Aline foi vítima de explosão de bueiro
na Lapa
(Foto: Reprodução / Facebook)
(Foto: Reprodução / Facebook)
02 de NOVEMBRO de 2016 - Depois de mais de um mês internada, morreu no Hospital da Força Aérea do Galeão, no Rio, a atriz Aline Barreto Pais, uma das oito vítimas da explosão de um bueiro ocorrida na Lapa, no Centro, no final de setembro. A morte foi confirmada pela assessoria da Força Aérea Brasileira (FAB).
Segundo uma amiga da família, Sandra Vilella, de 51 anos, os familiares de Aline são de Cabo Frio, cidade onde deverá acontecer o enterro. Em conversa com o G1, ela evidenciou a gravidade dos ferimentos sofridos pela jovem, que havia acabado de ser aprovado no mestrado em sociologia.De acordo com a FAB, Aline teve óbito confirmado às 20h49 desta terça-feira (1º). Ela estava internada lá desde o dia 25 de setembro, após ser transferida do Hospital Municipal Souza Aguiar. Ela teve mais de 50% do corpo queimado na explosão do bueiro e teria sofrido complicações no tratamento. A causa da morte não foi divulgada.
"Ela teve 70% do corpo queimado, não foram 50% como divulgaram. Ela ficou 35 dias internada, a maior parte do tempo em coma induzido. Há pouco tempo ela teve uma melhora, chegou até a abrir os olhos, mas não conseguia nem se comunicar", contou Sandra.
Segundo Sandra, a família da jovem está muito abalada e a mãe de Aline, Fabiane Barreto, "não está conseguindo nem falar".
"A mãe dela sofreu muito acompanhando essa internação. A Aline passou por um tratamento muito sofrido. Ela tinha que passar por raspagens no corpo a cada dois dias, sofreu várias transfusões de sangue. Foi um processo muito longo e sofrido", destacou.
A explosão ocorreu em um bueiro na esquina da Rua do Senado com Avenida Gomes Freire, na Lapa, na noite de 24 de setembro, um sábado. Aline havia saída da comemoração do aniversário de uma amiga quando foi vítima do acidente.
A região da Lapa, onde ocorreu a explosão, é uma das mais movimentadas do Rio durante a noite e é muito conhecida por concentrar diversos bares e boates.
Momentos de pânico
Um dia após o acidente, uma das vítimas conversou com o G1. Henrique Fonseca, de 35 anos, contou ter vivido momentos de pânico.
Segundo Sandra, a família da jovem está muito abalada e a mãe de Aline, Fabiane Barreto, "não está conseguindo nem falar".
"A mãe dela sofreu muito acompanhando essa internação. A Aline passou por um tratamento muito sofrido. Ela tinha que passar por raspagens no corpo a cada dois dias, sofreu várias transfusões de sangue. Foi um processo muito longo e sofrido", destacou.
A explosão ocorreu em um bueiro na esquina da Rua do Senado com Avenida Gomes Freire, na Lapa, na noite de 24 de setembro, um sábado. Aline havia saída da comemoração do aniversário de uma amiga quando foi vítima do acidente.
A região da Lapa, onde ocorreu a explosão, é uma das mais movimentadas do Rio durante a noite e é muito conhecida por concentrar diversos bares e boates.
Momentos de pânico
Um dia após o acidente, uma das vítimas conversou com o G1. Henrique Fonseca, de 35 anos, contou ter vivido momentos de pânico.
Henrique Fonseca e Paula Machado
ficaram feridos
na explosão de um bueiro na Lapa,
na explosão de um bueiro na Lapa,
Centro do Rio
(Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
"Nós estávamos na rua conversando. Uns amigos estavam sentados, eu estava com ela [Paula] em pé. Quando explodiu, eu agarrei ela, tentei abaixar ela comigo, mas não tive tempo, não tive força, aí eu me joguei no bar, ela também. Vi gente pegando fogo, tinha um rapaz, que eu achei que fosse ela, que estava com fogo na cabeça, fogo nas roupas, eu apaguei com a mão o fogo dele. Depois, eu vi que não era ela, que ela estava atrás de mim. A explosão é muito forte. Não tem ideia de como é aquela explosão, é um calor", disse Henrique.
