O cantor e compositor Bob Dylan, durante show no
festival Vieilles Charrues em Carhaix-Plouguer, no oeste
da França, em julho de 2012
(Foto: Fred Tanneau/AFP/Arquivo)
28 de OUTUBRO de 2016 - Bob Dylan falou pela primeira vez sobre ter ganhado o prêmio Nobel de Literatura ao jornal britânico "The Telegraph", em reportagem publicada nesta sexta-feira (28). Ao ser questionado se pretende ir à cerimônia de premiação, ele disse: "Absolutamente. Se for possível".
O compositor também disse que, ao saber que tinha ganhado, achou "supreendente, incrível. Quem sonharia com uma coisa dessas?". "É difícil de acreditar", afirmou o cantor ao jornal.
O "Telegraph" questiona o cantor por não ter respondido, segundo a Academia Sueca, às ligações após ter ganhado o prêmio. Ele não explica a falta de resposta e afirma apenas: "Bem, eu estou aqui".
Ao ser questionado se concorda com a afirmação da academia de que suas canções estão no mesmo patamar da alta literatura, ele diz com "hesitação", segundo a reportagem: "Acho que sim, de certa maneira. Algumas de minhas músicas - "Blind Willie", “The Ballad of Hollis Brown”, “Joey”, “A Hard Rain”, “Hurricane”, e outras – são têm um valor Homérico [em referência ao poeta grego Homero, citado pela academia ao justificar a premiação].”
Bob Dylan afirma que não pode explicar suas letras: "Eu deixo outras pessoas decidirem o que são elas. Os acadêmicos precisam saber. Eu não sou qualificado para isso. Não tenho uma opinião", diz.
Nobel
O cantor e compositor americano Bob Dylan, de 75 anos, foi anunciado no dia 13 de outubro como o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2016. A escolha foi divulgada em um evento em Estocolmo, na Suécia. Além do título, Dylan, que é considerado um dos maiores nomes da música do século XX, receberá 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,9 milhões).
A opção por um músico – e não por um escritor de ofício – soa incomum, mas o nome do Dylan vinha sendo cotado havia muitos anos. Também poeta e com diversos livros lançados (veja lista abaixo), o artista é aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. Desta vez, no entanto, ele não estava entre os favoritos nas casas de apostas.
Reconhecendo que o Nobel de literatura de 2016 pode parecer surpreendente, a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius, declarou que Dylan foi escolhido "por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana".
A academia citou ainda que "Dylan tem o status de um ícone" e que "sua influência na música contemporânea é profunda". "Ele é provavelmente o maior poeta vivo", declarou Per Wastberg, membro da instituição.
A nota biográfica do prêmio afirma que "Dylan gravou um grande número de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor". Dentre os clássicos compostos por ele, estão "Blowin' in the wind", "Subterranean homesick blues", "Mr. tambourine man" e "Like a rolling stone".
Do G1, em São Paulo
O compositor também disse que, ao saber que tinha ganhado, achou "supreendente, incrível. Quem sonharia com uma coisa dessas?". "É difícil de acreditar", afirmou o cantor ao jornal.
O "Telegraph" questiona o cantor por não ter respondido, segundo a Academia Sueca, às ligações após ter ganhado o prêmio. Ele não explica a falta de resposta e afirma apenas: "Bem, eu estou aqui".
Ao ser questionado se concorda com a afirmação da academia de que suas canções estão no mesmo patamar da alta literatura, ele diz com "hesitação", segundo a reportagem: "Acho que sim, de certa maneira. Algumas de minhas músicas - "Blind Willie", “The Ballad of Hollis Brown”, “Joey”, “A Hard Rain”, “Hurricane”, e outras – são têm um valor Homérico [em referência ao poeta grego Homero, citado pela academia ao justificar a premiação].”
Bob Dylan afirma que não pode explicar suas letras: "Eu deixo outras pessoas decidirem o que são elas. Os acadêmicos precisam saber. Eu não sou qualificado para isso. Não tenho uma opinião", diz.
Nobel
O cantor e compositor americano Bob Dylan, de 75 anos, foi anunciado no dia 13 de outubro como o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura 2016. A escolha foi divulgada em um evento em Estocolmo, na Suécia. Além do título, Dylan, que é considerado um dos maiores nomes da música do século XX, receberá 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,9 milhões).
A opção por um músico – e não por um escritor de ofício – soa incomum, mas o nome do Dylan vinha sendo cotado havia muitos anos. Também poeta e com diversos livros lançados (veja lista abaixo), o artista é aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. Desta vez, no entanto, ele não estava entre os favoritos nas casas de apostas.
Reconhecendo que o Nobel de literatura de 2016 pode parecer surpreendente, a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius, declarou que Dylan foi escolhido "por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana".
A academia citou ainda que "Dylan tem o status de um ícone" e que "sua influência na música contemporânea é profunda". "Ele é provavelmente o maior poeta vivo", declarou Per Wastberg, membro da instituição.
A nota biográfica do prêmio afirma que "Dylan gravou um grande número de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, política e amor". Dentre os clássicos compostos por ele, estão "Blowin' in the wind", "Subterranean homesick blues", "Mr. tambourine man" e "Like a rolling stone".
Do G1, em São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário