SUS vai atender pacientes com dificuldade de locomoção em casa


Foto: Reprodução

04 de JANEIRO 2020 - O Ministério da Saúde Informou que o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) a pacientes com dificuldade de se locomover a uma unidade de saúde terá mais 410 equipes para atender no tratamento em casa. A medida vai atender 210 municípios de 21 estados. De acordo com o ministério, o objetivo é reduzir a demanda por atendimento nos hospitais, evitando as internações e reinternações, bem como diminuir o tempo de permanência de usuários internados no SUS.

Dos 210 municípios que receberam o benefício, 178 estão sendo habilitados pela primeira vez na modalidade de atenção à saúde, com atendimento especializado para pacientes domiciliados.

Para realizar a modalidade de atendimento houve um incremento de R$ 160,4 milhões no repasse aos estados e municípios. A pasta disse que, com as novas habilitações, agora serão 1.157 Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP).

"As EMADs são formadas por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que ofertam um suporte médico completo aos pacientes que estão acamados. Já as EMAPs têm composição mínima de três profissionais de nível superior, escolhidos entre oito diferentes ocupações: assistente social; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; nutricionista; odontólogo; psicólogo; farmacêutico e terapeuta ocupacional", disse o ministério.

Caio Vale - Mossoró Notícias.

Prazo para alistamento militar online já está aberto


Foto: Marcelo Camargo

03 de JANEIRO 2020 - O prazo para o alistamento militar online começou e vai até 30 de junho. As inscrições podem ser feitas no site do Exército, com o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e preenchimento do formulário para validação dos dados pessoais.

O alistamento é obrigatório e deve ser feito no ano em que o jovem (sexo masculino) completa 18 anos.

O jovem que não tiver acesso à internet ou não tiver CPF deve ir à Junta de Serviço Militar com a certidão de nascimento ou carteira de identidade ou de motorista e o comprovante de residência.

Segundo o coordenador da Seção de Serviço Militar do Ministério da Defesa, coronel Fernando Penasso, quem não regularizar sua situação não poderá tirar passaporte, prestar exame para estabelecimento de ensino, tirar carteira de trabalho, ingressar no serviço público ou mesmo na iniciativa privada.

Quem perder o prazo para fazer o procedimento no último ano, poderá regularizar a situação no próprio site do alistamento ou comparecer à Junta de Serviço Militar. O atraso implicará no pagamento de multa.

Em 2020, a expectativa do Ministério da Defesa é que quase 2 milhões de jovens realizem o alistamento e que 100 mil sejam incorporados para trabalhar na Marinha, no Exército ou na Aeronáutica.

O Serviço Militar Obrigatório tem a duração de um ano.

Caio Vale - Mossoró Notícias.

Recolham os celulares durante as refeições e conversem uns com os outros, pede o Papa


Papa Francisco durante sermão, no dia 29 de dezembro 
de 2019 — Foto: Gregorio Borgia/AP

29 de DEZEMBRO 2019 - O Papa Francisco fez um apelo para que as pessoas conversem umas com as outras durante as refeições em vez de usarem os celulares, citando Jesus, Maria e José como um exemplo que as famílias devem seguir.

Eles "rezavam, trabalhavam e se comunicavam uns com os outros", disse o papa no domingo (29) aos fiéis reunidos na Praça São Pedro para a oração do Angelus.

"Eu me pergunto se você, em família, sabe como se comunicar ou se você é como aquelas crianças nas mesas de refeição que ficam falando no celular", disse o Papa.

"Temos que voltar a nos comunicar em nossas famílias", disse Francisco. "Pais, crianças, avós, irmãos e irmãs, essa é uma tarefa para ser assumida hoje, no dia da Família Sagrada."

Missa sem celulares

Em 2017, Papa Francisco disse que fica triste quando vê fiéis e até religiosos usarem o celular para fazer fotos durante a missa.

Na época, o pontífice usou uma metáfora para questionar o uso excessivo de aparelhos nas celebrações.

"Por que, a um certo ponto, o sacerdote diz 'corações ao alto?' Ele não diz 'celulares ao alto para tirar foto!' Não! Fico triste quando celebro e vejo muitos fiéis com os celulares para cima. Não só os fiéis, mas também sacerdotes e até bispos. A missa não é espetáculo, é ir ao encontro da paixão e ressurreição do Senhor. Lembrem-se: chega de celulares", declarou.

PAPA FRANCISCO

Por Reuters - G1

Tradutor potiguar fala 15 idiomas: 'comecei a aprender aos 12 anos'


Estevam em uma cabine de tradução simultânea; evento 
contou com traduções de inglês, espanhol e 
grego — Foto: Reprodução/Redes Sociais

23 de DEZEMBRO 2019 - O idioma pode ser um dos maiores patrimônios culturais de um país. Para o potiguar Estevam Fortunato, de 26 anos, que é formado em letras na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e trabalha como professor e tradutor, os idiomas são objeto de trabalho e de diversão.

Ele fala 15 idiomas, nove deles fluentemente e outros seis em nível intermediário. Parte desse aprendizado o professor mostra em um vídeo de nove minutos em uma rede social falando em 10 idiomas diferentes sobre as peculiaridades de cada língua. São cerca de 1,7 milhão de visualizações.

