Tropa da Força Nacional amplia atuação na
Grande Natal
(Foto: Ivanízio Ramos/Assecom Governo do RN)
04 de JANEIRO 2018 - A Força Nacional de Segurança Pública iniciou o reforço do policiamento em municípios na região metropolitana de Natal (RN). As equipes passaram a atuar em Parnamirim, Macaíba, Vera Cruz e Ielmo Marinho. De acordo com a FN, a mudança ocorre para melhor distribuir o patrulhamento no Rio Grande do Norte.
A medida foi adotada depois que as Forças Armadas, subordinadas ao Ministério da Defesa, assumiram o controle das operações de segurança pública no estado. O Exército está coordenando o patrulhamento e tem guarnições, especialmente, na capital e em Mossoró, na região Oeste potiguar. São as maiores cidades do RN.
Desde fevereiro de 2017, a Força Nacional atua contra o crime e a violência em Natal, dentro das ações do Plano Nacional de Segurança Pública. A operação foi prorrogada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na semana passada, por mais seis meses, atendendo a pedido do governo estadual. O efetivo também foi reforçado com 100 homens.
O reforço se deu por causa da greve dos policiais militares e civis do Rio Grande do Norte. As categorias pedem, além do pagamento dos salários, melhores condições de trabalho. O governo do estado anunciou para o sábado (6) o pagamento da folha de novembro dos servidores, porém não tem prazo para pagar dezembro de o 13º salário.
Justiça considera ilegal
No dia 24 de dezembro, a Justiça considerou a paralisação dos policiais ilegal, mas a PM decidiu manter a greve. Em abril de 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu que greve de polícia e de agente penitenciário é sempre ilegal.
Sem policiamento, houve aumento de roubos e arrombamentos no RN. O governo federal enviou, no último fim de semana, 2,8 mil homens e mulheres das Forças Armadas para reforçar a segurança.
Desde o início da paralisação foram registradas 101 mortes violentas no Rio Grande do Norte. A média é de 6,7 pessoas mortas por dia - praticamente a mesma de todo o ano de 2017, que teve 2.405 assassinatos.
No dia 31 de dezembro, o desembargador Cláudio Santos determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil prendam os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação. A decisão foi favorável a um pedido do governo do RN, que argumentou que os servidores da segurança desobedeceram à primeira decisão da Justiça, no dia 24 de dezembro, que considerou o movimento ilegal.
Após a decisão, o efetivo da PM voltou parcialmente às ruas nesta terça-feira (2). Já a Polícia Civil segue em regime de plantão. Nesta quarta (3), policiais civis se apresentaram na Delegacia Geral de Polícia com algemas em punho, para serem presos. Porém ninguém foi detido.
Também nesta quarta-feira, o número de PMs rodando, de acordo com as associações que representam a categoria, é de 20% do total em dias normais na Grande Natal e 30% em Mossoró, na região Oeste.
Por G1 RN
04 de JANEIRO 2018 - A Força Nacional de Segurança Pública iniciou o reforço do policiamento em municípios na região metropolitana de Natal (RN). As equipes passaram a atuar em Parnamirim, Macaíba, Vera Cruz e Ielmo Marinho. De acordo com a FN, a mudança ocorre para melhor distribuir o patrulhamento no Rio Grande do Norte.
A medida foi adotada depois que as Forças Armadas, subordinadas ao Ministério da Defesa, assumiram o controle das operações de segurança pública no estado. O Exército está coordenando o patrulhamento e tem guarnições, especialmente, na capital e em Mossoró, na região Oeste potiguar. São as maiores cidades do RN.
Desde fevereiro de 2017, a Força Nacional atua contra o crime e a violência em Natal, dentro das ações do Plano Nacional de Segurança Pública. A operação foi prorrogada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na semana passada, por mais seis meses, atendendo a pedido do governo estadual. O efetivo também foi reforçado com 100 homens.
O reforço se deu por causa da greve dos policiais militares e civis do Rio Grande do Norte. As categorias pedem, além do pagamento dos salários, melhores condições de trabalho. O governo do estado anunciou para o sábado (6) o pagamento da folha de novembro dos servidores, porém não tem prazo para pagar dezembro de o 13º salário.
Justiça considera ilegal
No dia 24 de dezembro, a Justiça considerou a paralisação dos policiais ilegal, mas a PM decidiu manter a greve. Em abril de 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu que greve de polícia e de agente penitenciário é sempre ilegal.
Sem policiamento, houve aumento de roubos e arrombamentos no RN. O governo federal enviou, no último fim de semana, 2,8 mil homens e mulheres das Forças Armadas para reforçar a segurança.
Desde o início da paralisação foram registradas 101 mortes violentas no Rio Grande do Norte. A média é de 6,7 pessoas mortas por dia - praticamente a mesma de todo o ano de 2017, que teve 2.405 assassinatos.
No dia 31 de dezembro, o desembargador Cláudio Santos determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil prendam os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação. A decisão foi favorável a um pedido do governo do RN, que argumentou que os servidores da segurança desobedeceram à primeira decisão da Justiça, no dia 24 de dezembro, que considerou o movimento ilegal.
Após a decisão, o efetivo da PM voltou parcialmente às ruas nesta terça-feira (2). Já a Polícia Civil segue em regime de plantão. Nesta quarta (3), policiais civis se apresentaram na Delegacia Geral de Polícia com algemas em punho, para serem presos. Porém ninguém foi detido.
Também nesta quarta-feira, o número de PMs rodando, de acordo com as associações que representam a categoria, é de 20% do total em dias normais na Grande Natal e 30% em Mossoró, na região Oeste.
Por G1 RN
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