O rapaz ficou ferido nos braços, no rosto e no pé. Paula Machado, 38 anos, também teve ferimentos no rosto, nos braços e nas costas. Os dois foram levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, e receberam alta hospitalar na tarde depois do acidente.
Segundo Henrique, momentos antes da explosão havia faltado luz no local. “Antes, faltou luz. A Light foi lá, mexeu no bueiro, fechou, saiu, passou um tempo a luz voltou. Depois de uns 20 minutos que a luz voltou foi a explosão", contou.
Uma testemunha que mora próximo ao local da explosão contou ao G1 à época que ouviu uma forte explosão e desceu para ver o que tinha acontecido. Segundo ela, foi "um clima de pânico".
"As pessoas estavam queimadas, com o corpo todo queimado. Quando desci, dei assistência pra uma garota. Ela estava toda queimada, com a roupa queimada, cabelo queimado, teve queimadura em todo corpo, ela estava nua. Eu achava que ela estava com uma meia-calça no braço, mas era a pele dela. Fiquei com ela pra tentar acalmar", contou a mulher que preferiu não se identificar.
Situação recorrente
Em 2011, após uma série de explosões de bueiros em ruas do Rio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a empresa de energia elétrica Light assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que obrigada a concessionária a pagar multa de R$ 100 mil por cada explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal (leve, grave ou gravíssima), e dano ao patrimônio público ou privado.
Daniel Silveira
(Foto: Fernanda Rouvenat / G1)
"Nós estávamos na rua conversando. Uns amigos estavam sentados, eu estava com ela [Paula] em pé. Quando explodiu, eu agarrei ela, tentei abaixar ela comigo, mas não tive tempo, não tive força, aí eu me joguei no bar, ela também. Vi gente pegando fogo, tinha um rapaz, que eu achei que fosse ela, que estava com fogo na cabeça, fogo nas roupas, eu apaguei com a mão o fogo dele. Depois, eu vi que não era ela, que ela estava atrás de mim. A explosão é muito forte. Não tem ideia de como é aquela explosão, é um calor", disse Henrique.
O rapaz ficou ferido nos braços, no rosto e no pé. Paula Machado, 38 anos, também teve ferimentos no rosto, nos braços e nas costas. Os dois foram levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio, e receberam alta hospitalar na tarde depois do acidente.
Segundo Henrique, momentos antes da explosão havia faltado luz no local. “Antes, faltou luz. A Light foi lá, mexeu no bueiro, fechou, saiu, passou um tempo a luz voltou. Depois de uns 20 minutos que a luz voltou foi a explosão", contou.
Uma testemunha que mora próximo ao local da explosão contou ao G1 à época que ouviu uma forte explosão e desceu para ver o que tinha acontecido. Segundo ela, foi "um clima de pânico".
"As pessoas estavam queimadas, com o corpo todo queimado. Quando desci, dei assistência pra uma garota. Ela estava toda queimada, com a roupa queimada, cabelo queimado, teve queimadura em todo corpo, ela estava nua. Eu achava que ela estava com uma meia-calça no braço, mas era a pele dela. Fiquei com ela pra tentar acalmar", contou a mulher que preferiu não se identificar.
Situação recorrente
Em 2011, após uma série de explosões de bueiros em ruas do Rio, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a empresa de energia elétrica Light assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que obrigada a concessionária a pagar multa de R$ 100 mil por cada explosão de bueiro que cause morte, lesão corporal (leve, grave ou gravíssima), e dano ao patrimônio público ou privado.
Daniel Silveira
Do G1 Rio
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