Criança guiou o resgate de Alan Ruschel após acidente da Chapecoense.


01 de DEZEMBRO de 2016 - A vida do lateral Alan Ruschel pode ter sido salva por uma criança. Um garoto, de aproximadamente 10 anos, orientou os bombeiros para o resgate do jogador, em um local conhecido como montanha “El Gordo”, que fica no município de La Unión, no departamento de Antioquia. É o que relataram testemunhas à agência de notícias “EFE”.

– Quando estávamos estacionando as caminhonetes, chegou uma criança e nos disse que uns feridos estavam sendo retirados por outro lado – disse Sergio Marulanda, um dos moradores que colaboraram com o deslocamento dos seis sobreviventes da tragédia.

O morador recebeu um telefonema de seu irmão, um médico da região, que lhe pediu para trazer sua caminhonete 4x4 e as de outros quatro amigos para ajudar no resgate, que começou duas horas após a colisão do Avro Regional RJ85, da companhia aérea boliviana Lamia. O colombiano é torcedor do Atlético Nacional e natural de La Unión.

– Um policial me disse: "o senhor é o primeiro a chegar, coloque a criança na caminhonete e vá a resgatar os feridos" – contou.

Foi na caminhonete de Marulanda que equipes de resgate lutaram para estabilizar Alan e levá-lo para o hospital. O colombiano contou que o lateral estava pouco consciente e manteve curtos diálogos em espanhol, antes de ser levado para uma clínica na cidade de La Ceja.

– Ele foi agasalhado, perguntou por sua família e seus amigos, disse que sentia muita dor no quadril, pois tinha uma fratura – disse o homem à “EFE”.

Um dos que integraram as equipes de resgate foi Teobaldo Garay, capitão do Corpo de Bombeiros do Peru, que estava visitando o país e fez parte do grupo que estabilizou o jogador Hélio Neto, último sobrevivente resgatado.

– Eu cuidava da cabeça e o pescoço, pois o paciente chegou com traumatismo craniano severo e com pouca consciência – disse Garay.

Segundo o diretor-geral da União Nacional para a Gestão do Risco de Desastres, Carlos Ivan Márquez, a operação de resgate foi "uma das mais rápidas" já realizada na Colômbia, graças às logísticas aérea, terrestre, de máquinas e humana.

Fonte: O EXTRA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário