O PREGUIÇOSO.



Eu estive observando
A vida do preguiçoso,
Num é mesmo uma desgraça?
Nos causa até desgosto.
Ele come, bebe e veste
E não faz nenhum esforço.

Tem deles por todo canto
Pense num bicho nojento!!!
Se vai fazer uma besteira
É fungando igual jumento
Até pra peidar ensaia
E quando sai, o peido é lento.

Ele só quer tá deitado
Tomando vento na bunda,
Pra levantar dá um gemido
Parece uma dor profunda,
Preguiçoso é um parasita
Veja o neto da Raimunda!!!

Tereza também tem um
Que onde come deixa o prato,
Amarelo de preguiça
Como se diz no ditado.
Não lava nem o fifó,
Prefere ficar melado.

Dona bichinha da esquina
Daquela casa amarela,
Tem um filho, uma tristeza,
Sugando as forças dela,
Pra dar de comer ao ente
Tá magra, torta e banguela.

A minha mãe já dizia:
Preguiça é mãe do cão!
E eu acho que é verdade
Veja o filho de seu João,
Não dar um prego se quer
Numa barra de sabão.

Preguiço não faz planos,
Existe, mas não tem vida
Passa os dias vegetando
Só quer cama e comida,
Usurpa de quem trabalha,
É uma casca de ferida. 

O preguiçoso é um doente
E já está quase à findar,
Sua preguiça fede tanto
Que chega a incomodar.
Eu acho que ele morreu
E esqueceram de enterrar.

CHICO FILHO.

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