B.O falso informa que o homem morreu atropelado
por um ônibus escolar
(Foto: Divulgação / Polícia Civil )
26 de ABRIL de 2016 - Um funcionário de uma funerária de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, Luciano Ferreira, foi detido nesta terça-feira (26) suspeito de falsificar um atestado de óbito com o nome do próprio pai, Luiz Gonzaga Ferreira, de 48 anos, para receber uma indenização do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículo Automotor (DPVAT).
Gonzaga é dono da funerária onde Luciano trabalhava. O filho também falsificou o Boletim de Ocorrência (B.O) dizendo que o pai morreu atropelado. Veja o relato na imagem acima.
Os dois estão entre os presos da Operação Ressurreição, que foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça na capital, Pinhais, Piraquara, Colombo, Almirante Tamandaré e Ponta Grossa.
Conforme Fiqueroa, a situação envolvendo Luciano e Luiz Gonzaga foi confirmada, mas os dois não chegaram a receber o benefício."Na verdade, não foi a primeira vez que esse tipo de situação ocorreu. Ao longo das investigações, nós descobrimos outros dois casos de filhos que tentaram aplicar o golpe do DPVAT usando o nome do pai", explicou o delegado Renato Basto Figueroa.
O delegado disse que os outros dois casos são de um cinegrafista de um programa policial, que também tentou aplicar o golpe dizendo que o pai dele havia morrido e da mulher dele, que cometeu o mesmo crime e da mesma forma envolvendo o pai dela. O cinegrafista e a mulher não foram presos, mas estão sendo investigados.
O G1 tenta contato com a defesa dos envolvidos.
Entre os materiais apreendidos estão
dinheiro,
cheques, celulares e documentos
cheques, celulares e documentos
falsos
(Foto: Dulcineia Novaes / RPC)
"Essa era apenas uma das formas que a quadrilha usava para aplicar o golpe, sempre com o intermédio de falsificação de documentos. Eles falsificavam desde a certidão de óbito até o B.O visando o recebimento de R$ 13,5 mil que era de direito em caso de morte por acidente de trânsito através do DPVAT", acrescentou o delegado.
Entre os materiais apreendidos estão certidões falsas de óbito, boletins de ocorrência, mensagens de celular, entre outros.
Outras dez pessoas foram presas na operação, uma delas em flagrante por porte ilegal de arma. Um outro investigado está foragido. Ele é dono de uma funerária de Curitiba, segundo a polícia.
Durante a operação, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva, que é quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Como funcionava o esquema
(Foto: Dulcineia Novaes / RPC)
"Essa era apenas uma das formas que a quadrilha usava para aplicar o golpe, sempre com o intermédio de falsificação de documentos. Eles falsificavam desde a certidão de óbito até o B.O visando o recebimento de R$ 13,5 mil que era de direito em caso de morte por acidente de trânsito através do DPVAT", acrescentou o delegado.
Entre os materiais apreendidos estão certidões falsas de óbito, boletins de ocorrência, mensagens de celular, entre outros.
Outras dez pessoas foram presas na operação, uma delas em flagrante por porte ilegal de arma. Um outro investigado está foragido. Ele é dono de uma funerária de Curitiba, segundo a polícia.
Durante a operação, também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva, que é quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, o esquema criminoso também funcionava basicamente com a ajuda de funcionários do Instituto Médico-Legal (IML), que eram pagos pela quadrilha para fornecer informações antecipadas e privilegiadas de vítimas de acidentes de trânsito ou de mortes naturais.
Com as informações, os criminosos chegavam ao local antes da equipe do IML e enganavam os familiares para assinarem uma procuração que facilitava a abertura do processo para a obtenção do DPVAT.
Para enganar as famílias, os criminosos se passavam por funcionários do IML, da polícia e até do Exército.
Figueroa informou ainda que o grupo passava dias e madrugadas atrás de corpos de vítimas de acidentes de trânsito ou de morte natural e que pagava cerca de R$ 700 para funcionários do IML para obter as informações privilegiadas dos óbitos.
Confira o nome dos investigados que foram presos
Marcio Clovis Baldi da Silva
Gustavo Mello da Silva
Tiago Alcaide Ferreira
Luciano Alis Ferreira
Luiz Gonzaga Ferreira
Vagner de Souza Ferreira
Evandro de Moraes
Waldir José Czyr
Marcos Elpídio de Oliveira
Jorge Pinto Barbosa
Pedro Paulo de Souza Laba
Sueli Cetra de Januário
Os mandados são temporários e têm prazo de cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco ou convertida para preventiva, quando o investigado fica preso por tempo indeterminado.
Adriana Justi
Do G1 PR