Bebê permaneceu internado por 4 meses esperando
vaga em UTI adequada
(Foto: Arquivo Pessoal)
04 de OUTUBRO 2017 - Lorenzo luta pela vida há quatro meses, desde quando nasceu. Ele tem uma síndrome ainda não identificada pelos médicos e permaneceu esse período em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, aguardando vaga em uma UTI Pediátrica em Santos, no litoral de São Paulo. A família, cansada e sem respostas, pede uma solução.
Filho da dona de casa Vanilza Lopes e do trabalhador rural Carlos Alberto da Silva Gonçalves, ambos de 50 anos, o menino nasceu no Hospital dos Estivadores com uma válvula do coração aberta e com insuficiência respiratória. Foi então encaminhado à UTI para recém-nascidos, onde deveria ficar por somente um mês.
"Nós fomos saber por acaso, recentemente, que ele já deveria estar em uma UTI Pediátrica. Ninguém no hospital nos informou e, por isso, não cobramos antes uma transferência", conta o pai do menino. Ele e mulher se mudaram de Sete Barras, na região do Vale do Ribeira, interior paulista, há oito meses para Santos.
"Minha mulher fez o pré-natal lá na nossa cidade, e em nenhum momento foi apontado algum problema pelos médicos. Quando notamos que tinha chegado a hora e chegamos no hospital, um exame que eles fizeram identificou um problema no coração, e fizeram uma cesárea na Vanilza", conta o trabalhador rural.
04 de OUTUBRO 2017 - Lorenzo luta pela vida há quatro meses, desde quando nasceu. Ele tem uma síndrome ainda não identificada pelos médicos e permaneceu esse período em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, aguardando vaga em uma UTI Pediátrica em Santos, no litoral de São Paulo. A família, cansada e sem respostas, pede uma solução.
Filho da dona de casa Vanilza Lopes e do trabalhador rural Carlos Alberto da Silva Gonçalves, ambos de 50 anos, o menino nasceu no Hospital dos Estivadores com uma válvula do coração aberta e com insuficiência respiratória. Foi então encaminhado à UTI para recém-nascidos, onde deveria ficar por somente um mês.
"Nós fomos saber por acaso, recentemente, que ele já deveria estar em uma UTI Pediátrica. Ninguém no hospital nos informou e, por isso, não cobramos antes uma transferência", conta o pai do menino. Ele e mulher se mudaram de Sete Barras, na região do Vale do Ribeira, interior paulista, há oito meses para Santos.
"Minha mulher fez o pré-natal lá na nossa cidade, e em nenhum momento foi apontado algum problema pelos médicos. Quando notamos que tinha chegado a hora e chegamos no hospital, um exame que eles fizeram identificou um problema no coração, e fizeram uma cesárea na Vanilza", conta o trabalhador rural.
Bebê Lorenzo luta pela vida há quatro meses em Santos, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
Após o nascimento, os médicos perceberam que o bebê necessitava de cuidados na UTI. "Ele é o meu primeiro filho. Cada dia é um susto. Não via meu filho ter evolução nenhuma e nenhum médico é capaz de nos dizer o que ele realmente tem. A gente ficou sem saber o que fazer", lembra.
Sem respostas, os pais foram informados, informalmente, há aproximadamente um mês, que o filho deveria estar em uma UTI Pediátrica e ficar sob acompanhamento de especialistas. "Foi aí que a gente começou a reagir novamente e voltou a lutar junto com ele, até conseguirmos uma transferência para a UTI Pediátrica".
Lorenzo foi encaminhado pelo Hospital dos Estivadores à Santa Casa da cidade na tarde desta terça-feira (3), após o apelo dos pais e a imprensa solicitar esclarecimentos sobre o caso para a Prefeitura de Santos e à Secretaria de Saúde do Estado. Mesmo assim, a família continua sem saber o que ele tem e como pode ser tratado.
"Lorenzo está agora em um novo hospital, mas nós continuamos sem informação. Assim que ele chegou, foram feitos exames, e agora queremos ter as respostas que esperamos há quatro meses. Tudo o que a gente quer é voltar para casa com ele, fazer o tratamento que tem que fazer e viver feliz", desabafa.
