Manifestantes seguram cartazes pedindo justiça para os
crimes de homofobia
(Foto: Fernanda Gobbo)
18 de DEZEMBRO de 2016 - Após oito dias da morte de Bruno Gustavo da Silva, que teve como responsável um menor de 17 anos que confessou o crime e disse que a razão foi a repulsa que senti por homossexuais, amigos do inspetor organizaram uma passeata em protesto contra a homofobia na tarde deste domingo (18) em Santa Bárbara d’Oeste (SP). O organizador do evento e estudante, de 17 anos, disse ao G1 que a família do inspetor está inconformada com a morte de Bruno. “Foi uma coisa inesperada, uma coisa que chocou. Ninguém esperava perder ele tão cedo e de uma maneira tão brutal.Eu falei com uma das irmãs deles e a família está completamente desolada”, contou.
O estudante e outros jovens caminharam pelas ruas da cidade vestidos com camisetas que traziam as fotos de Bruno e cartazes que pediam justiça e cidadania para a comunidade LGBT. O protesto se encerrou em frente ao terreno onde o inspetor foi morto. No local, foram colocados os cartazes utilizados na passeata.
O adolescente de 17 anos, suspeito de matar o inspetor Bruno Gustavo da Silva, de 22, em Santa Bárbara d'Oeste, disse em depoimento à polícia que tem repulsa por homossexuais e riu ao ver as fotos de uma das vítimas com ferimentos graves, segundo a investigação. O menor confessou ter matado o jovem em um terreno baldio da cidade e o carteiro Luiz Carlos da Cruz, de 48 anos, em outubro deste ano.
"O jovem descreveu os crimes friamente e com riqueza de detalhes. O menor sempre destacava repulsa que tem por homossexuais", diz um trecho do boletim de ocorrência.
Para a polícia, ele contou que os assassinatos foram premeditados e que, nos dois crimes, marcou programas sexuais para atrair as vítimas, depois matá-las e roubá-las. O suspeito levou o carro do carteiro e o celular do inspetor, afirmou a investigação.
Em um dos momentos do depoimento, o jovem riu ao ver as imagens de Bruno com ferimentos causados pelas pauladas que recebeu dele e disse que chegou a pular na cabeça do inspetor de escola.
Segundo a Polícia Civil, p menor prestou o depoimento acompanhado da mãe e depois foi apresentado ao promotor da Vara da Infância e Juventude de Santa Bárbara d'Oeste, que determinou a custódia provisória do adolescente. Ele está recolhido em uma cadeia de Sumaré (SP), onde ficará à disposção da Justiça.
Entenda o caso
Depois de receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar de Santa Bárbara d'Oeste foi até a casa do adolescente de 17 anos, no bairro Santa Fé, na última terça-feira (13). Ao ser questionado sobre a morte de Bruno Gustavo da Silva, o jovem confessou o crime e ainda informou que também era responsável pela morte de Luiz Carlos Silva, ocorrida em outubro deste ano. Após ser apreendido, ele contou detalhes dos crimes em depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (14).
O inspetor Bruno Gustavo da Silva foi morto a pauladas na madrugada do sábado (10), no bairro Cidade Nova 2, em Santa Bárbara. O corpo do jovem de 22 anos foi encontrado pela polícia em um terreno baldio com vários ferimentos na cabeça, sem camisa e com o órgão genital para fora da calça. Junto ao cadáver havia um pedaço de madeira e um galho de árvore, que teriam sido usados no crime.
Já o carteiro Luiz Carlos Silva, de 48 anos, foi morto em outubro deste ano, quando o menor roubou o carro e o celular dele e depois matou a vítima. O veículo, segundo o adolescente, foi vendido na comunidade Zumbi dos Palmares, em Santa Bárbara.
Pediu ajuda
De acordo com a polícia, Bruno teria pedido ajuda antes de morrer, já que uma mulher, que testemunhou na investigação e mora em frente ao local do crime, diz ter ouvido o rapaz chorar e pedir para que parassem de bater nele. A testemunha diz que chegou a sair de casa e constatar que alguém estava sendo agredido no terreno baldio, mas como não tinha telefone para acionar a polícia, ficou com medo e preferiu se recolher dentro de casa.
Bruno Gustavo da Silva foi morto a pauladas
em
Santa Bárbara d'Oeste
Santa Bárbara d'Oeste
(Foto: Reprodução/Facebook)
Morto a pauladas na madrugada do dia 10 de dezembro em um terreno baldio por um adolescente de 17 anos, Bruno, de 22 anos, estava em um bar com amigos quando foi atraído pelo menor para o terreno baldio, contou o estudante.
“Meus amigos disseram que o menino que matou o Bruno estava no bar também, então ele deve ter aproveitado o momento que o Bruno foi ao banheiro sozinho e aproveitou para leva-lo até o terreno”.
Ainda de acordo com o estudante , os amigos do inspetor acharam que ele tinha ido embora para casa sema avisá-los e por isso não procuram o jovem. No entanto, no dia seguinte encontraram o amigo morto em um terreno baldio.
O estudante ainda conta que o menor que confessou ter matado Bruno e o carteiro Luiz Carlos Silva, em outubro deste ano, já era conhecido por ser homofóbico. “Uma amigo que era amigo do Bruno também me falou que já tinha sido hostilizado três por esse menino. Esse menino usou palavras de baixo calão e dizia para ele sair fora porque ele era homossexual.
