseguiu escapar e até então não havia sido localizado.

CPI
Nos anos 2000 uma CPI do Narcotráfico criada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para apurar a morte do então investigador do Denarc, Luciano Sturba, ouviu depoimentos de advogados que trabalharam com o traficante brasileiro quando ele foi preso na Ilha de Cabo Verde, na África, com um carregamento de 70 quilos de cocaína. Goiano conseguiu fugir da penitenciária africana e retornou ao Brasil. Os dois advogados disseram não saber do paradeiro do ex-cliente.


Projeto similar ao do submarino que seria construído 
pela quadrilha 
(Foto: Reprodução/ Polícia Federal)



Do G1 Santos

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