'Instinto paterno falou mais alto', diz PM que reagiu a assalto com filho no colo e matou ladrões.


Criminosos tentaram assaltar farmácia no Jardim Paulista 
em Campo Limpo Paulista 
(Foto: Fernanda Elnour/TV TEM)

26 de NOVEMBRO 2017 - O sargento da Polícia Militar que reagiu ao assalto a uma farmácia em Campo Limpo Paulista (SP) e matou os dois criminosos falou sobre os momentos de tensão que viveu. O PM estava com a mulher e o filho de colo na farmácia quando quando a dupla entrou e anunciou o roubo, na noite do último dia 18.

Em entrevista ao Fantástico exibida neste domingo (26), o policial, que mora em Várzea Paulista (SP) e não quer ser identificado, afirma que agiu por instinto.

"Quando eles anunciaram o assalto eu tinha milésimos de segundo pra tomar uma atitude. Então, o instinto de sobrevivência, o instinto paterno falaram mais alto."


PM reagiu a assalto dentro da farmácia e matou os ladrões (Foto: Reprodução)

Toda a ação foi registrada pelo circuito de monitoramento do comércio. As imagens mostram quando um dos ladrões rouba a mochila de um cliente e entra atrás do balcão. Em seguida, ele corre mancando, após ser baleado.

"Eu saquei a minha arma, apontei na direção dele, me identifiquei como policial, ordenando que ele cessasse aquela ação. No momento em que eu me identifiquei ele efetuou os disparos, que não funcionaram. Somente após isso eu efetuei os disparos contra ele", lembra o PM.

Em outra câmera do circuito de segurança é possível ver o ladrão de preto com um revólver na mão. Ele passa por uma mulher e mira o policial. O PM disparou quatro vezes. Na sequência, o sargento corre porque, segundo a polícia, estava preocupado na possibilidade de um terceiro assaltante estar no local.

Uma ambulância chegou a socorrer os criminosos, mas eles não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Cada um foi baleado duas vezes. Morreram os assaltantes Jefferson Alves, de 24 anos, e Italo Henrique Treato, de 22 anos. O sargento e a criança não ficaram feridos.

Segundo funcionários da farmácia, a dupla já havia assaltado o comércio outra vez neste ano.

O PM conta que a mulher ainda está assustada. "Até hoje ela não gosta de tocar no assunto, ainda está muito abalada."

"Ação legítima"

Um especialista em segurança pública defende a atitude dele. "Ele agiu no estrito cumprimento do dever legal pq ele é um policial 24 horas. O PM usou o método de proteção da sua própria vida e de terceiros, no caso o próprio filho e outras pessoas na farmácia, uma ação perfeitamente legítima", afirma Diógenes Lucca.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga a conduta do oficial. Segundo a PM, o sargento atua no 49º Batalhão da corporação, na Zona Leste da capital.

Quando perguntado se agiria da mesma maneira de novo, o PM é enfático:

"Sim, naquela mesma situação tomaria aquela mesma atitude novamente."


CAMPO LIMPO PAULISTA


Por G1 Sorocaba e Jundiaí

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