O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), durante
discurso na tribuna da Câmara
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
06 de ABRIL 2017 - Parlamentares de PT e PCdoB protocolaram nesta quinta-feira (6) uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo para que o órgão apure se o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) cometeu racismo ao discursar em uma palestra no Rio de Janeiro.
O crime de racismo é inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão de 1 a 3 anos mais multa. O G1 procurou a assessoria de Bolsonaro e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
A representação do parlamentares se baseia em declarações dadas por Bolsonaro durante uma palestra no Clube Hebraica, nesta segunda (3), na qual o deputado disse que, se for eleito presidente em 2018, não destinará recursos para ONG e não vai ter "um centímetro demarcado" para reservas indígenas ou quilombolas.
"Se depender de mim, todo cidadão vai ter uma arma de fogo dentro de casa. Não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola", afirmou.
E acrescentou: "Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. [...] Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles."
A representação
A representação dos parlamentares, dirigida à procuradora federal dos direitos do Cidadão, Debora Duprat, é assinada pelos SENADORES GLEISI HOFFMAN (PR), Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA), além dos deputados Carlos Zarattini (SP), Benedita da Silva (RJ), Maria do Rosário (RS), Paulão (AL), Vicentinho (S), Wadih Damous (RJ) e Erika Kokay (DF), todos do PT, e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Os parlamentares pedem que a representação seja encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que seja aberta uma investigação penal.
'Insensibilidade social'
No documento, os parlamentares argumentam que "não se trata de apenas mais um discurso racista, recheado de intolerância e ódio", mas "ações e condutas, deliberadamente realizadas, sempre com elevado dolo e insensibilidade social, visando claramente alcançar a figura típica do delito de racismo".
"Não é a primeira vez que ele [Bolsonaro] procede dessa forma. Mas acho que agora ele mexeu com mais de 51% da população brasileira. Ele nos discriminou, nos colocou como animais", disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) nesta quinta. "Ele é racista, ele é preconceituoso, ele é machista, ele é tudo isso", completou.
O crime de racismo é inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão de 1 a 3 anos mais multa. O G1 procurou a assessoria de Bolsonaro e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.
A representação do parlamentares se baseia em declarações dadas por Bolsonaro durante uma palestra no Clube Hebraica, nesta segunda (3), na qual o deputado disse que, se for eleito presidente em 2018, não destinará recursos para ONG e não vai ter "um centímetro demarcado" para reservas indígenas ou quilombolas.
"Se depender de mim, todo cidadão vai ter uma arma de fogo dentro de casa. Não vai ter um centímetro demarcado para reserva indígena ou para quilombola", afirmou.
E acrescentou: "Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. [...] Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles."
A representação
A representação dos parlamentares, dirigida à procuradora federal dos direitos do Cidadão, Debora Duprat, é assinada pelos SENADORES GLEISI HOFFMAN (PR), Humberto Costa (PE) e Paulo Rocha (PA), além dos deputados Carlos Zarattini (SP), Benedita da Silva (RJ), Maria do Rosário (RS), Paulão (AL), Vicentinho (S), Wadih Damous (RJ) e Erika Kokay (DF), todos do PT, e Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Os parlamentares pedem que a representação seja encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que seja aberta uma investigação penal.
'Insensibilidade social'
No documento, os parlamentares argumentam que "não se trata de apenas mais um discurso racista, recheado de intolerância e ódio", mas "ações e condutas, deliberadamente realizadas, sempre com elevado dolo e insensibilidade social, visando claramente alcançar a figura típica do delito de racismo".
"Não é a primeira vez que ele [Bolsonaro] procede dessa forma. Mas acho que agora ele mexeu com mais de 51% da população brasileira. Ele nos discriminou, nos colocou como animais", disse a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) nesta quinta. "Ele é racista, ele é preconceituoso, ele é machista, ele é tudo isso", completou.
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