Onça-pintada e outros três mamíferos estão 'provavelmente extintos' no Ceará, diz secretaria

Onça pintada está 'provavelmente extinta' em território 
cearense, conforme a Secretaria de Meio Ambiente do Estado — 
Foto: Hugo Fernandes Ferreira/Arquivo pessoal

13 de ABRIL 2022 - A onça-pintada (Panthera onca), o tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), a queixada (Tayassu pecari) e as populações nativas de bicho-preguiça (Bradypus variegatus) são espécies "provavelmente extintas" no Ceará, segundo inédito divulgado pela Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema).

Segundo o estudo, além das quatro espécies, há duas certamente inexistentes no território do estado: a anta (Tapirus terresitris) e o tatu-canastra (Priodontes maximus).

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (12), no lançamento da "Lista da Fauna Ameaçada do Ceará". Nessa primeira fase, o projeto vai revelar a lista dos mamíferos terrestres em risco de extinção.

De acordo com a Sema, uma equipe com mais de 50 profissionais e 18 instituições coordenada pelo professor Hugo Fernandes, da Universidade Federal do Ceará (UFC), trabalhou durante cerca de quatro anos para levantar e avaliar todas as 128 espécies que ocorrem em risco de extinção no território cearense. O projeto faz parte do Programa Cientista Chefe do Governo do Estado do Ceará.

“Importante ressaltar que algumas espécies que nem sequer estão ameaçadas em nível nacional estão criticamente ameaçadas no Ceará. É o caso do quati (Nasua nasua) e do caxinguelê (Guerlinguetus brasiliensis), com registros raros e de localização restrita no estado. Ainda na categoria de "Criticamente em Perigo", encontram-se o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) e o morcego Chiroderma visottoi”, afirmou Hugo Fernandes.

'Em Perigo' e 'Vulnerável'

Hugo Fernandes afirma ainda que a pesquisa apontou 12 espécies na categoria "Em Perigo" e oito como "Vulnerável". Outro dado preocupante é que cerca de 17% das espécies estão na categoria "Dados Insuficientes". Ou seja, espécies que podem estar ameaçadas, mas não há informações disponíveis para uma avaliação mais precisa.

O secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, afirmou que o próximo passo da pesquisa é listar os mamíferos aquáticos e depois as aves como os répteis. O estudo vai ajudar na preservação das espécies.

Por g1 CE

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