Mosquito Aedes aegypti macho geneticamente modificado na fábrica da Oxitec em Piracicaba, no interior de São Paulo. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
08 de AGOSTO 2017 - Em uma nova fase de testes com Aedes aegypti geneticamente modificado, uma seleção genética fará com que só as fêmeas -- as que picam humanos e transmitem zika, dengue e chikungunya -- morram. Antes, todas as larvas do mosquito, sem distinção de sexo, eram eliminadas.
Os machos modificados vão sobreviver e vão continuar a esterilizar fêmeas selvagens. A ideia é prolongar ao máximo o efeito do mosquito transgênico que, agora, ganha a capacidade de se reproduzir sozinho.
O projeto da empresa britânica Oxitec, que já liberou mosquitos no município de Piracicaba, modifica geneticamente o DNA do Aedes aegypti para que o mosquito, paulatinamente, “desapareça” do meio ambiente.
Segundo a Oxitec, o mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do Aedes aegypti no município.
“É importante esterilizar a fêmea porque ela é o vetor”, explica Cecília Kosmann, coordenadora do suporte científico da Oxitec. “A gente espera ter pelo menos os mesmos resultados que tivemos com a primeira linhagem.”
08 de AGOSTO 2017 - Em uma nova fase de testes com Aedes aegypti geneticamente modificado, uma seleção genética fará com que só as fêmeas -- as que picam humanos e transmitem zika, dengue e chikungunya -- morram. Antes, todas as larvas do mosquito, sem distinção de sexo, eram eliminadas.
Os machos modificados vão sobreviver e vão continuar a esterilizar fêmeas selvagens. A ideia é prolongar ao máximo o efeito do mosquito transgênico que, agora, ganha a capacidade de se reproduzir sozinho.
O projeto da empresa britânica Oxitec, que já liberou mosquitos no município de Piracicaba, modifica geneticamente o DNA do Aedes aegypti para que o mosquito, paulatinamente, “desapareça” do meio ambiente.
Segundo a Oxitec, o mosquito geneticamente modificado conseguiu reduzir em 82% a quantidade de larvas do Aedes aegypti no município.
“É importante esterilizar a fêmea porque ela é o vetor”, explica Cecília Kosmann, coordenadora do suporte científico da Oxitec. “A gente espera ter pelo menos os mesmos resultados que tivemos com a primeira linhagem.”
A permissão foi dada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) na quinta-feira (3), para uma emissão controlada. Ao todo, os testes vão levar 36 meses, mas não há uma data prevista para o início.
Processo separa mosquitos Aedes machos de fêmeas em fábrica de Piracicaba (Foto: Claudia Assencio/G1)
Na primeira fase do projeto, que começou em 2002 no Reino Unido, o Aedes recebeu um gene que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta.
O Aedes modificado foi cultivado e proliferado. Na fase de larva, como a empresa não conseguia distinguir macho de fêmea, uma substância foi colocada na água para silenciar o gene.
Com isso, todos os Aedes sobreviveram -- embora o gene ainda estivesse lá.
Depois, as fêmeas foram separadas dos machos e descartadas. Em uma próxima etapa, os machos com os genes silenciados foram soltos no ambiente e, ao fertilizarem as fêmeas, tornaram a prole inviável e todas as larvas morreram. Essa é a etapa que a Oxitec testou até agora.
A diferença com a melhoria é que, por meio de um mecanismo de biologia molecular chamado de “sex splicing”, que silencia o gene modificado, as larvas dos machos vão conseguir sobreviver.
A metodologia analisa o cromossomo das larvas e consegue diferenciar quem é macho e fêmea para, assim, silenciar o gene só do macho.
Os mosquitos machos conseguem sobreviver e preservar a capacidade de esterilizar as fêmeas sem que a empresa tenha que liberar novos mosquitos modificados. Nessa primeira fase de testes, no entanto, os mosquitos transgênicos vão continuar a ser soltos semanalmente.
Além da eliminação do mosquito, a empresa diz que trata-se de um processo mais enxuto que pode reduzir custos e conferir melhor saúde ao Aedes modificado -- o que também garantiria sua maior permanência no ambiente.
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