Prefeitura de Ceará-Mirim edita decreto determinando
fechamento de comércio e suspendendo feira por 7 dias. —
Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
09 de MARÇO 2021 - A prefeitura de Ceará-Mirim, na região metropolitana de Natal, vai determinar fechamento de comércios não essenciais, feira livre e repartições públicas por sete dias, segundo confirmou o prefeito do município, Júlio César (PSD). Os estabelecimentos considerados essenciais só poderão abrir com limite de até 30% da capacidade.
A decisão foi anunciada nesta terça-feira (9) após uma alta de casos no município. O decreto deverá ser publicado até a noite e passar a valer na quarta-feira (10). Segundo o prefeito, somente nesta segunda-feira (8), dos 21 pacientes com suspeita da Covid-19 que fizeram testes no município, 18 tiveram confirmação da doença.
Além disso, o hospital municipal, que é referência em obstetrícia e não em covid-19 está superlotado de pacientes com coronavírus, porque as pessoas buscam atendimento na unidade, mas o hospital não tem para onde enviá-las, por falta de leitos no sistema público estadual.
Hospital Municipal de Ceará-Mirim está lotado com pacientes
de Covid-19, 'mesmo sendo referência em obstetrícia'. — Foto:
Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
"As pessoas estão chegando no hospital e não estão tendo condição de serem atendidas, e olha que nossa estrutura é bem satisfatória, aumentamos respiradores, postos de saúde, mas não está sendo suficiente, porque a quantidade de pessoas adoecendo é muito superior ao número de leitos que temos no estado", declarou ainda.
Movimento nas ruas de Ceará-Mirim nesta terça-feira (9).
Município vai determinar fechamento do comércio por 7 dias.
— Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
O decreto publicado pelo governo do estado no último sábado (6) determinou toque de recolher das 20h às 6h nos dias de semana e ao longo de todo o domingo no Rio Grande do Norte. No documento, o governo também recomenda que os municípios adotem medidas, inclusive mais duras, caso necessário, para conter o avanço dos casos.
Os leitos de UTI estão com ocupação acima de 94% e a fila de pessoas por uma vaga é maior que o número de leitos disponíveis no sistema de saúde.
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