Janeiro Roxo: 224 novos casos de hanseníase são diagnosticados por ano no RN


Janeiro Roxo: 224 novos casos de hanseníase são diagnosticados por ano no RN. Em 2022, foram registrados 156 casos novos no estado, sendo 51 na Região de Mossoró e 43 na Região Metropolitana. A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada por uma bactéria, o Bacilo de Hansen, em que a grande maioria das pessoas já possui resistência natural a ela e não adoece. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Os sintomas podem surgir entre dois a sete anos, a partir da contaminação. De acordo com o dermatologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Diogo Pazzini, quanto mais cedo for o diagnóstico maiores são as chances de cura, interrupção da transmissão e prevenção de sequelas.

27 de JANEIRO 2023 - No período de 2013 a 2022, no Rio Grande do Norte, foram diagnosticados 2.246 casos novos de hanseníase, o que corresponde a uma média de 224 casos novos/ano. Em 2022, foram registrados 156 casos novos no estado, sendo 51 na Região de Mossoró e 43 na Região Metropolitana.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 foram relatados 127.396 novos casos da hanseníase no mundo. Desse total, 19.195 (15,1%) ocorreram na região das Américas e 17.979 foram notificados somente no Brasil, ou seja, 93,6%, o que significa que o País detém a maioria dos casos nesse território, e é o segundo colocado em casos da doença no mundo, atrás somente da Índia.

A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada por uma bactéria, o Bacilo de Hansen, em que a grande maioria das pessoas já possui resistência natural a ela e não adoece. A transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Os sintomas podem surgir entre dois a sete anos, a partir da contaminação.

De acordo com o dermatologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Diogo Pazzini, quando mais cedo for o diagnóstico, melhor, porque o tratamento cura a doença e interrompe a transmissão, assim como previne sequelas.

“O tratamento precoce é de fundamental importância porque a hanseníase, em sua fase inicial, afeta a pele e os nervos, causando lesões, e a demora no tratamento pode levar a sequelas incapacitantes, como perda da sensibilidade, alterações motoras e deformidades, que já é a fase mais grave da doença, onde o paciente possui comprometimento neurológico”, alerta o especialista.

Diogo explica que o tratamento é feito através de comprimidos, em um período que varia entre seis meses a um ano, e que é disponibilizado pela rede pública. “A boa notícia é que, logo após a primeira dose do medicamento, o paciente não transmite mais a doença, portanto, ele não precisa mais ficar isolado como acontecia antigamente. Ao longo da história, vencemos o preconceito em torno da hanseníase. Muitas pessoas ficavam doentes e se isolavam em locais afastados da sociedade, e hoje vemos que isso já não faz o menor sentido”.

Fonte: Mossoró Hoje.

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