Ministro da Justiça é processado por ter acusado PM de assassinato.


08 de OUTUBRO de 2016 - O policial militar Douglas de Medeiros decidiu processar o ministro de Justiça, Alexandre de Moraes. Ele pedem uma indenização de R$ 60 mil por danos morais. Em 2015, o policial foi retirado do posto de segurança do subcomandante da PM e preso por suspeita de comandar a chacina de quatro jovens em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

O crime ocorreu em frente a uma pizzaria na madrugada de 19 de setembro do ano passado. As vítimas foram mortas com tiros nas costas e na nuca. Cinco dias depois, o soldado Douglas foi apontado como o responsável pelas mortes e foi preso. Depois de ter ficado setes meses na prisão, o policial foi libertado, e a Promotoria pediu o arquivamento da acusação por falta de provas. O caso foi encerrado na Justiça e na Corregedoria da PM.

A assessoria de imprensa de Alexandre Moraes informou que “o ministro não tem conhecimento formal da denúncia e que, por isso, não vai comentar”.O processo contra o ministro está sendo apresentado devido às acusações feitas por Alexandre de Moraes contra Douglas de Medeiros na época da chacina. Moraes, que era secretário de Segurança Pública de São Paulo, deu entrevista dizendo que o PM comandou a chacina porque um dos rapazes tinha roubado e batido na mulher dele.

“A bolsa da mulher foi encontrada com os pertences das vítimas. E o policial, lamentavelmente, ao querer se vingar, ao invés de comunicar à polícia para que realizasse as prisões, acabou praticando esses crimes", disse Alexandre à época.

Para a defesa do policial, a acusação feita por Moraes prejudicou a vida pessoal do soldado.

“Houve a necessidade que ele deixasse a casa dele, a família dele para reconstruir num local onde ele pudesse deixar pra trás todas essas ofensas. Nós acreditamos na necessidade, no efeito pedagógico da ação, para que as autoridades daqui por diante tenham uma conduta mais cautelosa ao proferir declarações que posteriormente geram repercussões devastadoras na vida das pessoas”, disse a advogada do policial, Flávia Artilheiro.

Do G1 São Paulo

Nenhum comentário:

Postar um comentário