Estevam conta que começou a se interessar por idiomas ainda na adolescência. Aos 12 anos, começou a aprender espanhol, francês e italiano lendo livros de passo a passo do escritor e linguista norte-americano Charles Berlitz.

Entre os nove idiomas que Estevam fala com bastante fluência estão línguas mais conhecidas como o português, espanhol, francês, italiano, grego e inglês. Apenas no aprendizado do último ele contou com ajuda. "Comecei o inglês em um curso de idiomas, onde estudei por dois anos. A partir daí, continuei aprendendo a língua sozinho. Todos os outros aprendi por conta própria", disse.

Estudioso das línguas românicas, também aprendeu o galego, originário do noroeste da Espanha; catalão, falado em Andorra e regiões da Espanha como Barcelona e Valência e o occitano, usada em áreas da Espanha, França, principado de Mônaco e Itália.

Fortunato disse que se interessou por aprender estes idiomas com menos falantes pelo prestígio que eles tinham na literatura durante a idade média. "São um tesouro linguístico e literário. Mas como não se tornaram oficiais nos países, caíram no esquecimento internacional", comentou.

Ele acredita que as línguas românicas mais famosas, como espanhol, francês e italiano tiveram sorte. "Estas línguas se tornaram símbolo de status. Quando elas nasceram, surgiram outros idiomas que não tiveram essa sorte. Algumas destas línguas chegaram a ter grande proeminência, mas acabaram caindo", observou.

Segundo um levantamento do Ethnologue, a maior enciclopédia sobre idiomas do mundo, são 7.111 línguas reconhecidas no planeta. O Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) registrou que no Brasil existiam 274 idiomas indígenas. Um deles, o nheengatu, falado na amazônia brasileira, colombiana e venezuelana, é um dos objetos de aprendizado de Fortunato, que está em um nível intermediário.

No mesmo nível de proficiência do idioma indígena, estão o hebraico, árabe, latim, holandês e chinês. Em entrevista ao G1, o tradutor contou que desde criança achava idiomas algo instigante. "Era muito legal quando eu pegava um manual multilíngue. Achava interessante quando via as instruções em grego, hebraico ou outros idiomas", relembrou.

Didática

Estevam, que aprendeu sozinho os idiomas, aproveita a curiosidade e os conhecimentos do curso de Letras para aprender uma nova língua. Segundo o tradutor, o aprendizado começa na leitura. "A primeira coisa que faço é ler sobre o idioma sem estudar a língua em si. Vejo a família linguística que pertence. Aí, já sei o que esperar dele", contou.

A partir daí, o próximo passo de Estevam é ler materiais didáticos sobre o idioma para construir uma base sobre o idioma na cabeça, para só então partir para a conversação. "Quando sinto que a questão estrutural e de vocabulário estão legais, procuro alguém que fale a língua para colocar em prática", disse.

Quanto à comunicação, ele disse que já colocou em prática com todos os idiomas que já aprendeu. "Idiomas maiores, como inglês ou espanhol eu precisei usar mais vezes. Falantes dessas línguas esperam encontrar pessoas que falam os idiomas deles", atentou.

Mas diz que alguns idiomas que não são oficiais em países como catalão, galego e occitano causaram um impacto emocional diferente. "Eles não esperavam! Perguntavam 'como você aprendeu? Você fala tão bem'. Muitos diziam que parecia um falante nativo", contou. Ele também aproveitou para treinar os idiomas em viagens pelo mundo.

Falando em nível de proficiência, ele disse que fez apenas o Teste de Inglês como uma Língua Estrangeira (do inglês, Test of English as a Foreign Language), conhecido como Toefl. Quanto à avaliação dos outros idiomas, Fortunato aponta os trabalhos como intérprete em tradução simultânea. "A qualidade do meu nível foi reconhecida por isso", afirmou.

Por Douglas Lemos, G1 RN

Bebê doa sangue de cordão umbilical e salva vida de irmão de 6 anos com leucemia


Yuri usando a máscara do Capitão América enquanto 
se recuperava do transplante, em 
Curitiba — Foto: Adriana dos Santos Veloso/Arquivo pessoal

21 de DEZEMBRO 2019 - Ainda no quarto de hospital em Curitiba, a foto mostra o pequeno Yuri Veloso Lezcano, de 6 anos, com a máscara do herói preferido: o Capitão América.

Na história em quadrinhos (HQs), o soldado tinha caráter e coragem, mas não era forte o suficiente para enfrentar uma guerra. Isso mudou quando ele aceitou fazer parte de uma experiência científica, em que o transformam em um supersoldado.

Na imaginação de Lezcano não é nada diferente, revelou a mãe Adriana dos Santos Veloso.

Como o herói do desenho, o menino enfrentou muitas lutas - contra a leucemia, nas sessões de quimioterapia e de radioterapia -, até se tornar um "supersoldado".

Mas a família de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, explicou que nesta jornada de "menino herói", a maior força da criança chegou com uma pequena heroína.

A irmã Ysadora Veloso Lezcano, de 1 anos e 8 meses, ajudou a salvar a vida do garoto quando doou o sangue do cordão umbilical para o transplante de medula óssea.

A prova disso ficou na lembrança da mãe, em uma conversa após o transplante:

"'Mãe, o sangue da irmã agora tá em mim?' Sim filho, respondi. Toda hora ele falava: 'a minha irmã trouxe vida para mim. Eu amo a minha irmã'."
Irmãos não se desgrudavam depois de se reencontrarem 
após o transplante, em Curitiba — Foto: Adriana dos Santos Veloso/Arquivo pessoal

Longe das HQs que o menino adora, a mãe encontrou na realidade os melhores presentes. Adriana Veloso pôde ver o nascimento da filha, depois de exames mostrarem que ela não poderia mais engravidar.

Ela sabia que se o filho tivesse um irmãozinho, a criança poderia ser compatível para o transplante de medula óssea. Então, não houve dúvida. Quando Ysadora nasceu, a mãe optou por congelar o cordão umbilical. Todo o procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (Sus).

Quando chegou o momento de fazer o transplante de medula, descobriram que os irmãos eram compatíveis para fazer o procedimento. A chance disso acontecer era de apenas 20%, conforme os médicos.

“Depois de três, meses eles me ligaram. O médico demorou uns 10 minutos para ser chamado, mas parecia uma hora. Quando eu ouvi a voz dele, vi que estava emocionado. Ele falou com muita alegria que ela nasceu 100% compatível. Comecei a chorar de alegria! Quando saí na rua parecia que eu flutuava", contou a mãe.

Foi um milagre, de acordo com a mãe. Pois antes de Ysadora nascer, o filho aguardava há dois anos por um doador compatível.

O menino teve alta em novembro, mas deve ficar até fevereiro de 2020 em Curitiba. Veloso acompanha o filho nesse período de recuperação pós-transplante.

De acordo com os médicos do menino, ele tem se recuperado bem.

"Venceremos mais uma batalha para, no final, comemorarmos a vitória no campo de guerra", destacou a mãe do 'menino herói'.

Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o Paraná são estimados 800 novos casos de leucemia até o final de 2019.
Adriana não desistiu de tentar e conseguiu o transplante 
pelo SUS — Foto: Adriana dos Santos Veloso/Arquivo 
pessoal

A gravidez

Uma segunda gravidez parecia uma ilusão, uma fantasia. Um ultrassom identificou dois cistos, nos dois lados do ovário de Adriana Veloso. Isso não permitiria, conforme os médicos, que Veloso ovulasse e pudesse engravidar.

Sem expectativas da gravidez, a mãe não desconfiou de nada quando a menstruação atrasou.

Até que, depois de alguns dias, ela disse que decidiu fazer o exame de farmácia por "desencargo de consciência".

Para a surpresa da iguaçuense, o resultado deu positivo. Veloso contou que não acreditava e que a felicidade foi imensa.

Completando a alegria de mãe, no mesmo dia da descoberta da gravidez, o filho recebeu alta do hospital.

Sem precisar mais do transplante de medula, Veloso soube sobre o congelamento do cordão umbilical. Assim, se um dia, o irmão ainda precisasse fazer o transplante, teria a possibilidade de ser compatível com a irmã.

Segundo a mãe, em maio deste ano, a biópsia trouxe o diagnóstico que ninguém queria. A leucemia tinha voltado.

“Foi mais difícil que a primeira vez, eu fiquei desesperada. Quando a gente passa uma vez passar por um procedimento tão difícil, a gente sabe o quanto é doloroso. Veio um filme na minha cabeça."

Mesmo preocupada, Veloso lembrou do cordão umbilical e se agarrou à esperança de que a filha seria compatível.

O transplante foi realizado no dia 18 de outubro e, felizmente, foi um sucesso, relembrou a mãe.
Yuri com os pais após o transplante de medula óssea, 
em Curitiba — Foto: Adriana dos Santos 
Veloso/Arquivo pessoal

O transplante

Ao olhar para os filhos bem, a mãe disse que se sente aliviada após tantas dificuldades.

Quando soube da possibilidade de fazer o transplante de medula com o sangue do cordão umbilical, Veloso disse que foi atrás de informações para saber como funcionava o procedimento.

A primeira opção foi em uma clínica particular, segundo ela, no valor de R$ 19 mil.

"Mesmo parecendo a minha única chance, eu não tinha esse valor. Não tinha condições de pagar tudo isso."

Depois de dois meses procurando algum meio para realizar o procedimento, a mãe descobriu que poderia fazer o transplante pelo Sus.

Desde a descoberta, ela começou a fazer o pré-natal em um hospital de Curitiba. Assim a mãe viajou, durante toda a gestação, de micro-ônibus até a capital.

"Quando chegou o cordão da minha filha no quarto, veio na minha mente as pessoas dizendo que eu não ia conseguir e tudo que passei. Ali eu vi que tudo tinha valido a pena. Ela veio na minha vida, transformando de duas formas, ela trouxe mais uma vida para o irmão dela."
Yuri comemorando o que o transplante deu 
certo — Foto: Adriana dos Santos Veloso/Arquivo pessoal

Transplantes de medula óssea


Com sangue de cordão umbilical

Segundo o INCA, o sangue de cordão umbilical (SCUP) é rico em células-tronco hematopoéticas, que são aquelas capazes de produzir os elementos fundamentais do sangue, essenciais para o transplante de medula óssea.

O INCA informou que todo o procedimento para esse tipo de transplante é coberto pelo SUS. O Ministério da Saúde ainda conta com a Rede BrasilCord, com treze bancos públicos de sangue de cordão.

Conforme o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), de janeiro até novembro deste ano, foram realizados nove transplantes com sangue de cordão umbilical no Brasil. Em todo o ano de 2018, foram quatro.

No caso do Redome, são considerados apenas os transplantes de doadores que não são da família do paciente.

Segundo o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA, Décio Lerner, a busca pelos doadores de medula melhorou muito nos últimos anos.

“O Brasil é um dos poucos países do mundo em que o SUS cobre uma busca de medula nos bancos do exterior", explicou.

Conforme o Redome, até o dia 30 de novembro de 2019, 850 pessoas aguardavam por um transplante de medula óssea no Brasil.

O banco conta com mais de 5 milhões de doadores cadastrados, mas nem todos são compatíveis com os pacientes.

Outras informações sobre o Redome, como fazer a doação de medula ou do cordão umbilical, podem ser encontradas pelo site do INCA.

Paraná

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), cinco hospitais do estado realizam o transplante com o sangue de cordão umbilical pelo SUS.

São os hospitais Pequeno Príncipe, de Clínicas, Nossa Senhora das Graças, Angelina Caron e Erasto Gaetner.

Em 2018 foi realizado, segundo a Sesa, apenas um transplante como esse no Paraná. Neste ano, de janeiro até novembro, foram três.

Por Mari Kateivas, G1 PR — Foz do Iguaçu

Pai volta atrás e não permite aborto de filha grávida aos dez anos no Acre


Caso foi denunciado pela vereadora Janaína 
Furtado, da Rede — Foto: Reprodução

20 de DEZEMBRO 2019 - O pai de uma menina que engravidou aos dez anos e que foi levada a uma maternidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, para fazer um aborto não autorizou a interrupção da gestação.

O diretor do hospital de Cruzeiro do Sul, Rafael Gomes, disse que a garota, que está grávida de cinco meses, deu entrada na unidade de saúde com o pai. Mas, depois de três dias de conversa com a equipe médica, o homem voltou atrás e não quis que a filha fizesse a cirurgia. Ainda não se sabe quem engravidou a menina.

O caso surpreendeu os médicos e está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar, pelo Tribunal de Justiça e pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). A investigação é da Polícia Civil de Tarauacá, cidade onde a menina vive com o pai e uma irmã.

O Conselheiro Tutelar de Tarauacá, Antônio de Souza Castro, disse que o pai da menina assinou o documento autorizando o aborto, mas depois teria relatado que foi forçado a assinar. "Ele não foi forçado, ele foi orientado dos riscos e levou 24 horas para assinar esse documento, por isso que deu esse protocolo, essa demora, ele não queria assinar no primeiro dia."

O G1 não conseguiu contato com o pai da criança.

“Conversamos com ele [o pai da menina], que passou pela nossa equipe multidisciplinar, composta por assistente social, psicóloga, médico ginecologista e, então, ele desistiu de fazer o aborto legal. Foi dada assistência a essa criança, que tem realmente dez anos, e ao bebê que ela espera”, disse o diretor do hospital.

Rafael afirmou ainda que a menina passou por exames médicos que constataram que ela e o bebê também estão bem de saúde.

“Demos assistência específica para ela e encaminhamos novamente para Tarauacá, com a condição de que ela seja acompanhada, tanto na parte da atenção primária, quanto na atenção secundária até ela completar as 34 semanas”, disse Gomes.

O diretor da maternidade explicou que, como a menina é muito nova, a opção nesses casos é que o bebê seja retirado antes de a gravidez chegar a 41 semanas.

“Ela, com 34 semanas, deve retornar para Cruzeiro do Sul para que a gente possa fazer a cirurgia cesária, e tentar fazer com que aconteça tudo da melhor forma possível. Como ela tem uma idade bem inferior à de outras grávidas, até mesmo para a gente ter uma segurança maior para a criança e para o bebê que ela espera, o procedimento deve ser esse," esclareceu.

Menina foi levada para a maternidade de Cruzeiro 
do Sul — Foto: Adelcimar Carvalho/G1

A história veio à tona depois de uma postagem da vereadora de Tarauacá Janaína Furtado (Rede). "Estarei acompanhando o desfecho desse caso que só nos entristece", escreveu ela.

Procurado pelo G1, o delegado do município, Cleber Gnatta, disse que não vai comentar o assunto por se tratar de estupro de vulnerável.

A reportagem também entrou em contato com o MP-AC, por meio da assessoria de imprensa, e com a Vara do município de Tarauacá. Eles informaram que não vão comentar o caso, por se tratar de segredo de Justiça.

Menina tem epilepsia e recebe apoio psicológico

O Conselheiro Tutelar de Tarauacá, Antônio de Souza Castro, disse foi informado do caso pelo hospital do município, no início de dezembro. Segundo ele, a menina, que completou dez anos em março deste ano, passou a receber apoio psicológico.

Segundo o Conselho Tutelar, a mãe da menina vive em um seringal na cidade de Jordão.

“Aconteceu o fato, encaminhamos para a Justiça, MP, delegacia, o que estava à altura do Conselho Tutelar nós fizemos. Agora, ela recebe atendimento psicológico", explicou Castro.

O conselheiro afirma que houve um pedido da Justiça para que os médicos avaliassem os riscos da gestação.

“O juiz pediu para os médicos darem um parecer, orientaram o pai sobre o risco que uma criança de dez anos corre no estado de gestação. Encaminharam para Cruzeiro para a obstetra fazer novas avaliações porque, em caso de abuso sexual, estupro, o aborto é garantido por lei", disse.

O conselheiro diz que a criança tem epilepsia e que o hospital de Tarauacá não tem estrutura necessária para atender o caso.

"Corre o risco, porque ela tem epilepsia. Tarauacá não tem estrutura para um parto como esse. Ela será acompanhada, vai fazer o pré-natal no posto de Saúde e depois volta para Cruzeiro do Sul para a fazer o parto", explicou.

Colaboraram Dayane Leite e Glédisson Albano, da Rede Amazônica Acre.

CRUZEIRO DO SUL JORDÃO TARAUACÁ

Por Janine Brasil, G1 AC — Rio Branco

Prefeita de Serrinha dos Pintos (RN) vai comprar R$ 608 mil em pneus e peças


20 de DEZEMBRO 2019 - A prefeita Rosânia Maria Teixeira Ferreira da cidade de Serrinha dos Pintos (RN), autorizou a contratação das empresas abaixo relacionadas, pela importância de R$ 608.569,28, visando a aquisição de PNEUS e PEÇAS AUTOMOTIVAS para a frota de veículos oficial da Prefeitura Municipal:

YUOR GAREGE (LV DE SOUZA AUTO PEÇAS) – Distrito de Serrinha do Canto – R$ 306.068,57 – Lydyjane Vieira de Souza.

ESQUINÃO DOS PNEUS – Mossoró – R$ 163.778,00

HP PNEUS E AUTOPEÇAS – Umarizal – R$ 138.722,71

Fonte: Blog do Robson Pires.

Homem curado de câncer terminal com tratamento inédito morre após acidente em BH


Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, foi curado de câncer 
em estado terminal com tratamento inédito na América 
Latina e morreu após um acidente — Foto: Vamberto de Castro/Arquivo pessoal

18 de DEZEMBRO 2019 - O homem que foi curado de um câncer em estado terminal com um tratamento inédito na América Latina morreu neste mês em Belo Horizonte após um acidente. De acordo com a Polícia Civil, o corpo de Vamberto Luiz de Castro, de 64 anos, deu entrada no Instituto Médico Legal em 11 de dezembro e saiu no mesmo dia.

O acidente provocou um traumatismo craniano grave em Vamberto, que não resistiu. Os parentes do homem não quiseram se manifestar.

De acordo com amigos da família, a missa de sétimo dia de Vamberto foi nesta terça-feira (17). O enterro foi no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande BH.

Vamberto estava em fase terminal de um linfoma – um tipo de câncer - muito agressivo nos ossos quando procurou o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto para tentar um tratamento ainda experimental no Brasil, inédito na América Latina, com uma equipe da Universidade de São Paulo (USP).

Ele teve alta em outubro após apresentar uma melhora considerada cura, com a terapia genética descoberta no exterior e conhecida como CART-CeII.

Antes de se submeter ao tratamento inédito custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Vamberto tomava doses máximas de morfina diariamente e não conseguia mais andar. O tumor havia se espalhado pelos ossos. No início de setembro, o corpo do paciente estava tomado por tumores. Já após o tratamento, a maioria deles já havia desaparecido. E os que restavam, segundo os médicos, sinalizavam a evolução da terapia

Em entrevista ao G1 em outubro, Vamberto afirmou: “hoje, o que eu quero, de verdade, é que aconteça para todas as pessoas que passam por isso o que aconteceu com a gente. A gente vai ter que fazer alguma coisa para buscar o apoio. Este benefício tem que atingir um número bem maior de pessoas”, disse.

No EUA, os tratamentos comerciais já receberam aprovação e podem custar mais de US$ 475 mil.


Vamberto era funcionário público aposentado de BH e 
sofria de um linfoma terminal. — Foto: Hugo Caldato/Hemocentro RP

BELO HORIZONTE

Por G1 Minas — Belo Horizonte

Homem inocente fica preso mais de 2 anos no lugar do irmão no RN


Eldis Trajano da Silva estava preso desde 2017 no lugar 
do irmão e foi libertado nesta semana — Foto: Crédito: Tribuna do Norte/Adriano Abreu

13 de DEZEMBRO 2019 - O vaqueiro Eldis Trajano da Silva ficou preso por engano, no lugar do irmão, durante dois anos e oito meses no sistema carcerário do Rio Grande do Norte. Esse irmão, de nome semelhante, Eudes Trajano da Silva, é o verdadeiro culpado pelos crimes de roubo, furto e falsidade ideológica pelo qual ele acabou respondendo.

Eldis, o inocente, foi solto na última segunda-feira (9). De acordo com a advogada Marilene Batista de Oliveira, ele estava encarcerado desde abril de 2017, quando foi levado pela polícia do seu trabalho, no município de Pedro Velho. Eldis da Silva tem 36 anos e nasceu e se criou em Piriti, na zona rural de Canguaretama.

De acordo com a advogada, Eldis estava na propriedade do patrão, onde trabalhava de vaqueiro, quando uma guarnição policial o prendeu. Os policiais estavam atrás de Eudes, com “u” no início e “e” no final, irmão dele. Mesmo assim, o levaram. Os nomes parecidos teriam induzido ao erro. “Eles não pediram sequer uma identificação antes de prendê-lo”, reforça a advogada.

Eudes, o irmão procurado da Justiça, cumpria pena em regime semiaberto. Nesse tipo de regime, o presidiário passa o dia fora da cadeia e retorna para dormir. Ele não havia voltado para a unidade em que estava lotado, portanto, foi considerado foragido e a polícia foi até o endereço indicado para prendê-lo.

Depois de um tempo preso no lugar desse irmão no Centro de Detenção Provisória do Pirangi, em Natal, Eldis foi transferido para a Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP). Lá, uma enfermeira o procurou para lhe entregar a medicação de controle do HIV.

Foi aí que ele disse à mulher que não era portador do vírus. Contudo, constava em sua ficha que havia sido infectado. Ocorre que Eudes, o verdadeiro suspeito e foragido, tem Aids. Após essa informação, foi feito um exame no irmão preso, que constatou que ele falava a verdade e não tinha o vírus.

Ainda assim Eldis da Silva permaneceu encarcerado. No entanto, o caso chamou a atenção do diretor da unidade, que comunicou o fato à Defensoria Pública do Estado. Eldis Trajano da Silva não sabe ler, sempre morou na zona rural de Canguaretama e não tinha advogado. Ele sequer sabia informar sua data de nascimento, ou se seu nome era escrito com a letra “l” ou “u”. Os familiares acreditavam que Eldis estava morto, pois não tiveram nenhuma notícia durante o cárcere.

Em 2018, a advogada Marilene de Oliveira tomou conhecimento do caso. Ela é ligada à Pastoral Carcerária e foi até a penitenciária para saber se havia detentos com a possibilidade de progressão de regime que ainda não tinham obtido o direito por falta de acompanhamento jurídico. Durante esse trabalho, se deparou com a história de Eldis e passou a tentar ajudá-lo.

A advogada requereu a identificação de Eldis Trajano da Silva através do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep). Marilene de Oliveira conta que encontrou dificuldades para concretizar o pleito. Em julho do ano passado foi feita essa identificação. Segundo a advogada, a defesa não foi informada e só descobriu em outubro.

Falsidade ideológica

Depois disso, Marilene de Oliveira encontrou outro problema para conseguir a liberdade de Eldis. Ele respondia por furto e falsidade ideológica, desta vez em um processo em que constava seu nome real. Ocorre que os crimes foram praticados meses depois que Eldis da Silva estava preso. Não havia como ser ele o responsável.

Foi descoberto então que o irmão tinha utilizado as documentações dele para praticar mais crimes. Eudes, com “u”, foi pego usando o documento de um homem chamado Francisco Canindé ao ser detido em um furto. Quando a polícia constatou que era um RH falso, ele apresentou o documento de Eldis, o seu irmão, afirmando ser o verdadeiro e, assim, atribuindo a ele dois crimes: furto e falsidade ideológica.

O irmão criminoso foi liberado para responder o processo em liberdade durante uma audiência, por ser réu primário. Só que, na verdade, o réu primário era Eldis, que cumpria pena em nome de Eudes. Tempos depois o irmão foi preso novamente, por descumprir medidas que lhe foram impostas após a liberação. Neste momento, Eudes passou a cumprir a pena como se fosse Eldis e a implicá-lo com a Justiça duplamente.

A advogada Marilene de Oliveira conta que, após conseguir a identificação, foi necessário provar que os crimes tinham sido, todos, desde o primeiro, cometidos pela mesma pessoa. Pessoa esta que era, na verdade, o irmão de Eldis da Silva.

No ano passado, Eudes chegou a comparecer em uma audiência e ser reconhecido pelas vítimas. Ele mesmo afirmou que havia mentido e pediu perdão ao irmão, que estava sendo injustiçado. Contudo a Justiça ainda considerou isso insuficiente para soltar Eldis.

Somente na semana passada, na sexta-feira (6), foi concedido ao vaqueiro Eldis Trajano da Silva um alvará de soltura. Ainda assim, de acordo com a defesa, o alvará foi emitido com o nome errado, o do irmão. Ele precisou passar o sábado o e domingo na cadeira para que o erro fosse consertado nesta segunda. Os advogados agora vão acionar a Justiça para requerer uma indenização.

