RN acumula no ano mais de cinco mil violações contra crianças e adolescentes

Por Fábio Vale / Repórter do JORAL DE FATO
Agressão contra criança preocupa

18 de MAIO 2022 - O Rio Grande do Norte já acumula, nestes cinco primeiros meses do ano, mais de cinco mil violações de direitos contra crianças e adolescentes. A informação é do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que dá conta de 5.030 violações de direitos de menores no estado potiguar, entre janeiro e maio de 2022.

Os números levantados pela reportagem nesta terça-feira (17), véspera do Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado nesta quarta (18), mostram ainda que foram notificadas também no RN 1.050 denúncias de violência contra criança ou adolescente neste ano.

As estatísticas do Painel detalham que em todo o país já foram computadas em 2022 mais de 240 mil violações contra essa parcela da sociedade e quase 54 mil denúncias. No começo do mês passado, a 33ª Zona do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de Mossoró divulgou que quase 30 violações de direito contra crianças e/ou adolescentes foram registradas pela instituição no primeiro trimestre deste ano. Os dados da instituição também apontaram que pessoas próximas às vítimas no geral, como “terceiros (padrasto, outros)” e “pais e mães”, predominaram como agentes violadores de direitos, de casos envolvendo direito à liberdade, ao respeito e à dignidade, além de seis casos de suposto abuso sexual (aliciamento), quatro de abandono, e dois de agressão física.

E a 34ª Zona do Conselho Tutelar de Mossoró registrou quase 100 violações de direitos de crianças e adolescentes nos três primeiros meses de 2022. Os números mostram que dos 95 casos registrados pela instituição, predominou violações de direito à educação, cultura, esporte e lazer, seguido de direito à liberdade, respeito e dignidade.

Os dados do órgão revelam também que assim como nas áreas atendidas pela 33ª Zona do Conselho Tutelar de Mossoró, as ocorrências na 34ª Zona envolveram situações de suposto abuso sexual (aliciamento), com nove registros; e dois de agressão física e verbal, dentre outros casos. Dentro da tendência, pessoas mais próximas das vítimas, como pais, mãe e terceiros, figuram como principais agentes violadores dos direitos.

Fonte: DeFato.com

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