15 de OUTUBRO de 2016 - Atualmente o Rio Grande do Norte contabiliza 25 crianças aptas à adoção, todas acima dos sete anos e 16 delas com 15, 16 ou 17 anos. Além disso, três dessas crianças ou adolescentes possuem deficiência mental.
O cenário foi apresentado nesta quinta-feira (13) em material divulgado pelo Tribunal de Justiça do RN sobre o lançamento do documentário ‘Crianças Invisíveis’, marcado para às 09 horas desta sexta (14).
O vídeo, que é uma iniciativa da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude, foi produzido pela Secretaria de Comunicação Social do Judiciário potiguar e vai ser apresentado às autoridades, à imprensa e ao público em geral em cerimônia no auditório do TJRN, no terceiro andar do prédio sede da Corte Estadual de Justiça.
Com o lançamento previsto para a Semana da Criança, o documentário de 11 minutos foca sua narrativa nas chamadas adoções necessárias e pretende chamar a atenção dos casais que desejar ou já estão no Cadastro Nacional de Adoção para a situação dessas crianças e adolescentes.
As adoções necessárias são as adoções de crianças que não se encaixam no perfil desejado pelos pretendentes, como crianças a partir dos três anos de idade, crianças negras, crianças que pertencem a um grupo de irmãos e crianças ou jovens que possuem algum tipo de deficiência física ou doença crônica.
“São invisíveis porque ninguém quer, ninguém os percebe, ninguém os procura”, observa o coordenador da Ceij, juiz José Dantas de Paiva.
Para ilustrar os dados, o documentário mostra a trajetória de jovens que vivem ou viveram a situação. Um deles é um adolescente de 17 anos que ainda está em uma unidade de acolhimento e sonha com futuro melhor.
O jovem tem a perspectiva de cursar letras e jornalismo e vê na escrita uma fuga para a sua realidade. Outro caso, dessa vez positivo, que é mostrado no documentário é o de uma família que adotou dois irmãos, um deles com dez anos na época.
Proposta
“A ideia é chamar atenção para mostrar que adotar essas crianças é possível e é tão nobre quanto adotar um recém-nascido”, ressalta José Dantas de Paiva ao destacar o objetivo do documentário.
Entre produção, gravação e edição, foram três meses de trabalho. Para realizar o projeto, a equipe da Secretaria de Comunicação contou com a parceria da Acalanto e da CEIJ, pois era necessária a autorização do juizado da infância e juventude para gravar nas unidades de acolhimento de Natal.
Além disso, a equipe também contou com o apoio da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social, instituição responsável por administrar as unidades.
Fonte: Blog do JP