Menino de 10 anos exibe farda do Batalhão de
Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar
do DF
(Foto: Glaucia da Costa Silva/Arquivo pessoal)
31 de JANEIRO 2018 - A Polícia Militar do Distrito Federal pediu desculpas nesta quarta-feira (31) ao menino de 10 anos que foi “detido” por portar uma arma de pressãoem um hospital público, vestido de militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A criança foi convidada para passar o dia todo visitando a corporação, com direito a conhecer o helicóptero e a cavalaria.
A situação ganhou repercussão após a abordagem de um policial militar que foi chamado ao hospital para averiguar a situação. Como o pai do garoto não aceitou guardar a arma e o teria xingado, o PM deu voz de prisão por desacato – chegando a algemar o homem em uma pilastra.
Ao G1, a Polícia Militar disse que a Corregedoria será acionada. “Caso fique verificado algum tipo de ilegalidade ou abuso na abordagem policial, será aberto procedimento”, disse a corporação.
A mãe da criança, Gláucia da Costa Silva, disse ao G1 que o policial puxou o braço do filho, mandando que entregasse a arma, inclusive ofendendo a criança e o marido dela. “Meu filho está morrendo de medo, nem quer mais vestir a farda. Pegou trauma.” Apesar disso, ela declarou que vai aceitar o convite da PM.
Criança com farda da PM e arma de pressão é levada para delegacia
O que está errado?
Ao contrário das armas de brinquedo, não há proibição para uso e venda de armas de pressão, em especial aquelas de ar comprimido, airsoft e paintball. No entanto, a PM afirma que neste caso houve, sim, desrespeito às regras impostas pela legislação.
A lei diz que não se pode sair com armas do tipo sem a documentação necessária, que pode ser exigida em qualquer situação. Também é proibido conduzir a arma “ostensivamente” – ou seja, mantê-la à mostra. Segundo a mãe, a arma foi comprada “legalmente”, e o documento da aquisição está guardado.
A regulamentação desse tipo de arma também determina que o uso “só pode ocorrer em locais autorizados para o exercício da atividade”.
A respeito da utilização da farda da PM, a corporação explica que não há nada de errado, desde que seja por crianças. Adultos são proibidos: o uso de uniforme, distintivo ou insígnia militar indevido prevê pena de até seis meses de detenção.
Relembre
O caso ocorreu nesta terça-feira (30), no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A mãe da criança aguardava atendimento; pai e filho a acompanhavam.
Após a confusão, os militares levaram o pai para a 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), e a criança, para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Todos foram liberados.
BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL
Por Gabriel Luiz e Bianca Marinho, G1 DF e TV Globo
31 de JANEIRO 2018 - A Polícia Militar do Distrito Federal pediu desculpas nesta quarta-feira (31) ao menino de 10 anos que foi “detido” por portar uma arma de pressãoem um hospital público, vestido de militar do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). A criança foi convidada para passar o dia todo visitando a corporação, com direito a conhecer o helicóptero e a cavalaria.
A situação ganhou repercussão após a abordagem de um policial militar que foi chamado ao hospital para averiguar a situação. Como o pai do garoto não aceitou guardar a arma e o teria xingado, o PM deu voz de prisão por desacato – chegando a algemar o homem em uma pilastra.
Ao G1, a Polícia Militar disse que a Corregedoria será acionada. “Caso fique verificado algum tipo de ilegalidade ou abuso na abordagem policial, será aberto procedimento”, disse a corporação.
A mãe da criança, Gláucia da Costa Silva, disse ao G1 que o policial puxou o braço do filho, mandando que entregasse a arma, inclusive ofendendo a criança e o marido dela. “Meu filho está morrendo de medo, nem quer mais vestir a farda. Pegou trauma.” Apesar disso, ela declarou que vai aceitar o convite da PM.
Criança com farda da PM e arma de pressão é levada para delegacia
O que está errado?
Ao contrário das armas de brinquedo, não há proibição para uso e venda de armas de pressão, em especial aquelas de ar comprimido, airsoft e paintball. No entanto, a PM afirma que neste caso houve, sim, desrespeito às regras impostas pela legislação.
A lei diz que não se pode sair com armas do tipo sem a documentação necessária, que pode ser exigida em qualquer situação. Também é proibido conduzir a arma “ostensivamente” – ou seja, mantê-la à mostra. Segundo a mãe, a arma foi comprada “legalmente”, e o documento da aquisição está guardado.
A regulamentação desse tipo de arma também determina que o uso “só pode ocorrer em locais autorizados para o exercício da atividade”.
A respeito da utilização da farda da PM, a corporação explica que não há nada de errado, desde que seja por crianças. Adultos são proibidos: o uso de uniforme, distintivo ou insígnia militar indevido prevê pena de até seis meses de detenção.
Relembre
O caso ocorreu nesta terça-feira (30), no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A mãe da criança aguardava atendimento; pai e filho a acompanhavam.
Após a confusão, os militares levaram o pai para a 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), e a criança, para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Todos foram liberados.
BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL