“Músicos, musicólogos e amantes de nossa música podem até discordar de uma coisa ou outra.
Afinal, como diria a vizinha gorda e patusca de Nélson Rodrigues, gosto não se discute.
Mas, se há um nome acima das preferências individuais, este é Pixinguinha.”
O Brasil é um país muito rico culturalmente. Assimilando e adaptando influências estrangeiras, nascia, pouco a pouco, o espírito artístico brasileiro. A música foi uma área contemplada por inúmeros compositores talentosos, cujas obras perpassaram os anos (e séculos) para se tornarem referência no cenário mundial.
Considerado, ainda em vida, o maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos compôs cerca de 1.000 obras e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito de nacionalismo musical, tornando-se seu maior expoente. Foi, também, através de Villa-Lobos que a música brasileira se fez representar em outros países, culminando por se universalizar.
Villa-Lobos fundou, em 1945, a Academia Brasileira de Música, que pretendia reunir os nomes mais ilustres de nossa música em prol da cultura e da educação musical do país. O grande compositor carioca, primeiro presidente da Academia, deixou, em testamento, metade de seus direitos autorais para serem aplicados pela instituição na difusão de sua obra, dos demais acadêmicos e da música brasileira em geral.
Seria impossível citar nomes de compositores brasileiros famosos sem cometer a injustiça de omitir alguns, já que são muitos os talentos despertados pelo país. Dentre os mais conhecidos estão Adoniran Barbosa, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Carlos Gomes, Chico Buarque, Ivan Lins, etc.
PIXINGUINHA
Alfredo da Rocha Vianna Júnior, nasceu em 23 de abril de 1898, no bairro da Piedade, rua Gomes Serpa, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Alfredo da Rocha Vianna e Raimunda da Rocha Vianna, foi batizado na Igreja de Santana. O apelido de Pixinguinha surgiu após ter ele contraído Bexiga, na época da epidemia. Começaram então a tratá-lo de « Bexinguinha », e depois « Pixinguinha ».
Sua família, no entanto, chamava-o de Pezinguim, apelido dado pela sua avó africana de nome Edwirges, o que na sua língua queria dizer: Menino Bom. Com 11 anos de idade já tocava cavaquinho entre os chorões da época, quando fez sua primeira composição, chamada "Lata de Leite", um choro.
Freqüentou no Mosteiro de São Bento o curso ginasial. Aos 14 anos já tocava flauta na casa de chope La Concha, das 20 às 24 horas (ainda de calças curtas); foi este o seu primeiro emprego. Foi maestro da Companhia Negra de Revista, onde conheceu sua esposa, que nessa altura era a estrela da companhia, atuando como cantora. Casou-se em 5 de janeiro de 1927, tendo ela abandonado a carreira, dedicando-se, então, ao lar; seu nome artístico era Jandira Aymoré.
A valsa "Querendo Bem" foi composta em homenagem à sua esposa Albertina da Rocha Vianna (Beti). Suas primeiras gravações foram feitas entre 1914 e 1918 na Casa Edson. Seus parceiros de serenata e amigos, que faziam música juntos, eram Luciano Gallet, Lulu do Cavaquinho, João da Baiana, os irmãos Jacob e Raul Palmieri, Nelson Alves, Luiz Pinto, seu irmão Otávio Vianna (China), Donga, José Alves (Luis Pinto), Léo (seu outro irmão), João Pernambuco, o conjunto « Os Oito Batutas », e muitos outros.
Foi muitas vezes aplaudido por Ruy Barbosa, Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Arnaldo Guinle, Francisco Canaro, Eleazar de Carvalho, Francisco Braga, Louis Armstrong, Eduardo Souto, Catullo da Paixão Cearense, Marcelo Tupinambá e outros. Em 1922, gravou com flauta e conjunto, a valsa "Rosa".
Apresentou seu "Carinhoso" a diversos intérpretes, os quais não se interessaram em gravá-lo. Entre outros, Francisco Alves e Carlos Galhardo. Foi então que Orlando Silva gravou o "Carinhoso", levando na outra face do disco a valsa "Rosa"; não é necessário dizer o que aconteceu ... Pixinguinha musicou quatro revistas de teatro; entre elas: "O Que o Rei Não Viu" e "Assim É Que É"; a opereta "Flor de Itapuia"; o melodrama "O Impossível Acontece"; e dois filmes: "Um Dia Qualquer" e "Sol Sobre a Lama" de Alex Vianny. O dia 23 de abril - aniversário de Pixinguinha - é o Dia Nacional do Choro. (Autor: Wilfried Berk)
Fonte: Museu Villa-Lobos
Webdesigner: Lika Dutra
Afinal, como diria a vizinha gorda e patusca de Nélson Rodrigues, gosto não se discute.
