Presos são suspeitos de integrar uma quadrilha que
aplicava golpes contra idosos, segundo denuncia
do MP — Foto: MPCE/Divulgação
17 de ABRIL 2019 - Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil prendeu o presidente da Câmara dos Vereadores de Pentecoste, a ouvidora municipal (mãe do vereador) e a primeira-dama do município, que fica a cerca 90 km de Fortaleza. Os três presos, que são da mesma família, são suspeitos de integrar uma quadrilha investigada por uma série de golpes em idosos para financiar a campanha do prefeito de Pentecoste, João Bosco Pessoa Tabosa (PDT), eleito em 2016.
O advogado de defesa dos presos, Hélio Leitão, afirmou que a detenção dos clientes era "desnecessária". "Essas pessoas contribuíram com a investigação. Os fatos em apuração datam ainda de meados de 2016. Elas têm endereço fixo e nunca se furtaram de contribuir com a investigação. Portanto, não há qualquer necessidade dessa prisão. Elas já apresentaram a defesa no processo e estão aguardando a instrução criminal para produzir provas", afirmou.
Segundo a investigação da Operação Caixa 2, o valor acumulado ilegalmente por meio das fraudes chega a R$ 300 mil. Investigadores afirmaram que o prefeito de Pentecoste foi eleito com dinheiro dos golpes contra idosos.
De acordo com o Ministério Público, o vereador Pedro Hermano Pinho Cardoso (PDT) foi detido por força de um mandado de prisão preventiva cumprido pelo promotor Jairo Pequeno Neto e o delegado Regis Pimentel, responsáveis pelas investigações. Já a ouvidora Maria Clara Rodrigues Pinho e a primeira-dama Maria Clemilda Pinho de Sousa tiveram a prisão domiciliar decretada, com uso de tornozeleira eletrônica.
Além das prisões, os investigados também foram afastados de suas funções públicas por tempo indeterminado. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz da Comarca de Pentecoste, Caio Lima Barroso.
O MPCE também pediu pela prisão e pelo afastamento do prefeito João Bosco, mas a Justiça entendeu que os crimes foram cometidos antes da sua gestão.
"As medidas cautelares foram interpostas em razão dos diversos embaraços realizados pelos investigados, com o intuito de frustrar a investigação criminal, utilizando-se de seus cargos para obstruir a justiça", explicou o promotor de Justiça de Pentecoste, Jairo Pereira Pequeno Neto.
Idosos enganados
Conforme as investigações, a quadrilha colocava um casal na porta das agências bancárias para oferecer ajuda aos idosos e desviar benefícios dos mesmos para a campanha de João Bosco. O prejuízo às vítimas teria somado R$ 300 mil. A organização criminosa contava com apoio de dois funcionários dos bancos.
Na primeira fase da 'Caixa 2', deflagrada em 18 de outubro do ano passado, a primeira dama, o presidente da Câmara de Vereadores e os funcionários do Banco do Brasil já haviam sido afastados dos seus cargos por decisões judiciais.
A Operação evidenciou ainda um esquema de funcionários "fantasmas" na Câmara Municipal de Pentecoste, isto é, pessoas que nunca trabalharam no órgão legislativo estavam na folha de pagamento recebendo salário. Uma dessas funcionárias foi presa e prestou delação premiada ao MPCE - que levou ao esquema criminoso.
CEARÁ FORTALEZA PENTECOSTE
Por Messias Borges, G1 CE
17 de ABRIL 2019 - Uma operação do Ministério Público do Ceará (MPCE) e da Polícia Civil prendeu o presidente da Câmara dos Vereadores de Pentecoste, a ouvidora municipal (mãe do vereador) e a primeira-dama do município, que fica a cerca 90 km de Fortaleza. Os três presos, que são da mesma família, são suspeitos de integrar uma quadrilha investigada por uma série de golpes em idosos para financiar a campanha do prefeito de Pentecoste, João Bosco Pessoa Tabosa (PDT), eleito em 2016.
O advogado de defesa dos presos, Hélio Leitão, afirmou que a detenção dos clientes era "desnecessária". "Essas pessoas contribuíram com a investigação. Os fatos em apuração datam ainda de meados de 2016. Elas têm endereço fixo e nunca se furtaram de contribuir com a investigação. Portanto, não há qualquer necessidade dessa prisão. Elas já apresentaram a defesa no processo e estão aguardando a instrução criminal para produzir provas", afirmou.
Segundo a investigação da Operação Caixa 2, o valor acumulado ilegalmente por meio das fraudes chega a R$ 300 mil. Investigadores afirmaram que o prefeito de Pentecoste foi eleito com dinheiro dos golpes contra idosos.
De acordo com o Ministério Público, o vereador Pedro Hermano Pinho Cardoso (PDT) foi detido por força de um mandado de prisão preventiva cumprido pelo promotor Jairo Pequeno Neto e o delegado Regis Pimentel, responsáveis pelas investigações. Já a ouvidora Maria Clara Rodrigues Pinho e a primeira-dama Maria Clemilda Pinho de Sousa tiveram a prisão domiciliar decretada, com uso de tornozeleira eletrônica.
Além das prisões, os investigados também foram afastados de suas funções públicas por tempo indeterminado. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz da Comarca de Pentecoste, Caio Lima Barroso.
O MPCE também pediu pela prisão e pelo afastamento do prefeito João Bosco, mas a Justiça entendeu que os crimes foram cometidos antes da sua gestão.
"As medidas cautelares foram interpostas em razão dos diversos embaraços realizados pelos investigados, com o intuito de frustrar a investigação criminal, utilizando-se de seus cargos para obstruir a justiça", explicou o promotor de Justiça de Pentecoste, Jairo Pereira Pequeno Neto.
Idosos enganados
Conforme as investigações, a quadrilha colocava um casal na porta das agências bancárias para oferecer ajuda aos idosos e desviar benefícios dos mesmos para a campanha de João Bosco. O prejuízo às vítimas teria somado R$ 300 mil. A organização criminosa contava com apoio de dois funcionários dos bancos.
Na primeira fase da 'Caixa 2', deflagrada em 18 de outubro do ano passado, a primeira dama, o presidente da Câmara de Vereadores e os funcionários do Banco do Brasil já haviam sido afastados dos seus cargos por decisões judiciais.
A Operação evidenciou ainda um esquema de funcionários "fantasmas" na Câmara Municipal de Pentecoste, isto é, pessoas que nunca trabalharam no órgão legislativo estavam na folha de pagamento recebendo salário. Uma dessas funcionárias foi presa e prestou delação premiada ao MPCE - que levou ao esquema criminoso.
CEARÁ FORTALEZA PENTECOSTE