Sem tratamento, poliomielite depende de cobertura vacinal para permanecer erradicada no Brasil

Vacinação contra a poliomielite. — Foto: Henrique Souza/Semsa

31 de AGOSTO 2022 - Quase um mês após o início da campanha de vacinação contra a pólio, menos de 25% do público-alvo – crianças menores de 5 anos – esteve nos postos de saúde do Brasil.

A poliomielite foi durante o século 20 uma das doenças infantis mais temidas. Ela pode atacar o sistema nervoso e, em poucas horas, deixar alguém paralisado.

No Brasil, o último caso de "paralisia infantil" foi detectado em 1989. Em 1994, o país ganhou certificado de erradicação.

Mas a baixa cobertura vacinal no vem acendendo o alerta para o risco de retorno da doença. Isso porque a circulação em países como Paquistão e Afeganistão pode originar surto em novos lugares.

"Uma vez que o vírus e ingressa no nosso país neste, ele encontra condições para ser transmitido", alerta o médico Marco Aurélio Safadi, presidente do departamento de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e integrante de grupos internacionais voltados à especialidade.

"A Organização Mundial da Saúde classifica o nosso país como um país de risco muito alto da ocorrência da poliomielite em função das nossas frágeis coberturas nacionais... Seria realmente algo muito lamentável e dramático."

"A gente, até hoje, não dispõe de nenhum recurso terapêutico, de nenhum medicamento que possa interferir na evolução da doença. A gente conta com uma ferramenta de elevadíssima eficácia que é a vacina."

Por g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário