16 de JANEIRO de 2014 - O resultado de um exame de DNA divulgado nesta quinta-feira (16) comprovou que o pedreiro de 37 anos preso sob suspeita de matar e estuprar a menina Iasmin Martins de Souza Silva, de 8 anos, não teve participação no crime, que ocorreu há pouco mais de um mês, em Catalão, região sudeste de Goiás.
Segundo a delegada Alessandra Maria de Castro, responsável pelas investigações, o documento exclui, definitivamente, a participação do homem no crime.
"O perfil do suspeito não é compatível com o material genético colhido na menina. Ele foi excluído, ele não é o autor do crime de estupro”, afirma Alessandra, que já solicitou a revogação de prisão do pedreiro pela participação neste caso. No entanto, ela acredita que o suspeito, que já tinha passagens por estupro, deve permanecer preso, pois contra ele havia um mandado em aberto.
O corpo de Iasmin foi encontrado no dia 9 de dezembro do ano passado no cômodo de uma obra, em Catalão. O exame de corpo de delito comprovou que ela foi violentada e morta a pauladas. O suspeito do crime foi preso dois dias depois. Apesar de negar que tivesse cometido o crime, testemunhas disseram que viram a menina sendo levada por ele horas antes do crime.
Segundo a delegada, como o pedreiro era o único suspeito do crime, as investigações terão que ser reiniciadas. Porém, agora a polícia trabalhará em sigilo, sem revelar dados e informações referentes ao processo.
“Continuaremos fazendo as investigações. Se necessário vamos ouvir outras pessoas, ouvir testemunhas, produzir novas provas, perícia, o que for necessário será realizado novamente", afirma a delegada.
Crime
Iasmin foi encontrada morta um dia após ter saído da casa da avó para ir até a feira onde a mãe estava trabalhando. No entanto, a menina não chegou ao destino. Após o sumiço, familiares e policiais chegaram a procurá-la, mas não a encontraram.
Iasmin foi violentada e morta a pauladas
(Foto: Thiago Silva/Diante do Fato)
O pedreiro Luizmar Bernardes foi quem achou a menina morta na obra onde trabalha, no Bairro Paineiras. "Cheguei e nós [outros colegas] trabalhamos um pouquinho. Quando olhei lá dentro, me deparei com a criança morta lá e chamei outro colega meu para olhar. É triste de ver. A cena é lamentável", disse na época
Uma semana antes de ser morta, Iasmin havia escrito ao Papai Noel dos Correios pedindo presentes para ela e a família. Ao ler a carta, uma administradora de empresas, que não quis se identificar, percebeu que tratava-se da garota assassinada. Mesmo assim, a voluntária atendeu aos pedidos e fez as doações à mãe e aos irmãos da criança.
Para o padrasto da vítima, Roberto de Sá Silva, quem matou a enteada "é um monstro". Ele contou que soube da morte por telefone. "Um tio meu estava ouvindo rádio e me ligou avisando que haviam encontrado uma menina morta. Fui para o local com minha esposa e, infelizmente, era ela."
A mãe da criança, Leidiane Martins Pereira, afirmou que a garota passava várias horas por dia na rua. Segundo ela, a filha era muito comunicativa e falava com qualquer pessoa na rua. "Para ela, não tinha estranho", disse.
Iasmin escreveu carta para Papai Noel antes de ser morta (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Retirado do G1