Passeata
Morto a pauladas na madrugada do dia 10 de dezembro em um terreno baldio por um adolescente de 17 anos, Bruno, de 22 anos, estava em um bar com amigos quando foi atraído pelo menor para o terreno baldio, contou o estudante.
“Meus amigos disseram que o menino que matou o Bruno estava no bar também, então ele deve ter aproveitado o momento que o Bruno foi ao banheiro sozinho e aproveitou para leva-lo até o terreno”.
Ainda de acordo com o estudante , os amigos do inspetor acharam que ele tinha ido embora para casa sema avisá-los e por isso não procuram o jovem. No entanto, no dia seguinte encontraram o amigo morto em um terreno baldio.
O estudante ainda conta que o menor que confessou ter matado Bruno e o carteiro Luiz Carlos Silva, em outubro deste ano, já era conhecido por ser homofóbico. “Uma amigo que era amigo do Bruno também me falou que já tinha sido hostilizado três por esse menino. Esse menino usou palavras de baixo calão e dizia para ele sair fora porque ele era homossexual.
Passeata
O estudante e outros jovens caminharam pelas ruas da cidade vestidos com camisetas que traziam as fotos de Bruno e cartazes que pediam justiça e cidadania para a comunidade LGBT. O protesto se encerrou em frente ao terreno onde o inspetor foi morto. No local, foram colocados os cartazes utilizados na passeata.
Manifestante colocam cartazes em local
onde
Bruno foi morto
Bruno foi morto
(Foto: Fernanda Gobbo)
“Foi um crime que chocou todo mundo de uma forma imensa. Então tivemos a iniciativa de organizar esse ato em homenagem ao Bruno e a outra vítima desse assassino e também para pedir uma sociedade mais tolerante, onde ninguém desmereça ninguém simplesmente pela usa imagem ou opção sexual, gênero, cor ou religião”, afirmou.
Confissão
“Foi um crime que chocou todo mundo de uma forma imensa. Então tivemos a iniciativa de organizar esse ato em homenagem ao Bruno e a outra vítima desse assassino e também para pedir uma sociedade mais tolerante, onde ninguém desmereça ninguém simplesmente pela usa imagem ou opção sexual, gênero, cor ou religião”, afirmou.
Confissão
O adolescente de 17 anos, suspeito de matar o inspetor Bruno Gustavo da Silva, de 22, em Santa Bárbara d'Oeste, disse em depoimento à polícia que tem repulsa por homossexuais e riu ao ver as fotos de uma das vítimas com ferimentos graves, segundo a investigação. O menor confessou ter matado o jovem em um terreno baldio da cidade e o carteiro Luiz Carlos da Cruz, de 48 anos, em outubro deste ano.
"O jovem descreveu os crimes friamente e com riqueza de detalhes. O menor sempre destacava repulsa que tem por homossexuais", diz um trecho do boletim de ocorrência.
Para a polícia, ele contou que os assassinatos foram premeditados e que, nos dois crimes, marcou programas sexuais para atrair as vítimas, depois matá-las e roubá-las. O suspeito levou o carro do carteiro e o celular do inspetor, afirmou a investigação.
Em um dos momentos do depoimento, o jovem riu ao ver as imagens de Bruno com ferimentos causados pelas pauladas que recebeu dele e disse que chegou a pular na cabeça do inspetor de escola.
Segundo a Polícia Civil, p menor prestou o depoimento acompanhado da mãe e depois foi apresentado ao promotor da Vara da Infância e Juventude de Santa Bárbara d'Oeste, que determinou a custódia provisória do adolescente. Ele está recolhido em uma cadeia de Sumaré (SP), onde ficará à disposção da Justiça.
Entenda o caso
Depois de receber uma denúncia anônima, a Polícia Militar de Santa Bárbara d'Oeste foi até a casa do adolescente de 17 anos, no bairro Santa Fé, na última terça-feira (13). Ao ser questionado sobre a morte de Bruno Gustavo da Silva, o jovem confessou o crime e ainda informou que também era responsável pela morte de Luiz Carlos Silva, ocorrida em outubro deste ano. Após ser apreendido, ele contou detalhes dos crimes em depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (14).
O inspetor Bruno Gustavo da Silva foi morto a pauladas na madrugada do sábado (10), no bairro Cidade Nova 2, em Santa Bárbara. O corpo do jovem de 22 anos foi encontrado pela polícia em um terreno baldio com vários ferimentos na cabeça, sem camisa e com o órgão genital para fora da calça. Junto ao cadáver havia um pedaço de madeira e um galho de árvore, que teriam sido usados no crime.
Já o carteiro Luiz Carlos Silva, de 48 anos, foi morto em outubro deste ano, quando o menor roubou o carro e o celular dele e depois matou a vítima. O veículo, segundo o adolescente, foi vendido na comunidade Zumbi dos Palmares, em Santa Bárbara.
Pediu ajuda
De acordo com a polícia, Bruno teria pedido ajuda antes de morrer, já que uma mulher, que testemunhou na investigação e mora em frente ao local do crime, diz ter ouvido o rapaz chorar e pedir para que parassem de bater nele. A testemunha diz que chegou a sair de casa e constatar que alguém estava sendo agredido no terreno baldio, mas como não tinha telefone para acionar a polícia, ficou com medo e preferiu se recolher dentro de casa.
Do G1 Piracicaba e Região
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