Desembargador Cláudio Santos em entrevista ao
programa RNTV 1ª Edição
(Imagem: Reprodução InterTV Cabugi).
01 de NOVEMBRO de 2016 - O presidente do Tribunal de Justiça do RN (TJRN), Cláudio Santos, afirmou, em entrevista ao programa RNTV 1ª Edição, da InterTV Cabugi, na tarde desta segunda-feira, 31 de outubro, que iria diligenciar empréstimo de R$ 100 milhões do TJRN ao Governo do Estado. No entanto, outra declaração do magistrado que tem gerado polêmica: a proposta de privatização da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
“Quer resolver o problema da saúde do Rio Grande do Norte ou pelo menos minimizar? Por que não privatiza a Universidade Estadual? Economiza R$ 20 milhões por mês. Dá uma bolsa de estudos para os estudantes pobres daquela universidade no valor de R$ 1,5 mil? De 30 milhões que gasta por mês, só gasta 10 com essas bolsas de estudo, já que o estado não tem obrigação de ter universidade. O estado tem obrigação de ter ensino médio”, afirmou o presidente.
A proposta do presidente do TJRN provocou indignação entre professores, técnicos, alunos e egressos da UERN. A universidade tem enfrentado problemas financeiros e está com as atividades administrativas e aulas suspensas devido à paralisação dos terceirizados devido ao não pagamento dos salários.
Além dos terceirizados, o pagamento dos servidores da UERN tem sido pago com atraso nos últimos 10 meses e há ainda reclamações de descontos do plano de saúde pelo Governo do RN sem o devido repasse ás operadoras.
Recursos para a Saúde e cobrança ao Governo do Estado
O desembargador Cláudio Santos afirmou que a prioridade de destino do empréstimo do TJRN ao Estado seria a Saúde, usados na compra de insumos para o Hospital Walfredo Gurgel (HWG), o Hospital Maria Alice, e para reabrir o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, além de pagar mais de mil cirurgias.
O empréstimo também deverá servir para pagar as diárias operacionais para a Polícia Militar. O magistrado, fez críticas ao Governo do Estado, que, segundo apontou o presidente do TJRN, aumentou as despesas com pessoal em 25% entre os anos de 2014 e 2015.