"Caso complicado"

O juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções penais, alega que o caso Eldis é "muito complicado". "Foi um conjunto de fatores", afirma. Para Baltazar, o fato de o próprio Eldis Trajano da Silva não portar documentos e não saber informar a maneira como se escreve o próprio nome pode ter confundido os policiais na hora do cumprimento do mandato.

Além disso, o magistrado alega que a demora para a resolução da situação do inocente se deu porque, no início, quem soube dos fatos "talvez não tenha diligenciado". "Há uma informação nos autos de que o diretor da PEP desconfiou da situação. Essa informação chegou depois lá no fórum e não sei o motivo pelo qual ninguém resolveu fazer alguma coisa".

Henrique Baltazar diz ainda que as dificuldades estruturais enfrentadas à época pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep) tornaram moroso o processo de reconhecimento. "Quando finalmente isso chegou para mim, eu busquei o Itep para fazer uma investigação quanto as impressões digitais, para saber realmente quem era a pessoa. E o Itep não tinha condições de fazer, foi numa época que estava sem perito suficiente e o Itep demorou muito a esclarecer essa situação", relata.

"Havia dúvidas se ele estava falando a verdade, ou não. Era um caso complicado, mesmo, de resolver, porque o próprio preso não sabia seus dados. Quando a advogada chegou contando essa história, resolvi ir atrás de diligenciar, para tentar descobrir e cheguei a essa interpretação".

CANGUARETAMA  NATAL  PARNAMIRIM  PEDRO VELHO

Por G1 RN

Bebê de 2 meses é diagnosticado com traumatismo após ser liberado por médicos em Mossoró


Foto: Divulgação/Família

10 de DEZEMBRO 2019 - O pequeno Artur Vinícius, de 2 meses, foi diagnosticado por profissionais do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), com traumatismo cranioencefálico (TCE), após sofrer uma queda de um bebê conforto, em Mossoró. Antes disso, a criança foi avaliada e liberada por médicos do Hospital Rodolfo Fernandes, do grupo Hapvida.

A mãe de Artur relatou ao MOSSORÓ NOTÍCIAS, que a negligência dos médicos do hospital privado quase custou a vida do seu filho. Artur segue internado desde sábado (7), no HRTM.

Segundo Milene Limeira, após a queda, Artur foi rapidamente levado ao Hospital Rodolfo Fernandes, onde foi atendido por dois médicos. De acordo com a mãe, ambos informaram que o acidente havia sido apenas um susto, e a criança estava liberada para retornar para casa.

“O primeiro médico disse que meu filho estava normal e que tudo havia sido apenas um susto. Questionei o choro, a cor dele, e o médico disse: ‘Só um susto, mas para lhe tranquilizar vou pedir um raio x’. Fizemos o raio-x, que já foi mostrado a um segundo médico, onde o mesmo disse que Artur não tinha nada, e que eu fosse para casa. Eu questionei: ele não vai ficar em observação?, Ele respondeu: Ele não precisa. Ele está ótimo”, relatou Milene.

Após a recomendação médica, Milene informou que retornou para casa junto com o filho, e que horas depois, durante amamentação percebeu um hematoma na cabeça do filho. “Na mesma hora chamei uma vizinha enfermeira do Tarcísio Maia, ela veio e disse, amiga vamos imediatamente para o hospital, seu bebê precisa de uma tomografia com urgência”, disse.

No HRTM, foi feito um exame as presas que diagnosticou um traumatismo grave em Artur. “Imediatamente iniciamos uma corrida contra o tempo, pois Arthur corria risco de vida. O cirurgião me perguntou tudo desde o início, e ele disse: ‘como esses dois profissionais deram alta a um bebê. Seu filho mamãe ia morrer na sua casa’.”, disse Milene.

Estado de saúde

Segundo o boletim desta terça-feira (10), o estado de saúde de Artur é estável, mas o coágulo ainda existe, junto com a fratura. Uma nova tomografia realizada ontem à noite (9), mostra que o coágulo reduziu 34 milímetros. Não foi possível saber ainda se Artur ficará com alguma sequela.

Caio Vale - Mossoró Notícias

Homem é confundido com irmão gêmeo suspeito de estupro e morto a tiros na Grande Natal, diz polícia


Homem foi confundido com irmão gêmeo suspeito de estupro 
e morto a tiros em Arês — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

09 de DEZEMBRO 2019 - Um homem foi executado a tiros na tarde desta segunda-feira (9) na cidade de Arês, na Grande Natal. De acordo com a Polícia Militar, a suspeita é de que a vítima, Eudes Antônio do Nascimento, tenha sido confundido com o seu irmão gêmeo, que é suspeito de um estupro contra uma criança.

Eudes do Nascimento tinha 49 anos de idade. Ele estava no centro da cidade, quando quatro homens se aproximaram em um Fiat Uno vermelho para matá-lo. Dois deles desceram do veículo e atiraram várias vezes. Ainda segundo a polícia, pelo menos 21 tiros atingiram Eudes, que morreu no local. Foram encontradas, pela rua, cápsulas de pistolas 380 e também 9 milímetros.

