Menino recebe dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em
Roma, na Itália, em 15 de dezembro, dia que marcou o início da
vacinação de crianças contra a doença na Europa. — Foto:
Andrew Medichini/AP
24 de DEZEMBRO 2021 - A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-Covid) divulgou uma nota nesta sexta-feira (24) em que afirma que a variante Ômicron da Covid-19 amplia o risco de infecção de crianças e a vacinação é urgente.
A associação afirmou que é a favor da incorporação de crianças de 5 a 11 anos na campanha nacional de vacinação. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião na sexta-feira (17), após o parecer favorável da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar a vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.
"A chegada de uma nova variante como a Ômicron, com maior transmissibilidade, faz das crianças (ainda não vacinadas) um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária desta variante. Neste contexto epidemiológico, torna-se oportuno e urgente ampliarmos o benefício da vacinação a este grupo etário", diz a nota.
A decisão baseia-se nos dados epidemiológicos nacionais e internacionais sobre o impacto da Covidd-19 nas diferentes faixas etárias, considerando o risco de infecção, transmissão, e agravamento (hospitalização e morte), entre outros.
Na quinta-feira (23), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga disse que recomendará que as crianças de 5 a 11 anos sejam vacinadas desde que haja prescrição médica e assinatura de termo de consentimento pelos pais.
Na ocasião, ele afirmou que "os óbitos de crianças estão dentro de uma patamar que não implica em decisões emergenciais".
Em nota, a Associação Brasileira de Pediatria (ABP) afirmou que, "ao contrário do que afirmou recentemente o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o número de hospitalizações e de mortes motivadas pela Covid-19 na população pediátrica, de forma geral, incluindo o grupo de crianças de 5-11 anos, não está em patamares aceitáveis. Infelizmente, as taxas de mortalidade e de letalidade em crianças no Brasil estão entre as mais altas do mundo."
G1.