Hospital dos Estivadores, em Santos (Foto: João Paulo de Castro/G1)
Empurra-empurra
Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que solicitou a transferência de Lorenzo para o estado a uma UTI Pediátrica pela primeira vez em 10 julho. Entretanto, a Central de Regulação de Vagas da Baixada Santista (Cross), vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, afirma não ter qualquer responsabilidade sobre o caso.
O estado esclareceu que, por meio do Cross, somente é responsável pela regulação de casos de urgência e emergência. "O caso do bebê Lorenzo não se enquadra nesse perfil, pois requer cuidados prolongados. Cabe ao município a oferta de leitos de longa permanência necessários ao paciente", pontuou a Pasta.
A administração municipal esclareceu, por sua vez, que a transferência ocorreu a partir da estabilização do quadro clínico do paciente e da disponibilidade de vaga. "O município ainda busca vaga em hospital especializado no estado em Medicina Fetal e Perinatal, para que a criança tenha o melhor acompanhamento".
A prefeitura ainda afirmou que o bebê tem uma síndrome congênita complexa, a qual requer cuidados médicos especiais, e desde que nasceu realiza diversos exames e procedimentos para a manutenção da vida. Sobre a demora na transferência, a municipalidade disse que a região tem apenas 21 leitos na rede pública.
Também por nota, a Santa Casa de Santos confirmou o recebimento de Lorenzo na tarde de terça-feira. O hospital diz que, desde que foi recebido pelos médicos, ele foi submetido a "exames e ampla avaliação da equipe multiprofissional". Somente após essas análises será possível estabelecer um parecer sobre o caso.
Por G1 Santos
Após o nascimento, os médicos perceberam que o bebê necessitava de cuidados na UTI. "Ele é o meu primeiro filho. Cada dia é um susto. Não via meu filho ter evolução nenhuma e nenhum médico é capaz de nos dizer o que ele realmente tem. A gente ficou sem saber o que fazer", lembra.
Sem respostas, os pais foram informados, informalmente, há aproximadamente um mês, que o filho deveria estar em uma UTI Pediátrica e ficar sob acompanhamento de especialistas. "Foi aí que a gente começou a reagir novamente e voltou a lutar junto com ele, até conseguirmos uma transferência para a UTI Pediátrica".
Lorenzo foi encaminhado pelo Hospital dos Estivadores à Santa Casa da cidade na tarde desta terça-feira (3), após o apelo dos pais e a imprensa solicitar esclarecimentos sobre o caso para a Prefeitura de Santos e à Secretaria de Saúde do Estado. Mesmo assim, a família continua sem saber o que ele tem e como pode ser tratado.
"Lorenzo está agora em um novo hospital, mas nós continuamos sem informação. Assim que ele chegou, foram feitos exames, e agora queremos ter as respostas que esperamos há quatro meses. Tudo o que a gente quer é voltar para casa com ele, fazer o tratamento que tem que fazer e viver feliz", desabafa.
Hospital dos Estivadores, em Santos (Foto: João Paulo de Castro/G1)
Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou que solicitou a transferência de Lorenzo para o estado a uma UTI Pediátrica pela primeira vez em 10 julho. Entretanto, a Central de Regulação de Vagas da Baixada Santista (Cross), vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, afirma não ter qualquer responsabilidade sobre o caso.
O estado esclareceu que, por meio do Cross, somente é responsável pela regulação de casos de urgência e emergência. "O caso do bebê Lorenzo não se enquadra nesse perfil, pois requer cuidados prolongados. Cabe ao município a oferta de leitos de longa permanência necessários ao paciente", pontuou a Pasta.
A administração municipal esclareceu, por sua vez, que a transferência ocorreu a partir da estabilização do quadro clínico do paciente e da disponibilidade de vaga. "O município ainda busca vaga em hospital especializado no estado em Medicina Fetal e Perinatal, para que a criança tenha o melhor acompanhamento".
A prefeitura ainda afirmou que o bebê tem uma síndrome congênita complexa, a qual requer cuidados médicos especiais, e desde que nasceu realiza diversos exames e procedimentos para a manutenção da vida. Sobre a demora na transferência, a municipalidade disse que a região tem apenas 21 leitos na rede pública.
Também por nota, a Santa Casa de Santos confirmou o recebimento de Lorenzo na tarde de terça-feira. O hospital diz que, desde que foi recebido pelos médicos, ele foi submetido a "exames e ampla avaliação da equipe multiprofissional". Somente após essas análises será possível estabelecer um parecer sobre o caso.
Por G1 Santos