UM ASTRO MARTINENSE - ELIZEU VENTANIA, "O REI DAS CANÇÕES".


20 de JULHO 2020 - Hoje, é comemorado pelas mentes que valorizam a cultura popular, o aniversário daquele que recebeu dos poetas, violeiros e cantadores populares, o título de "O Rei das Canções", Elizeu Ventania. O Elizeu Ventania, nasceu em 20 de julho de 1924, no Sítio Jacu, Serra do Martins; uma pérola do cancioneiro popular; filho de família bastante humilde, ainda criança, começou o seu entusiasmo pela viola, usando a banda de uma cabaça com ligas feita de borracha; aos 18 anos, já era totalmente apaixonado pela arte de tocar viola e compor canções; belíssimas letras saíram da imaginação do artista martinense Elizeu Ventania; muitas delas, cantadas por grandes artistas, como o Bartô Galeno, Zé Viola, Os Nonatos e outros. De Elizeu, só tinha o nome, pois era riquíssimo de sabedoria; mergulhado em sua humildade, nos repassou, através de suas canções, toda a essência espiritual. Elizeu, ficou cego aos 60 e faleceu com 74 anos, em 19 de outubro
de 1998. O Elizeu Ventania, é Patrono da cadeira 5 da Academia de Letras e Artes de Martins(ALAM), ocupada pelo Acadêmico, escritor, cordelista e Advogado, Clóvis Vieira.

Aqui está a letra de uma das últimas canções compostas pelo 

Elizeu Ventania.

MINHA ÚLTIMA INSPIRAÇÃO.

Eu brevemente vou fazer uma viagem
Pra onde foram meus avós e o meus pais
Irei sozinho não preciso de bagagem
Pra onde eu vou quem vai pra lá não volta mais
É muita gente a caminhar por esta estrada
Velhos e novos dia e noite sem parar
Quem vai não volta fica lá não conta nada
Há uma lei que lhe proíbe de falar

Não há quem possa se livrar desta jornada
Chegando a hora da partida todos vão
Eu também tenho que seguir na mesma estrada
Com a certeza que vocês também irão
Quem foi não veio visitar a sua gente
Para dizer se está mal ou se está bem
Depois da ida regressar Deus não consente
Este segredo Deus não passa pra ninguém

Eu vou deixando esse mundão de desespero
Aonde o crime é muito fácil acontecer
Aonde os ricos são os donos do dinheiro
E a pobreza só nasceu para sofrer
Aqui eu deixo um adeus por despedida
Porque preciso conviver com os imortais
Adeus amigos está na hora da partida
E ao meu povo um adeus e nada mais

Chico Filho - Blog Ideias e Fatos.

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