Adolescentes foram batizados no domingo (23) (Foto: Arquivo pessoal)
27 de ABRIL 2017 - Três adolescentes adotados pelo casal Toni Reis e David Harrad, de Curitiba, foram batizados pela Igreja Católica, no domingo (23). A cerimônia foi realizada na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na região central.
Foram batizados Alyson, de 16 anos, Jéssica, de 14, e Filipe, de 12. Reis, casado há 27 anos com Harrad, conta que procurou pessoalmente o arcebispo da capital paranaense, José Antônio Peruzzo, para uma conversa sobre o batismo dos filhos.
"Eu sou católico, e o meu esposo, anglicano. Depois de conversarmos, resolvemos batizá-los na Igreja Católica. Fui em várias igrejas, mas todas tinham uma burocracia enorme. Então, marquei uma audiência com o arcebispo de Curitiba [Dom José Antônio Peruzzo]. Ele topou. Disse que ia batizar as crianças e, não, o casal. Ele só exigiu que elas fizessem um curso de pré-batismo; e os pais, as madrinhas e o padrinho, um de preparação", conta.
27 de ABRIL 2017 - Três adolescentes adotados pelo casal Toni Reis e David Harrad, de Curitiba, foram batizados pela Igreja Católica, no domingo (23). A cerimônia foi realizada na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, na região central.
Foram batizados Alyson, de 16 anos, Jéssica, de 14, e Filipe, de 12. Reis, casado há 27 anos com Harrad, conta que procurou pessoalmente o arcebispo da capital paranaense, José Antônio Peruzzo, para uma conversa sobre o batismo dos filhos.
"Eu sou católico, e o meu esposo, anglicano. Depois de conversarmos, resolvemos batizá-los na Igreja Católica. Fui em várias igrejas, mas todas tinham uma burocracia enorme. Então, marquei uma audiência com o arcebispo de Curitiba [Dom José Antônio Peruzzo]. Ele topou. Disse que ia batizar as crianças e, não, o casal. Ele só exigiu que elas fizessem um curso de pré-batismo; e os pais, as madrinhas e o padrinho, um de preparação", conta.
Padre batiza um dos filhos do casal (Foto: Arquivo pessoal)
"Foi uma cerimônia extremamente emocionante, logo depois da missa das 10h. Durante a missa, fomos citados três vezes. Eles [os adolescentes] amaram. O Alyson disse que se sente purificado. A Jéssica disse que se sente mais incluída. O Filipe disse que, agora, pode falar que tem uma religião. Para nós, é importante esse reconhecimento social, espiritual. Você participar de uma religião ajuda porque você acaba fazendo parte de uma comunidade", relata.
Reis ressalta que, para os filhos, é importante ser aceito pela religião. "Com certeza, é uma conquista. Para quem acredita, é importante ser aceito na religião. Você quer ser aceito. Eu me sinto muito feliz, valorizado, tranquilo. Para as crianças, foi um gesto muito bacana. A religião, queira ou não, tem poder, especialmente para quem acredita. Para mim, tem", acredita.
O padre Luciano Tokarski, coordenador da Comissão de Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Curitiba, afirma que a Igreja aprovou o batismo dos filhos do casal.
"Vimos o batismo com bons olhos. A Igreja tem uma atitude de acolhida, de misercórdia, de compaixão, de proximidade. Nunca as portas estiverem fechadas para ninguém. Não existe nenhum documento oficial da Igreja que proíba isso", comenta.
Tokarski, no entanto, ressalta que, mesmo respeitando, a Igreja Católica não aprova o casamento gay. "O fato de aceitarmos o batismo dos adolescentes não significa que a Igreja aprova o casamento homossexual. A Igreja está dizendo que os filhos deles podem ser batizados, mas seguimos contrários à união entre dois homens, apesar de acolhermos todas as pessoas", esclarece.
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