Vice-governador Antenor Roberto confirmou que foi
comunicado por Fátima sobre decisão de chapa com Walter
Alves
Citando as movimentações políticas realizadas pelo grupo liderado pela governadora Fátima Bezerra, Antenor Roberto lembrou que a primeira ação que, segundo ele, garantiu o enfraquecimento da oposição e fortalecimento do projeto político que está no comando do Estado foi a entrada de Carlos Eduardo (PDT) no grupo como candidato a senador. O ingresso, no entendimento de Antenor Roberto, atrapalhou os planos do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), de disputar a eleição.
"Todo mundo sabe que imobilizamos não só Carlos Eduardo, que queria vir para nosso campo político e era a tradição dele, mas imobilizávamos também aquele que queria muito ser candidato que era o prefeito da capital. Era o candidato que estava 'com a faca nos dentes'. Então, houve essa desmobilização da oposição", explicou o vice-governador.
Agora, com a entrada de Walter Alves, Antenor Roberto disse que a aliança entre o MDB e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), também deixou de lado a possibilidade de participar da oposição, contribuindo para o projeto político de Fátima Bezerra. "Foi a grande jogada última para criar o ambiente e a gente acomoda o MDB como vice no RN. Plano cantado em verso e prosa".
Questionado sobre os motivos pelos quais a governadora Fátima Bezerra teve preocupação em desmobilizar a oposição, já que considera que está com aprovação e boas perspectivas de vitória, Antenor Roberto disse que a movimentação faz parte da política. "Por que não conseguiu se ter um candidato competitivo com Fátima até agora? Porque o papel em eleição não é correr risco. Ninguém vai projetar o antagônico. Vai desidratá-lo. Quando se traz da oposição, você ganha duas vezes. É uma regra objetiva", justificou.
MDB
Apesar de afirmar que a composição com o MDB após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não era "inimaginável" de ocorrer no Rio Grande do Norte, com o ex-presidente Lula atuando para a composição, Antenor Roberto informou que a governadora Fátima Bezerra sabe que terá que explicar à população o motivo da composição.
"Não era um cenário inimaginável (aliança com MDB). O fenômeno veio de cima para baixo, que foi o Lulismo. Ele (Lula) faz parte dacacicadapolítica e o método é o mesmo. É uma campanha explicativa. Na campanha anterior éramos candidatos de oposição. Agora, Fátima vai para o palanque e tem que dar explicações. Ela tem clareza disso, assim como Lula e com Alckmin também", analisou Antenor Roberto.
Sobre os apoios dos prefeitos do interior do Rio Grande do Norte, que, segundo o presidente da Femurn, Babá Pereira, estão insatisfeitos com a gestão de Fátima Bezerra, Antenor Roberto afirmou que não vê motivos para insatisfação por parte dos gestores. O vice-governador, inclusive, disse que trazer o apoio desses prefeitos é uma missão para o novo candidato a vice.
"E não é para isso que o Walter Alves vai se tornar vice? Um dos maiores argumentos não é que ele traz a densidade eleitoral, traz os prefeitos? O discurso de Babá daqui a pouco fica desatualizado quando for proclamada a chapa", disparou Antenor Roberto.
Fonte: Tribuna do Norte.
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