Mas, se há um nome acima das preferências individuais, este é Pixinguinha.”
O Brasil é um país muito rico culturalmente. Assimilando e adaptando influências estrangeiras, nascia, pouco a pouco, o espírito artístico brasileiro. A música foi uma área contemplada por inúmeros compositores talentosos, cujas obras perpassaram os anos (e séculos) para se tornarem referência no cenário mundial.
Considerado, ainda em vida, o maior compositor das Américas, Heitor Villa-Lobos compôs cerca de 1.000 obras e sua importância reside, entre outros aspectos, no fato de ter reformulado o conceito de nacionalismo musical, tornando-se seu maior expoente. Foi, também, através de Villa-Lobos que a música brasileira se fez representar em outros países, culminando por se universalizar.
Villa-Lobos fundou, em 1945, a Academia Brasileira de Música, que pretendia reunir os nomes mais ilustres de nossa música em prol da cultura e da educação musical do país. O grande compositor carioca, primeiro presidente da Academia, deixou, em testamento, metade de seus direitos autorais para serem aplicados pela instituição na difusão de sua obra, dos demais acadêmicos e da música brasileira em geral.
Seria impossível citar nomes de compositores brasileiros famosos sem cometer a injustiça de omitir alguns, já que são muitos os talentos despertados pelo país. Dentre os mais conhecidos estão Adoniran Barbosa, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Carlos Gomes, Chico Buarque, Ivan Lins, etc.
PIXINGUINHA
Alfredo da Rocha Vianna Júnior, nasceu em 23 de abril de 1898, no bairro da Piedade, rua Gomes Serpa, na cidade do Rio de Janeiro. Filho de Alfredo da Rocha Vianna e Raimunda da Rocha Vianna, foi batizado na Igreja de Santana. O apelido de Pixinguinha surgiu após ter ele contraído Bexiga, na época da epidemia. Começaram então a tratá-lo de « Bexinguinha », e depois « Pixinguinha ».
Sua família, no entanto, chamava-o de Pezinguim, apelido dado pela sua avó africana de nome Edwirges, o que na sua língua queria dizer: Menino Bom. Com 11 anos de idade já tocava cavaquinho entre os chorões da época, quando fez sua primeira composição, chamada "Lata de Leite", um choro.
Freqüentou no Mosteiro de São Bento o curso ginasial. Aos 14 anos já tocava flauta na casa de chope La Concha, das 20 às 24 horas (ainda de calças curtas); foi este o seu primeiro emprego. Foi maestro da Companhia Negra de Revista, onde conheceu sua esposa, que nessa altura era a estrela da companhia, atuando como cantora. Casou-se em 5 de janeiro de 1927, tendo ela abandonado a carreira, dedicando-se, então, ao lar; seu nome artístico era Jandira Aymoré.
A valsa "Querendo Bem" foi composta em homenagem à sua esposa Albertina da Rocha Vianna (Beti). Suas primeiras gravações foram feitas entre 1914 e 1918 na Casa Edson. Seus parceiros de serenata e amigos, que faziam música juntos, eram Luciano Gallet, Lulu do Cavaquinho, João da Baiana, os irmãos Jacob e Raul Palmieri, Nelson Alves, Luiz Pinto, seu irmão Otávio Vianna (China), Donga, José Alves (Luis Pinto), Léo (seu outro irmão), João Pernambuco, o conjunto « Os Oito Batutas », e muitos outros.
Foi muitas vezes aplaudido por Ruy Barbosa, Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Arnaldo Guinle, Francisco Canaro, Eleazar de Carvalho, Francisco Braga, Louis Armstrong, Eduardo Souto, Catullo da Paixão Cearense, Marcelo Tupinambá e outros. Em 1922, gravou com flauta e conjunto, a valsa "Rosa".
Apresentou seu "Carinhoso" a diversos intérpretes, os quais não se interessaram em gravá-lo. Entre outros, Francisco Alves e Carlos Galhardo. Foi então que Orlando Silva gravou o "Carinhoso", levando na outra face do disco a valsa "Rosa"; não é necessário dizer o que aconteceu ... Pixinguinha musicou quatro revistas de teatro; entre elas: "O Que o Rei Não Viu" e "Assim É Que É"; a opereta "Flor de Itapuia"; o melodrama "O Impossível Acontece"; e dois filmes: "Um Dia Qualquer" e "Sol Sobre a Lama" de Alex Vianny. O dia 23 de abril - aniversário de Pixinguinha - é o Dia Nacional do Choro. (Autor: Wilfried Berk)
Fonte: Museu Villa-Lobos
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