Policiais Civil fazem paralisação no RN por pagamento
do 13º salário de 2017 — Foto: Kleber
Teixeira/Inter TV Cabugi
26 de DEZEMBRO 2018 - Em protesto contra o atraso no pagamento dos salários, policiais civis do Rio Grande do Norte e servidores da Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) iniciaram na manhã desta quarta-feira (26) uma paralisação denominada 'Operação Zero'. A orientação é para que agentes e escrivães de todo o estado não abram as delegacias e parem de trabalhar por tempo indeterminado.
O governo do estado não pagou o 13º salário de 2017 dos servidores públicos que ganham acima de R$ 5 mil. Além disso, ainda não divulgou quando vai pagar os salários de dezembro nem o 13º deste ano.
"Agentes e escrivães não irão para as delegacias. No interior, inclusive, eles devem se concentrar nas delegacias regionais e zero procedimento", destacou Nilton Arruda, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RN.
"A categoria está firme. E não vai voltar a trabalhar enquanto ele (o governo) não pagar o que está atrasado e pelo menos sinalizar uma data para o salário de dezembro", disse Carolina Campos, presidente da Associação dos Escrivães de Polícia Civil do RN (Assesp/RN).
Policiais Civis durante protesto pelo pagamento
do 13º salário de 2017 — Foto: Thyago Macedo/Sinpol/Divulgação
"O sentimento atual é de grande revolta, pois ao anunciar o pagamento apenas para uma determinada categoria, o governo promove uma injustiça e discriminação. Infelizmente, nos últimos dias de sua gestão, o governador gera um caos na segurança pública ao adotar esse posicionamento", acrescentou o presidente do Sinpol-RN.
O G1 solicitou um posicionamento, mas ainda não houve qualquer pronunciamento por parte da Secretaria de Segurança Pública e da Delegacia Geral da Polícia Civil.
Em nota, a Associação de Delegados do Rio Grande do Norte afirmou que apóia e "reconhece a justiça da causa" do movimento dos agentes e escrivães da Polícia Civil.
“É inadmissível que um trabalhador permaneça com seus direitos mais básicos tolhidos, e sem nenhuma perspectiva de ser ressarcido. A Associação dos Delegados apoia os agentes e escrivães de polícia e espera que o governo se sensibilize e trate a segurança pública com a prioridade que a população deseja", declarou.
Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher
(Deam) de Parnamirim não abriu nesta
quarta-feira (26), durante protestos de
policiais civis — Foto: Sinpol/Divulgação
Em Natal há 15 delegacias distritais, 18 especializadas e duas de plantão. Na manhã desta quarta-feira (26), o G1 tentou entrar em contato com as unidades, por telefone, através dos números divulgados no site da Polícia Civil, mas não teve as ligações atendidas. O protesto também se estende na região metropolitana e no interior.
A Central de Flagrantes e a Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) não abriram nesta manhã. Outras unidades, como a Delegacia de Atendimento à Mulher de Parnamirim, na Grande Natal, e a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur), que funciona na Zona Sul da capital potiguar, também não estão atendendo.
Delegacia de João Câmara também não abriu nesta quarta-feira (26) — Foto: Sinpol-RN
A Delegacia de João Câmara, na região da Baixa Verde, também não abriu nesta quarta.
Deprov não abriu na manhã desta quarta-feira (26), em
Natal, durante "Operação Zero" da
Polícia Civil — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Em Natal e em Mossoró, na região Oeste, o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) faz uma paralisação de advertência de 6 horas de duração e não deve atender as ocorrências pelo menos até o início da tarde.
CURRAIS NOVOS JOÃO CÂMARA NATAL PARNAMIRIM
RIO GRANDE DO NORTE
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