Ator Leonardo Vieira presta queixa após sofrer ataques homofóbicos na web

Ator Leonardo Vieira prestou queixa na DRCI 
(Foto: Nicolás Satriano/G1)

9 de JANEIRO 2017 - Vítima de homofobia em mensagens publicadas em redes sociais, o ator Leonardo Vieira esteve, na tarde desta segunda-feira (9), na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), na Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio depor sobre o caso. As ofensas aconteceram dias depois que Leonardo foi fotografado aos beijos numa festa.

"Vim na delegacia para prestar queixa sobre os ataques homofóbicos que estou recebendo. A delegacia tem instrumentos para identificar essas pessoas que eu não tenho", contou à imprensa o ator.

Vieira afirmou que decidiu ir à delegacia para ser a voz de uma minoria que não é ouvida. "Eu estou dando voz a essas pessoas que provavelmente não são ouvidas. Um menino do morro, uma pessoa que é morta com uma lâmpada na cabeça na [Avenida] Paulista", defendeu.

O ator também criticou aqueles que o xingaram nas redes sociais afirmando que elas não conhecem o "mínimo sobre Direitos Humanos". Também agradeceu aos fãs que saíram em sua defesa.

"Eu acho que pessoas que atacam a dignidade humana não conhecem o mínimo de Direitos Humanos. Está na nossa Constituição que todos temos direito a dignidade", enfatizou Vieira.

Vieira ainda defendeu que haja uma defesa política pela criminalização da homofobia. Segundo ele, "exatamente por não ser crime" é que ele decidiu ir à polícia prestar queixa.

"Como cidadão, eu tenho a obrigação de cumprir com meu papel e trazer essa discussão para a sociedade e que isso seja levado ao plenário, que seja discutido politicamente e que passe a ser crime. Porque é crime. Tem pessoas que morrer por isso", destacou Vieira.

Segundo a delegada Fernanda Fernandes, os autores das ofensas de cunho homofóbico podem ser presos por até seis meses por injúria: "Todo crime deixa rastro. Nós temos sempre como identificar a autoria. A internet não é mais um lugar onde não se encontram os rastros", disse ela.

Por Nicolás Satriano, G1 Rio

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