A polícia informou que, de acordo com relatos de pessoas que moram na região, o irmão de Eudes do Nascimento é suspeito de um estupro contra um menino de 6 anos. O crime teria acontecido na Praia da Pipa, em Tibau do Sul, no litoral Sul potiguar. A suspeita é de que o irmão gêmeo tenha sido confundido.
Eudes Antônio do Nascimento tinha 49 anos de idade e foi executado a tiros — Foto: Redes Sociais

AREZ  RIO GRANDE DO NORTE

Por Sérgio Henrique Santos, Inter TV Cabugi

Violência doméstica: RN começa a usar 'botão do pânico' que alerta vítima e polícia sobre aproximação de agressor


Modelo de botão do pânico usado no Paraná — Foto: Roberto Pratti/ TV Gazeta

09 de DEZEMBRO 2019 - A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) começou a operar o botão do pânico em conjunto com a tornozeleira eletrônica nos casos de medida protetiva envolvendo violência doméstica. O equipamento, do tamanho de um telefone celular, é autônomo e alerta vítima e autoridades sobre a aproximação do agressor.

Para otimizar o uso da nova tecnologia, a Justiça, o Ministério Público e a secretaria criaram uma Portaria para regulamentar o monitoramento eletrônico como "medida cautelar diversa da prisão" ou medida protetiva de urgência. A portaria orienta juízes, promotores, policiais penais e forças de segurança sobre a utilização dos equipamentos.

O secretário da Administração Penitenciária, Pedro Florêncio Filho, afirmou que a pasta dobrou o número de servidores envolvidos no monitoramento, criou o regime de 24 horas nos 7 dias da semana e transferiu as operações da Central de Monitoramento Eletrônico para dentro das instalações do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). As mudanças, de acordo com ele, criaram as condições para avançar no uso do botão do pânico.

“Temos 26 botões do pânico para atender a demanda da cidades de Natal, Parnamirim e Mossoró, mas já iniciamos licitação para aquisição de mais 200 equipamentos, além de 3 mil tornozeleiras. Essa tecnologia é um mecanismo bastante eficiente para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, disse. A Seap conta atualmente com 1.650 tornozeleiras.

O diretor da Central de Monitoramento Eletrônico, policial penal Michael de Oliveira, demonstrou o uso do equipamento em solenidade de assinatura da Portaria na sede do Tribunal de Justiça.

“O juiz determina o uso do equipamento informando uma distância mínima em metros que deve ser mantida entre monitorado e vítima. Nós instalamos a tornozeleira no agressor e orientamos a vítima sobre a utilização do botão do pânico. Caso os dois equipamentos se aproximem da área de violação, vítima, acusado e a Central são alertadas. Caso permaneça a aproximação, a polícia é acionada para dar a pronta resposta”, esclareceu.

A vítima também pode acionar a Central de Monitoramento apertando um botão no equipamento. O Judiciário pode, inclusive, definir locais onde o monitorado não poderá ir, como residência, local de trabalho ou outro frequentado pela vítima. Caso a tornozeleira invada esse espaço, estabelecido em metros, o alarme é imediatamente acionado. Toda violação é comunicada pela Seap à Justiça para as medidas cabíveis.

O presidente do TJ, desembargador João Batista Rodrigues Rebouças, ressaltou que o botão do pânico é um mecanismo que dará “efetividade a medida protetiva”. “É um avanço porque dificulta muito uma nova violência”, disse. O juiz Deyvis de Oliveira Marques enfatizou que o equipamento trás “múltiplas vantagens e cumpre a finalidade de proteger a vítima de violência”.

Por G1 RN

Criança fica presa dentro de panela de pressão e é resgatada por bombeiros no Grande Recife

Criança entrou em panela de pressão e ficou presa em 
Goiana — Foto: Reprodução/WhatsApp

07 de DEZEMBRO 2019 - Uma criança de 1 ano e 9 meses de idade ficou presa dentro de uma panela de pressão e foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros. O caso aconteceu em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, na noite da sexta-feira (6) e foi divulgado pela corporação na manhã deste sábado (7).

A menina estava brincando com a panela quando entrou nela, ficou presa pela cintura e não conseguiu mais sair, segundo o Corpo de Bombeiros, que foi acionado pela mãe da criança. O resgate teve início às 18h19, na Rua Nova Goiana, e durou aproximadamente uma hora.

Bombeiros resgataram criança que ficou presa em panela 
de pressão — Foto: Reprodução/WhatsApp

Após tentarem retirar a criança de dentro da panela normalmente, mas sem êxito, os bombeiros utilizaram ferramentas de corte para resgatar a menina, que não ficou ferida na ocorrência.

“Apesar do susto, mãe e filha passam bem. A genitora prometeu que brincaria de outra coisa”, informou o Corpo de Bombeiros por meio de nota.

Panela de pressão em que criança ficou presa foi cortada 
por bombeiros durante o resgate — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Por G1 PE