Menina estuprada por pai e irmão sai do hospital e parentes depõem em MS

Objetos teriam sido introduzidos pelo irmão com ajuda do 
pai 
(Foto: Dyego Queiroz/ TV Morena)



17 de AGOSTO de 2016 - A adolescente de 16 anos, vítima de estupro pelo pai e o irmão, conforme a polícia, teve alta médica. Ao G1 o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), disse que parentes da menina prestam depoimento no decorrer desta semana. As informações estão no inquérito, sob segredo de Justiça e existe ainda possibilidade de um possível maus-tratos contra a menina.

"A menina ainda não tem previsão de ser ouvida, porém alguns familiares já prestaram depoimento. Temos pontos a serem esclarecidos ainda e por isso as oitivas complementares. As informações seguem sob segredo, até mesmo para não haver controvérsias", afirmou o delegado.

Segundo a assessoria da Santa Casa, a menina saiu do hospital às 14h58 (de MS) desta terça-feira (16). Ela deu entrada no dia 9, às 9h56, sendo que passou por "procedimentos de retirada de um objeto estranho, de 2 a 3 centímetros". Na ocasião, apresentava infecção e sangramento no colo do útero. O material foi levado para perícia.

Entenda o caso

O homem de 43 anos e um jovem de 20 anos foram presos no domingo (14), em Campo Grande, suspeitos de estuprar uma adolescente de 16 anos, que é filha e irmã deles, respectivamente. Eles prestaram depoimento na delegacia na segunda (15) e negaram o crime.

"Ela tinha hemorragia e dores abdominais. Ela disse que passou por um processo de aborto. Os médicos que a atenderam viram que ela tinha corpos estranhos no interior do útero", disse Lauretto.O caso começou a ser investigado depois que a menina foi internada em um hospital de Coxim, a 257 km de Campo Grande, com sangramento e dores. No hospital, foi constatado que ela tinha objetos estranhos no útero.

A garota disse em depoimento que os materiais seriam restos de um tudo de lubrificante, que foi colocado pelo irmão com ajuda do pai, quando ela tinha 10 anos. "Ela disse que os abusos propriamente ditos seriam nessa época. Ela disse que não chegou à conjugação carnal, mas o pai passava a mão pelo corpo e nas partes íntimas. E diz que ele continuou com essa prática até pouco tempo. Com relação ao irmão, também", explicou o delegado.

A adolescente ainda ressaltou que perdeu a mãe quando tinha 10 anos. "Como o pai morava com outra mulher, ela ficou morando sozinha com o irmão. Então, esse irmão começou os abusos. A menina disse que depois de um certo tempo o pai pediu a guarda dela. Aí ele teria começado a abusar também", comentou Lauretto.

Graziela Rezende
Do G1 MS

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